Tempo Presente
A trajetória da maioria das pessoas flui entre o "há muito tempo atrás" e o "dia especial do por vir". Em vez de abraçarem o presente, muitas vezes elas aguardam por esse momento único, a felicidade das promessas do futuro que foi vendida nos contos de fadas.
Parece que alguns momentos precisam do tempo para podermos considerá-los grandiosos, como se o atual presente dependesse do futuro distante para fazer algum sentido.
Existe equilíbrio
Na balança do tempo entre o que nós vivemos a dois intensamente existe o equilíbrio entre as forças da saudade de um passado tão presente e as forças de um presente tão preso no passado tão recente,
Entre o Sol e a Lua existe a distância, a renúncia, existe fronteiras, mas no meio das escolhas brotam as estrelas, renasce o inesperado, o profundo,
entre o Sol e a Lua existe o equilíbrio.
Viver só pensando no futuro é assistir à vida sempre do passado. Nunca se está no tempo em que a história acontece, não se protagoniza a própria jornada e se frustra quando se descobre que pôr não escrever o presente, o futuro é mais cinza e amargo do que outrora sonhava e desejava.
Nunca tive essa vontade de voltar no tempo que algumas pessoas têm. Penso que voltar no tempo seria como abrir velhas feridas que já estão cicatrizadas e trazer para o presente antigas dores.
Pare e pense, diminua a velocidade, aproveite seu tempo, agora mesmo pode ser uma GRANDE DESPEDIDA, após a partida, restará uma avassaladora SAUDADE.
"Demora-se um tempo para compreendermos a brevidade das coisas, mas quando esse aprendizado toma conta de nós, já não nos permitimos postergar para o amanhã o que urge ser feito agora.
Como celebrar as pequenas conquistas sem a prisão da ambição desmedida pelos resultados grandiosos e por vezes intangíveis.
Desfrutar os prazeres do lazer, que não alimentam o acúmulo de bens materiais, mas o corpo a mente e o espírito.
E sobretudo, estimar cada instante compartilhado ao lado de quem amamos, e a quem pertencem nossos sonhos, nossos melhores sorrisos e todo coração."
O tempo existe e é uma constante onipresente neste universo.
Mas, ao mesmo tempo, para nós ele é uma ilusão.
Não o aceleramos e nem diminuímos a velocidade do tempo.
Não temos o tempo que passou e não teremos o tempo que não chegou.
Nem mesmo o tempo presente nos pertence, afinal que controle temos sobre ele?
Na verdade, o tempo flui através do INSTANTE.
Nossa existência nesta vida se resume ao instante.
Que o passado sirva como memórias e aprendizados.
Que o futuro nos permita planejar objetivos.
Mas que a vida seja VIVIDA no presente.
A vida não são as memórias passadas e nem os objetivos futuros.
A vida é o INSTANTE.
Saber utilizar as lembranças, desfrutar o instante e planejar os objetivos é o que permite aproximarmo-nos da plenitude existencial.
Vivemos conjugando o tempo passado (saudade, para os românticos) e o tempo futuro (esperança, para os idealistas). Uma gangorra, como vês, cheia de altos e baixos – uma gangorra emocional. Isto acaba fundindo a cuca de poetas e sábios e maluquecendo de vez o Homo sapiens. Mais felizes os animais, que, na sua gramática imediata, apenas lhes sobra um tempo: o presente do indicativo. E que nem dá tempo para suspiros...
Durante a vida, em grande parte do nosso tempo dizemos aos outros, e inclusive a nós mesmos: Naquela época tudo era mais fácil. E é compreensível de certa forma, mas não é uma verdade absoluta.
Dizemos isso porque hoje temos mais conhecimento que no passado, e assim é a vida. Hoje somos mais sábios que o ontem, e isso significa que não devemos nos prender ao passado imaginando como tudo aquilo poderia ter sido diferente e asfixiar o presente. Usemos o conhecimento adquirido ao invés de nos prender a um passado inalcançável.