Temporal
"Neste plano físico e temporal não duvidemos de nada e nem acreditemos em tudo que o homem é capaz de dizer ou fazer"
VIAGEM TEMPORAL
São seis e quarenta da manhã, olho para o céu ainda indeciso, não sabe se chove ou faz sol, se vai embrumar de nuvens ou resplandecer. A mata parece escura, maior, imponente, como se fosse o seu todo de muitos anos atrás, hoje é apenas um pedaço que restou.
A neblina cinzenta sombreando a pequena mata me lembra de quando andei de barco a primeira vez, não faz muito tempo, peguei o motor e fui, apenas assisti um vídeo e meio na internet até perceber que o manual de instruções era mais prático.
"Quando se está de barco, o tempo é outro" diziam, "Não é como andar na estrada, demora-se muito mais para chegar onde quer".
Eu não fazia ideia de quanto tempo leva um barco para subir o rio até o sítio do meu amigo, preparei tudo e fui sem pressa. O motor praticamente novo funcionou logo de cara, no momento parecia bom, pois nunca tinha ligado um motor de barco antes.
Comecei a subir o Arinos com paciência e calma, lamentando por ver a barranca lotada de chacrinhas uma do lado da outra, pesqueiros e caminhos para descer o barco, casas e terreiros, cada um havia derrubado o tanto de mata que achava o suficiente para si.
O tempo passou tanto quanto quando se anda pela estrada, passei pelo sítio e nem percebi, até porque eu nunca tinha visto-o do rio, apenas do tablado. Quanto mais subia, menos chacrinhas com pesqueiros se via, a mata agora dos dois lados ficava cada vez mais densa.
Cerca de duas horas de subida depois eu já não via mais pesqueiro nenhum, era como se eu voltasse no tempo cada vez mais que subia o rio, que outrora reto como um aeroporto, agora cheio de curvas como uma serpente em agonia. Em alguns momentos eu tinha a sensação de estar navegando em círculos, mas é claro, o rio só corre para um lado.
A mata agora se impõe, tento me abrigar no centro do rio, que apesar de ter mais de quarenta metros de largura, ainda fica espremido pela floresta. Floresta densa, escura, antiga, aqui parece que nem o fogo lhe alcançou.
Quando olho para uma mata eu penso no passado, em tudo o que pode ter acontecido por ali durante séculos de isolamento e todo o caos das poucas décadas perante o poder dos homens. Estando ali no meio daquelas curvas, o silêncio predador, o cheiro das folhas e da água, o sol que parece quente e fresco ao mesmo tempo, tudo isso parece primitivo.
Enquanto acelerava pelas curvas, o sol tentava me seguir lá no céu. Nunca tinha o visto se mover daquele jeito, girava de um lado para outro sobre as árvores, tentando me alcançar. Como não havia sinais de vida civilizada naquela altura da viagem temporal, decidi retornar e seguir o fluxo das águas do tempo, rumo ao futuro, rumo ao lugar de onde vim, onde conheço, onde nada é tão novo assim.
Constantemente me recordo daquele dia, geralmente quando amanhece escuro e enevoado sobre a pequena mata aos fundos de casa, lá na baixada, onde a neblina demora a ir embora nestas manhãs. A mata perde seu negror noturno, mas prevalece sua escura-essência primitiva, de quando era inteira e não resto, de quando era viva e pulsante, de quando era silenciosa e imponente.
Me entristeço ao ver algo que outrora fora tão grandioso e imoldável desaparecendo, ver apenas o seu fim, sua triste memória. Me alegro de ainda poder me embrenhar e sentir o cheiro do mato, o ar abafado às sombras murmurantes, de ver o que foi, com meus olhos vivos nesta viagem temporal.
Crislambrecht 18/01/2024
"O objetivo é ser forte, muito forte, não como o temporal que destrói tudo por onde passa e sim como a pedra que resiste a tudo pelo que passa."
Uma frase inspiradora e profunda!
