Tempo de Criança
"Ver-se velho é se dar por vencido. Me vejo sempre como a criança que sou e, agarrada em sua mão, brinco no quintal do tempo tecendo sonhos para amanhã... E tem dado certo. O tempo virou meu amigo"
O tempo.
Um dia fui criança, e desse tempo não tenho muitas lembranças, hoje sou adulto, vivendo o presente com muitas esperanças, amanhã já serei velho e parece que foi ontem que eu era criança.
AMIGOS DE INFÂNCIA
Do meu tempo de criança,
Muita coisa não sobrou.
Brinquedo não tenho mais,
Mas o amigo perdurou.
Hoje juntos viajamos,
E às vezes nós brincamos
Como tudo começou.
"Estendo minhas mãos para ser conduzido, como as de uma criança sem rumo e que desconhece o caminho pra casa, porém já não sou mais criança, e não há mais casa, exceto a do adulto que habita em mim."
Você já foi criança, mas seu filho nunca foi adulto. Então, quem precisa se colocar no lugar de quem?
"No espelho do tempo, ainda tenho olhos de menina, alma destemida e coração de criança. E este espelho mostra-me, todos os dias, que os sonhos moram onde quisermos e, para realizá-los, basta um salto de rebeldia.”
O adulto é uma criança
Só mais experimentado
Faz a mesma brincadeira
Que fazia no passado
A velhice é só externa
Pois a infância é eterna
Tempo nunca acabado
Tudo bem se aquele tempo não voltar mais. O que acontecer comigo não importa. Mas essas duas crianças estão vivas. Eu quero que sobrevivam e continuem sorrindo!
A mente de uma criança
é simplesmente inspiradora
por sua capacidade poderosa
de transformar um breve momento
mesmo com poucos recursos
num universo de divertimento
que traz vigor ao coração,
um sorriso espontâneo no rosto,
uma saudável inquietação.
Dessarte, não é em vão
que a infância deixa tanta saudade,
já que com o passar do tempo
aquele poder de transformação
não é mais uma constância,
vai enfraquecendo,
atrapalhando o senso de relevância.
Diante de tudo isso, compreendemos que precisamos preservar
a nossa criança interior
pra que ela seja a fonte do nosso poder de transformar,
pois será um gesto do nosso próprio amor.
Eu sou um viajante do tempo
Uma criança solitária tem muito tempo de se investigar e muito medo da sua condição. Como eu estaria daqui a cinco anos, daqui a cinquenta anos? Provavelmente, como eu via os meus colegas de colégio, seria forte e inteligente, saberia resolver os problemas e não teria medo. Resolvi, então, me imaginar com nove anos pensando em mim, agora, com quinze anos. O novo e o velho se contemplando. Descobri que eu não era tão fraco ou burro assim e que não seria tão especial como gostaria. O tempo foi passando e eu me conectava muitas vezes comigo mesmo. Agora mesmo posso conversar com a hora da minha morte e até depois, dependendo da minha imaginação. Será que eu realmente mudei? O medo que me impeliu para frente aos nove anos não sumiu, e não será ele algo realmente positivo? Um anseio que é um motor da vida.
Agora estava sozinho. Não era mais criança, mas me sentia mal preparado para o mundo fluorescente e burocrático da idade adulta.
Quando se é criança a gente tem impressão que as horas não passam. Depois na adolescência muitos queriam ser adultos, e quando mais velhos e adultos a gente acha que o dia não tem tempo suficiente para fazer tudo que a gente queria fazer.
É sempre aproveite o tempo que você tem.
Que a criança interior não se perca, que venha a ficar no máximo adormecida, sendo uma forte evidência de amor próprio, uma representação de uma preciosa fase que não volta, sua existência é imprescindível para que a pressão da vida adulta não prevaleça, tirando o senso de humor, favorecendo a tristeza, tirando uma parte significante do sabor que tem a simplicidade, a graça dos momentos bobos, despreocupados, o brilho dilatado dos olhos, o frescor da felicidade, algo muito indesejável, decerto, ela não pode aparecer o tempo todo, entretanto, sua importância é inegável, deve despertar e se divertir sempre que for possível, pois, certamente, a sua ausência um dia será notada, precisa ser guardada com afinco num lindo lugar, reservado na alma.
O Amanhã
Sabe ontem eu era criança, corria de um lado para o outro. Jogava Bola andava de bicicleta, brincava de esconde esconde com os amigos e tudo mais.Lembro-me até do sorriso dela, AH aquele Sorriso era inigualável era inesquecível.
Mas o tempo foi passando e tudo foi mudando,as brincadeiras foram ficando para traz e foram virando lembranças, mas uma única coisa ainda continuava,viva e acessa como brasa era o Sorriso dela . Estampado no rosto ,com marcas de terra .
Ela foi a primeira namoradinha que tive, fizemos até planos para o Amanhã.
Em casar ter filhos viver a vida um ao lado do outro .
Porém.O Amanhã chegou e cada um seguiu o seu caminho em estradas diferentes .
O Amanhã virou lembranças de escola ,o Amanhã virou a saudade de voltar no tempo sem pensar que o amanhã seria realidade.
Se a criança soubesse que ainda tem o maior tesouro; o tempo de vida, talvez seria ainda mais feliz.
Quando se é criança parece que os paradigmas não conseguem grudar na
nossa consciência. Nossa realidade, nessa época, nos blinda com todas as vontades que temos de conhecer o mundo, brincar e divertir-se, o quanto mais se puder - sem parar. Sem questionar muito. Não ficamos remoendo o dia-a-dia, pensando em coisas negativas. Percebeu que quando somos crianças aproveitamos o máximo do tempo presente?
Um velho chorando ou uma criança sorrindo. Um velho sorrindo ou uma criança chorando. Só se pesa na balança do tempo.
Em criança, o tempo não existe intelectualmente, tampouco no relógio. O tempo é alteridade. São os outros que o marcam através da sua austeridade, adentrando ou abandonando, o nosso tempo-espaço. São os pais, mais saturninos ou mais uranianos, que marcam o seu compasso.