Tempos
De uns tempos pra cá, fui percebendo uma frieza que não existia. Não digo pelo clima — Salvador faz um calor danado —, mas por tudo o que anda acontecendo comigo.
Fui mudando pequenas coisas em mim nos últimos tempos, que quando me dei conta, eu já enxergava outra pessoa em mim. Desencanei de alguns erros e já não me exijo tanto. Houve um tempo que eu lamentava muito pelas coisas, hoje eu não sofro mais por besteira nenhuma.
Em tempos idos, Machado de Assis dizia: não se comenta Shakespeare, admira-se. Hoje, faço o mesmo com suas palavras: não se comenta Machado de Assis, admira-se.
PERDI MINHA MÃE...
Nesses últimos tempos vivi os dias mais felizes e também os mais tristes de minha vida.
Pude aproveitar a minha mãe como de fato se deve aproveitar uma mãe: grudando nela e absorvendo todas as lições possíveis, roubando todos os carinhos e beijos do mundo. Mas também sofri ao ver seu sofrimento (que foi vivido sempre com um sorriso no rosto) e vi a minha convivência com ela chegar ao fim.
Essa experiência me causou a maior dor que já senti em minha vida. Uma dor que ultrapassa o psicológico e se transforma em dor física. Uma dor que não permite comer, pensar, dormir… Nada. Virei, por alguns dias, refém dessa dor. E ainda sou pega por ela várias vezes ao dia…
Posso descreve-la como um BURACO em meu coração. Arrancaram algo de dentro de mim, sem anestesia. A sensação é essa!
Me prometeram que isso passa… Só posso rezar e torcer para que seja verdade.
Perdi minha mãe, minha cúmplice, minha melhor amiga… Perdi meu chão.
Li as mais de 1000 mensagens que vocês me deixaram, e encontrei nelas conforto. Me deu paz no coração ver tantas pessoas queridas por perto, rezando e torcendo por mim… Fiquei extremamente emocionada com cada mensagem de força, cada depoimento pessoal, cada palavra de carinho… Isso, junto com o apoio dos meus amigos e família, foi o que me fez abrir um sorriso essa semana e pensar que nem tudo esta perdido.
Gostaria de responder a cada uma das pessoas que me escreveram mas infelizmente eu não vou conseguir, então estou escrevendo essa carta para poder agradecer todo o carinho e amor que vocês me deram! Vocês são seres humanos iluminados e especiais, e rezo para que Deus continue iluminando seus corações!
Minha mãe, meu maior exemplo, minha guerreira linda, descansa em paz ao lado de Deus. E deixa uma saudade enorme em todos por aqui…
"Fofo"
De uns tempos para cá, as mulheres apareceram com mais uma estranha (e ridícula) mania: adoram chamar alguns homens de ‘fofos’. Se você é um gente fina, querido, legal e confiável, muito cuidado: mesmo sem querer, você pode ser automaticamente classificado como um cara ‘fofo’. Tudo bem, eu sei que a mulher tem uma tendência a infantilizar o homem, mas assim já é ridículo. Vocês não precisam disso, ou, pelo menos, não deveriam precisar. É uma contradição para quem busca a igualdade de forma tão obsessiva.
Antes de mais nada, vamos deixar uma coisa bem clara: eu não sou fofo. Não estou nem perto de ser fofo. Posso estar um pouco acima do peso, reconheço. E acredito que até consigo rejuvenescer alguns anos quando faço a barba com mais capricho. Mas estou a milhares de quilômetros de distância de ser considerado ‘um fofo’.
Bichinhos de pelúcia são fofos. Recém-nascidos são fofos. Ursos pandas são fofos. Não quero assustar ninguém, mas se eu ouvir alguma mulher se referindo a mim como ‘fofo’, vou virar bicho. Ou melhor, bichinho de pelúcia – desde que seja o maligno Chucky, o brinquedo assassino.
Não há, afinal, nada de errado com o adjetivo ‘fofo’ em si. O que não gosto é a forma como ele é usado. Minha filha, por exemplo, é fofa. Ela diz coisas fofas, faz coisas fofas e sorri de um jeito que dá vontade de apertar suas bochechas até ela pedir para o papai parar. Meu cachorro, um Yorkshire com 12 centímetros de comprimento, também é outro exemplo de algo ‘fofo’.
Como se vê, muitas coisas no mundo são fofas. Eu, não. Sou um corintiano de quarenta anos, ex-guitarrista de heavy metal e tenho um saco de boxe na minha varanda. Não tenho nenhum elemento de fofura em comum com a minha filha ou com meu cão.
Daí você vai perguntar: ‘mas por que ficar bravo com uma coisa tão insignificante?’ Insignificante para você, que deve ser uma pessoa fofa. Eu não sou. Tenho um nome a zelar. Uma reputação. Uma fama de mau que pode desaparecer a qualquer momento. Se algum amigo meu ouvir a frase ‘o Felipe é um fofo’, nunca mais poderei sair de casa.