"O temporal é necessário para renovar a beleza natural do universo.
Nada é castigo de Deus,
Mas sim a consequência da ação e reação humana,
Que esquece a paciência e a harmonia.
Uma frase inspiradora e profunda!
"O temporal é um ciclo de renovação,
Para restaurar o equilíbrio do universo.
Não é castigo divino,
Mas sim o resultado da nossa ação,
Que esquece a sabedoria da paciência."
Felizes, sorridenntes a dançar
Enfrentando o lodaçal
Não importa se é temporal
A vida já os ensinou
Não adianta dramatizar
muito menos viver pelos cantos a lamentar
Eles dançam na chuva ,
Um chuá que lhes cai como uma luva
Dançam e cantam de cá para lá
esta chuva é sagrada
Presente da divndade
Sentem-se à vontade
Confiam no amanhã
Sentem-se livres
ali nao há nenhuma prisão
Para poucos é essa ousadia
Vivem uma vida vazia
presos no ostracismo
Que os impede de libertar
a criança interior
agarranndo-se a convenções
colecionam frustrações
editte/2024/novembro
editelima 60
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Qual é a vida ruim? É a vida que você deseja o tempo, é a vida que você pretende como temporal e ela será sempre temporal, mas é a vida que você clama para que o instante não se eternize, mas que pelo contrário se temporalize ou se você preferir, a vida que você quer que termine no instante que acabe logo.
Distorção Temporal
Encontrar
Celeste
Encanto
Magia
De encantado
Sonho
Pureza
Primeva
Esperança
Suave
Divino
Afagar
Ardente
Chama
Quimera
Na trilha
Em que
Anda
Procurar
Espaço
No passo
A passo
Do tempo
Que anda
E passa
Sempre haverá esperança, não importa quantas decepções lhe traga fazendo da vida um loop temporal de decepções e sofrimento.
Não importa o temporal
O sol nasce mais uma vez
E tantas outras vezes...
Em dias de chuva, ser poesia !
24/06/2020
"E quando parece que o vento e o temporal vai agitar o mar e fazer naufragar o nosso barquinho, chega um anjo e sussurra no nosso ouvido:
Calma!
... De forma estranhavelmente Maravilhosa a alma da gente se acALMA."
"Em estados de reflexão nos deparamos com barreiras do reflexo da nossa linha temporal,o tão chamado desanimo.Do mesmo jeito que um caminho permite a passagem de diversas naturezas,o êxito de nossa caminhada só é atingida pela ruptura de naturezas maléficas e aceitação de naturezas benéficas."
Que o tempo corrija e o reconcilie. Que o temporal regue e fortaleça. Que o fogo purifique e aqueça. Que seu espirito resplandeça e se torne leve. Que seu coração transborde. Que sua mente discirna, e sua alegria de viver contagie.
(Teorilang)
A quarta feira seria como Julho é para o ano inteiro? Um misto temporal que não nos permite dizer ao certo,
Se o tempo passou devagar ou rápido demais?
A falta do que fazer era temporal e sua fazedura dissolve pedras in-naturas pelas alegrias não absurdas.
Ao de cara despojar, escuto apenas a artéria temporal no travesseiro pulsar. O breu em nada colabora, senão lembrar a batalha que hei mais uma vez de travar. Nessas incontáveis horas, lamento-me à desprezível companhia, que de doce só tem o nome, insônia. A ela insisto por perguntar o motivo de seu maior desafeto me abandonar. Mirabolando formas dessa rusga acabar, presencio a luz do sol da cama me expulsar. Imóvel, passo todo o resto do mesmo dia alheio, ao lado daquele que horas antes tanto insisti em conversar. O sono é perverso; sabe, com seus cutucões, maltratar.
Que saudades tenho do insuportável berro do despertador a me acordar. Coitado! Não foram poucas as vezes que a ele praguejei toda minha indignação por sua completa consideração e presteza. Após resolver esse imbróglio, pretendo com ele, também, me desculpar.