Tempo Devagar

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Se algo acontecer, eu volto no tempo! Posso recomeçar quantas vezes quiser.

Para tornar a realidade suportável, TODOS temos de cultivar intimamente algumas pequenas loucuras.

⁠Tenho a sensação de que cada minuto é lento e transparente como vidro. A cada minuto que passa, vejo uma fila de infinitos minutos, à espera. Por que ele foi aonde não posso ir atrás?

(...) insinuava em mim duas suspeitas terrivelmente dolorosas. A primeira era de que a minha vida tinha já começado (quando todos os dias me considerava como que no limiar da minha vida ainda intacta, e que só começaria no dia seguinte de manhã), mais ainda, que o que se ia seguir não seria muito diferente do antecedente. A segunda suspeita, que a bem dizer não passava de outra forma da primeira, era de que não estava situado fora do Tempo, antes sujeito às suas leis (…) Teoricamente sabe-se que a terra gira, mas de facto não damos por isso, o chão que pisamos parece que não se mexe e vivemos tranquilos. É o que se passa com o Tempo na vida.

Se hoje fosse um dia normal, não haveria problema. Mas… Esqueci que hoje era um dia de azar. É estranho, mas vou morrer. Hoje é meu último dia. Se soubesse, teria acordado mais cedo.

Eu tinha que voltar, mas, antes que percebesse, era verão. Estar com vocês dois… era tão divertido. Foi a primeira vez que vi um rio na superfície. A primeira vez que andei de bicicleta. A primeira vez que descobri quão vasto é o céu. E, acima de tudo, a primeira vez que vi tanta gente num só lugar.

Havia uma pintura que eu queria ver. Não importa quão longe… Nem onde estivesse… Não importa quão perigoso fosse… Eu queria vê-la. Na minha época, ela já tinha sido destruída num incêndio. Sua localização antes dessa época era desconhecida. Só foi confirmada sua existência nessa época, nesse local, nessa estação. Eu só precisava vê-la. Eu ia me lembrar dela pelo resto da vida.

Pessoas do passado não podem aprender sobre o salto temporal. Eu quebrei essa regra. Por isso, não vou mais te ver.

⁠Odeio estar onde ela não está, quando não está. No entanto, vivo partindo, e ela não pode vir atrás.

Ando devagar porque já tive pressa,
E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,
Cada um de nos compõe a sua historia, cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz

As armadilhas do tempo são como o vento levando as folhas pra lugares distantes...

O Céu e o Ninho

És ao mesmo tempo o céu e o ninho.

Meu belo amigo, aqui no ninho,
o teu amor prende a alma
com mil cores,
cores e músicas.

Chega a manhã,
trazendo na mão a cesta de oiro,
com a grinalda da formosura,
para coroar a terra em silêncio!

Chega a noite pelas veredas não andadas
dos prados solitários,
já abandonados pelos rebanhos!
Traz, na sua bilha de oiro,
a fresca bebida da paz,
recolhida
no mar ocidental do descanso.

Mas onde o céu infinito se abre,
para que a alma possa voar,
reina a branca claridade imaculada.
Ali não há dia nem noite,
nem forma, nem cor,
nem sequer nunca, nunca,
uma palavra!

Ollha aqui, esse show, essa pequena amostra, uma amostra compacta de alguns rocks, no tempo de 50, nos primordios, mas eu vou incluir um meu aqui, que pediram, é o rock das aranhas. Bom, vocês sabem, que existe, um dicionário, que saiu agora, chamdo 'dicionario da censura', o dicionario da censura é o seguinte: todo compositor brasileiro tem aobrigação dereceber um dicionario dessa grossura, com todas as palavras proibidas. Inclusive, uma palvra proibida, eu não sei porque, éé, povo, gente, universidade... escola, não pode se falar disso em música, inclusive pintou apalvra aranha depois de mim... eu fui o percursor da aranha... depois de Deus.

Sem tempo para me compreenderem… pois nem eu mesma me entendo.

O Tempo e o Vento

Havia uma escada que parava de repente no ar
Havia uma porta que dava para não se sabia o quê
Havia um relógio onde a morte tricotava o tempo

Mas havia um arroio correndo entre os dedos buliçosos dos pés
E pássaros pousados na pauta dos fios do telégrafo

E o vento!

O vento que vinha desde o princípio do mundo
Estava brincando com teus cabelos...

Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego. São Paulo: Principis, 2019.

Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo.

O momento fica. O tempo passa. Mas a cena é inesquecível.

Só o presente é verdadeiro e real; ele é o tempo realmente preenchido e é nele que repousa exclusivamente a nossa existência.

Somos meninos brincando no teatro do tempo; todo conhecimento que temos, ainda não nos levou ao subsolo do nosso inconsciente.