Ser fofo significa ser inofensivo. E a última coisa que um cara como eu quer ser é inofensivo. Os fofos são ‘café-com-leite’ para as mulheres. Elas te veem como um amiguinho, não como um homem. Eu não quero ser visto como amiguinho, nem pelas minhas amiguinhas. Uma coisa é ser confiável, legal, simpático, amigo. Outra é ser fofo.
É bom vocês, mulheres, começarem a pensar em outro adjetivo para designar caras como nós. Não quero fazer ameaças, isso não fica bem para minha imagem. Mas posso mostrar como até um cara gente boa como eu pode ser violento. É só me chamar de fofo.
De uns tempos pra cá eu notei que novidades são capazes de fazer bem, mas nem sempre preenchem a lacuna do passado.
Me ame ou me Liberte
Há tempos ele esteve calado,
mas hoje eu o ouvi bater outra vez
e não foi de alegria,
foi de agonia,
a angustia que você traz
ao me torturar desta maneira
ano após ano.
Preciso que você diga
somente a verdade.
Ou me liberta desta ilusão
que a minha vida se tornou,
ou se entrega de uma vez ao meu amor.
Vivemos tempos em que o amor é muito exigido, é muito falado, é muito buscado e até muito martirizado. Mas de que vale buscarmos tanto esse amor se nem ao menos o doamos cada dia? Se nem ao menos conseguimos da-lo a um desconhecido(a) em um sorriso, em um gesto ou em um ato. Quando seus próximos querem esse seu amor e muitas vezes você sem perceber diz um "po! Agora não"! Pois bem, vamos procriá-lo ao invés de tenta-lo tanto! Vamos distribui-lo ao invés de querer apenas para nos e aos nossos! Vamos compartilha-lo e assim tornar esse amor um combustível mundial. Em minha concepção jamais faremos o amor sozinhos, vamos nos ajudar a encontra-lo e dividir toda manhã. Jamais sozinhos!
Sobre a mesa do escritório
Uma fotografia esquecida.
Um sorriso, há tempos, perdido...
Alegria mal dividida!
Sobre a cama desfeita,
Um travesseiro amassado...
Um cobertor mal dobrado
Sobre a mesa de comer
Duas grandes e sujas xícaras
Lembranças de um dia encantado!
Movimento
Entre tempos e contratempos há quem tenta se encontrar, talvez já se encontrou, quem sabe falta apenas se movimentar, talvez precise correr, quem sabe dançar. O movimento depende apenas do embalo, do enredo... Eu só sei que não quero parar, quero continuar, preciso continuar, necessito continuar...
Posso ser mais rápida que o tempo, será ¿
Há tanto o que fazer, há pouco o que falar, mas algo me impede de acompanhar... Xô cansaço, xô desânimo, xô cama, xô acalento, pois quero ser igual ao tempo sem contratempos, na medida do possível obedecer ao tempo, quem sabe acompanhar...
Meus dias seguiam em tons de cinza,
Sorriso sincero há tempos não exprimia,
Chegou tímida pra colorir-me a vida,
De binkie em binkie resgatou cor a cor, as nuances dos meus dias.
Agora de saudade pinta o céu da minha vida,
Onde haviam nuances, agora restam borrões de tinta.
Há tempos que o bem
Não vence aqui
E temo o que ainda está por vir
Mundo louco
Só desamor, rancor e dor...
Pai nosso que estais no céus...
Passar do Tempo
A tempos tento esquecer o passado
Mas porque esquecer um passado feliz
Um passado onde sonhava com o futuro
A tempos em que o tempo não passa
Horas viram dias, dias viram meses
Meses se transformam em anos
Anos que o tempo não traz de volta
Mas porque voltar ao passado
Quando se está no futuro que sonhava
A tempos que sonhos viram pesadelos
Felicidades se transformam em tristezas
Amor se transforma em ódio
A tempos em que crescemos
Aprendemos, erramos e acreditamos
Sempre haverá tempo pra recomeçar
Lá fora a chuva cobre os ruídos da cidade e acaba extraindo a nostalgia de tempos, assim purificando as ideias de quem menciona nomes em pensamentos.
Não quero saber das latas de conserva em tempo de guerra, nos livros de auto-ajuda em tempos de crise, nos anti-depressivos em tempos de neurose. Ser egoísta ainda continua a ser a melhor forma de sobrevivência.
Pessoas que a tempos eu não via, me disseram que eu tivera mudado por completo. De certa forma concordo com cada um deles, no passado eu ainda podia ver a luz do sol, hoje em dia já nem sei oque é direita ou esquerda, meus olhos se perderam na escuridão.
A cruz de malta tá valorizada em tempos de criise ela entra em campo
acredito nisso sempre acreditei esse é o meu Vasco .
Quantas vezes eu tive que dizer adeus, não foram poucas, fui nômade dos tempos modernos, e hoje sou escravo da saudade de tudo que deixei no passado.