Tempo Nublado
"A chuva gelada molha a minha roupa.
O vento forte me faz lembrar da tua boca.
O céu nublado, me traz de ti uma saudade louca.
Você me ama, eu te amo...
Recíproca."
Num dia nublado,
viestes a mim,
como um dia de sol.
E tudo acendeu-se
Das dores sentidas
arrancastes-me todas
E assim como veio,
também tu te fostes
de mim
Como a chuva de vento
Carregando pra longe
Tudo o que trouxestes
Levastes embora
Assim...
Como o vento...
Levaste tudo de volta
do que estava,
aqui dentro
BY. Zenaide Azevedo
Céu negro, nublado.
Não havia rubor em seu rosto.
Fria, assim como a chuva.
Era o fim; joelhos em britas,
Destroçadas.
Lágrima ou gota d'água...
Como distinguir?
Destruição.
Física e interna.
O fim.
Tô no sol, de repente entro na tempestade, passo pelo nublado, anoitece, volto pro sol de novo... a vida é louca.
Olhar para o céu e entre as nuvens o topo da torre do gasômetro, dia em porto ta nublado, sinal da Cruz pra manter nossos corpos blindados. Alma corre e transforma em lágrimas todas batidas que morram no peito. Enfim um banco quieto, singelo, no coração do Iberê, uma brisa no rosto, já lembro teu gosto, e antes que o sol entre as nuvens na a água reflita, nada impede que sinta toda paixão que por ti morro, minha vida.
O que há de mais lindo num dia nublado?
O brilho do seus olhos, porque são eles que revelam um céu prateado e a expectativa de que gotas da esperança caiam sobre a sua vida e renovem as suas forças.
Os olhos são a fonte de energia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. (Mateus 6:22)
Desacertos e rotinas
Em tempos de céu cinza, nublado
Me aprumo e mentalizo o cinzel
Paro, reparo e repenso
E decido pelo pincel
Eu quero vida, intensas cores
Cores mornas tiram o brilho
Intensidade com certa leveza
Me recuso a caminhar no trilho
Mas o mal não fixo na mente
Reprogramo logo no ato
Reflito e sigo em frente
Racionalizo e busco o que é fato
Fantasiar não me define
Espanto o mal sigo acima
Não fomento as ditas sombras
Foco no bem, luz que cintila
Eu quero mesmo é voar
Seja céu cinza ou azul
Estou a me reprogramar
Hoje Norte, amanhã Sul
Mudar faz parte do voo
A rotina da hora enjoa
Busco em paz novos caminhos
Sou mudança, camaleoa
Mas não deixo pela metade
O que comecei chego ao fim
Não deixo portas abertas
Buscando o melhor de mim
E de pincel e tintas na mão
Na vida a traçar novo rumo
Cores, sonhos, outros ventos
Desarrumando-me, me arrumo
(Ivie Violet Picanco)
Já imaginou nós dois? Domingo, dia nublado, previsão de chuva e um friozinho lá fora. Enrolados num cobertor, comendo pipoca e assistindo filme. Bem clichê.
Beijo no pescoço, que dá um arrepio gostoso de sentir o nariz gelado.
Já vi sonhos voarem como se fossem balões, vi também desaparecem como se fosse sol em dias nublados. Percebi que desiste deles tão rápido como o vento e também vi às oportunidades passarem de baixo do meu nariz como o ar que respiro.
Assim como os dias nublados, cedo ou tarde, têm que ceder lugar ao brilho do sol, o mesmo ocorre com os problemas que vêm até nós: não duram para sempre.
Um dia nublado nos trás inspirações
Retrai nossas emoções
Aquieta nossos corações
Com uma xícara quente de um líquido qualquer
Nos cobrimos sem sobrar o pé.
Nublado
Será só porque o dia está nublado
É que eu não sinto vontade de viver?
Será por eu eu ver os camaradas
Partirem sem saber para onde, nem porquê?
Será por eu descobrir a inutilidade
Do fazer ou não fazer?
De onde é que vem
Essa falta de vontade de viver?
Carlos Galdino – São Paulo 31.10.2019