Tempo Passado
O tempo leva o passado, mas não o que passamos.
Às vezes a gente olha para trás e "dá uma saudadezinha" de algumas coisas do passado;
Às vezes a gente olha para trás e tem vontade de corrigir algumas coisas que fez, mas já foi e seguir é preciso!
O tempo passa rápido. Então a gente simplesmente segue, pois o futuro nos espera!
Helda Almeida (01/01/2024)
Pense um pouco no amanhã e se prepare para isso. Chegará o tempo em que perceberá, que o tempo passou e nos resta pouco tempo para realizar o que já foi um sonho no tempo que passou. A sensação é:
NAO DARÁ MAIS TEMPO!
Volta relógio!
Muita timidez e problemas respiratórios mal resolvidos regaram a minha infância, porém foi inevitável segurar a minha alegria de viver o intenso da vida inocente sem dívidas, cobranças e burocracias.
Na juventude o soberano, alto confiante, sabedor de tudo com o mínimo de experiências já era professor, galanteador, conhecedor das noitadas, bom de virar uns copos, o famosinho das resenhas entre amigos e nas bocas delas.
Volta relógio! Volta! Me deixa livre dessa herança hereditária de ser um adulto tão responsável, estou cansado de pedir remédios ao passado para aliviar a minha abstinência.
O tempo corre muito afoito, galopa apressado sem piedade do hoje, insiste a todo momento em buscar apoio e consolo nos braços do tão ansioso e inesperado futuro.
Maturidade, percepção dos fatos e situações, das palavras e ações, em outras palavras perdemos as lentes cor de rosa.
O tempo não cura as feridas, o tempo deixa cicatrizes e elas não somem com o tempo. Elas ficam ali para que a gente sempre se lembre do que passou. Sempre que voltamos ao passado a gente acaba abrindo novamente as feridas, por isso, chega uma hora que a gente tem que dar um basta, fechar para sempre a ferida e esquecer o passado.
Mesmo que o tempo passado não tenha sido exatamente como desejávamos, pense com lucidez por um segundo e aja da forma como gostaria realmente de ter feito. Agora estique para outros segundos, minutos ... ao máximo possível. Pronto. Feliz tempo novo!
Paz no Tempo
Geramos conflitos internos com o tempo, ignorando sua natureza passageira. A menos que façamos as pazes com ele agora. Ou arriscamos vagar no passado e futuro, perdendo-nos em um labirinto de arrependimento e ansiedade.
Olhei pela minha janela e vi,
Levava os cabelos compridos molhados.
Um andar compassado e rápido, ritmado ao som da música que trazia no walkman pelos seus fones.
Aquela música devia ser com um ritmo alucinante pela forma que os cabelos pendiam de um lado para o outro naquele andar acelerado.
Tem o ar de quem não saber, nos seus jeans rasgados, nas botas de salto.
Não lhe vi o rosto, mas parecia arrogante, no seu andar e jeito de ser.
Parecia que o seu olhar não cruzava com o de ninguém a subir a avenida.
Quase a virar, onde os meus olhos deixariam de a ver, parou. Debrucei-me mais um pouco para ver a que se devia aquela paragem súbita. Uma criança tivera caído.
Subitamente aquela adolescente que parecia desalmada estava de joelhos a passar o seu lenço numa ferida no joelho do asfalto.
Os fones pendiam no seu pescoço e falava a sorrir num tom tranquilizador, assim parecia.
A criança levantou-se e sorriu, ela fez-lhe uma festa pelos seus caracóis.
Seguiram ambos os seus caminhos, a criança continuou a correr com o seu lenço amarrado no joelho, enquanto a sua sombra desaparecia na curva no mesmo passo compassado e ar despreocupado, assim parecia, assim parece.
Abri a janela e vi a distância que trinta anos trouxeram.
Uma imensidade de lenços e de sorrisos no coração que nem todos vêm e que não se faz questão disso.
Num ar despreocupado, de coração cheio, onde ainda teima que o mundo tem espaço para ouvir sua voz.
Levava os cabelos compridos e molhados, ainda os levo até hoje.
Sou "guardadora" do incompleto.
Coleciono histórias, contos, poemas e
livros que nunca terminei.
Estão todos pela metade,
guardados onde nem sei.
O incompleto é essa peça rara,
componente de mim.
É a beleza do imortal,
do que não se conclui porque não tem fim.
Mas daqui para frente é com o futuro, com
os pedaços que há de vir.
Quanto as minhas metades, deixei o vento levar.
Elas são sementes, que solo puro, há de cultivar.
Agora é com o futuro,
com o adubo que há de fortificar,
com a chuva que há de vir,
e com o sol que há de brilhar.
Eu sou metade de todos,
de quem foi e de quem quis ficar.
Sou semente com tempo certo para germinar.
Agora é com o futuro. Tenho que esperar.
E quem sabe o solo seja fértil,
o sol seja sensato,
o clima propício, chuva corriqueira.
Quem sabe de metade, eu não passe a ser inteira!
(Grãos ao vento/ Fernandha Franklin?
Pensamentos em Passos Lentos,
Que Silenciam o contar
do Tempo,
Prendem-nos no Futuro
ou no Passado,
Distanciam-nos
do Presente Momento.
Vivemos em um paradoxo onde o presente é tanto o passado como o futuro: é preciso apenas um passo para mudar tudo.
A ilusão do tempo
No futuro não existe passado,
mas no passado está o futuro.
E na junção de ambos temos
o presente- que no tempo
não existe- é sempre um pé no
passado e outro no futuro.
O presente é uma impossibilidade
atemporal, mas é nele que vivemos.
Vamos viver uma vida mais leve e prazerosa, pois, temos facilidades para isto.
Se pararmos de reclamar por tudo, nos sentirmos ameaçados por pouco, e irados por quase nada, até nossa expectativa de vida ira se prolongar.
Vamos deixar de nos lamentarmos até por causa, aparentemente perdida, pois se já não tiver como reverter tal situação, não será nossa indignação que irá mudar o rumo desta contrariedade, além de inflamá-la desnecessariamente.
Vamos deixar que o tempo se encarregue de amenizar ou até zerar esta situação, pois ai iremos perceber que tudo teve algum sentido de ser.
Ou seja, o que era para ser, realmente aconteceu, porém agora com o discernimento alcançado pelo tempo, percebemos que poderia ter sido muito pior, caso tivesse acontecido de maneira diferente.
(Teorilang)
Muitas vezes
esquecemos quem somos...
Se conjugássemos nossa dúvida,
lembraríamos que
ontem
fomos passado,
hoje
somos presente,
e amanhã
seremos futuro.
Somadas as conjugações,
resultaríamos em uma continuidade ininterrupta.
Pois,
à medida que o passado contribuiu
para o presente,
o presente deve contribuir
para o futuro.
E não nos esquecendo disso,
podemos continuar nos conjugando
em todos os tempos.
BY: B.Y.