Tempo de Criança
O Amanhã
Sabe ontem eu era criança, corria de um lado para o outro. Jogava Bola andava de bicicleta, brincava de esconde esconde com os amigos e tudo mais.Lembro-me até do sorriso dela, AH aquele Sorriso era inigualável era inesquecível.
Mas o tempo foi passando e tudo foi mudando,as brincadeiras foram ficando para traz e foram virando lembranças, mas uma única coisa ainda continuava,viva e acessa como brasa era o Sorriso dela . Estampado no rosto ,com marcas de terra .
Ela foi a primeira namoradinha que tive, fizemos até planos para o Amanhã.
Em casar ter filhos viver a vida um ao lado do outro .
Porém.O Amanhã chegou e cada um seguiu o seu caminho em estradas diferentes .
O Amanhã virou lembranças de escola ,o Amanhã virou a saudade de voltar no tempo sem pensar que o amanhã seria realidade.
Em criança, o tempo não existe intelectualmente, tampouco no relógio. O tempo é alteridade. São os outros que o marcam através da sua austeridade, adentrando ou abandonando, o nosso tempo-espaço. São os pais, mais saturninos ou mais uranianos, que marcam o seu compasso.
O passo do tempo
O tempo corre, silencioso e certeiro,
ontem eu era criança, com os olhos abertos.
O riso fácil fazia o tempo parecer uma promessa sem pressa,
com um caminho longo e intocado.
Hoje, os traços da inocência me escaparam,
numa lembrança que o presente não alcança.
Tudo se vai, como folhas levadas ao vento,
e o que antes era leve, agora pesa.
Como se cada momento vivido deixasse marcas
que o tempo cuida de entalhar na alma.
E enquanto o espelho reflete quem sou,
dentro de mim ainda habita quem fui.
O tempo passa sem pedir licença,
transforma o que somos, apaga vestígios,
e tudo se vai — os rostos, os dias, as certezas,
como se a vida fosse apenas um sopro breve.
Tempo sem tempo...horas marcam com saudade ...Tempo de Paz voltando ao passado ...Sou criança no ventre do tempo...Coração não permite lágrimas ... o tempo é somente viver ...Buscando passos imitando o amor que um dia senti...
Eu sou um viajante do tempo
Uma criança solitária tem muito tempo de se investigar e muito medo da sua condição. Como eu estaria daqui a cinco anos, daqui a cinquenta anos? Provavelmente, como eu via os meus colegas de colégio, seria forte e inteligente, saberia resolver os problemas e não teria medo. Resolvi, então, me imaginar com nove anos pensando em mim, agora, com quinze anos. O novo e o velho se contemplando. Descobri que eu não era tão fraco ou burro assim e que não seria tão especial como gostaria. O tempo foi passando e eu me conectava muitas vezes comigo mesmo. Agora mesmo posso conversar com a hora da minha morte e até depois, dependendo da minha imaginação. Será que eu realmente mudei? O medo que me impeliu para frente aos nove anos não sumiu, e não será ele algo realmente positivo? Um anseio que é um motor da vida.
Agora estava sozinho. Não era mais criança, mas me sentia mal preparado para o mundo fluorescente e burocrático da idade adulta.
Criança sem crença, jamais cresce ou envelhece; vive na eternidade do agora, enquanto os adultos se perdem no tempo que nunca chega.
"No espelho do tempo, ainda tenho olhos de menina, alma destemida e coração de criança. E este espelho mostra-me, todos os dias, que os sonhos moram onde quisermos e, para realizá-los, basta um salto de rebeldia.”
Você já foi criança, mas seu filho nunca foi adulto. Então, quem precisa se colocar no lugar de quem?
CRIANÇA
Sonhava em ser milionário, para dar a minha Mãe uma vida de rainha (Assim como a da Inglaterra).
Descobri que a realidade, é muito mais caro que o sonho.
(Nepom Ridna)
De um Pai ao vosso filho
Para onde estiveste olhando todos estes anos? Pobre criança, o que fizeram com o seu coração, olhaste sempre para baixo e para aparência superficial e tola dos outros, mais tolos do que ti.
Ó, eu que estive sempre no alto e sonhei a vida poética. Nos campos não deitaste mais teu corpo para sentir o sol a te queimar. Os corações tão solitários e tristes, e tão ocos, a se quer reparar. E as estrelas, sempre tão apressados, nem reparam no quanto elas gostariam de ser como vós.
Fora da Terra tudo é frio e pouco, muito menos do que cabe em vosso olhar. Veja, eu sou como vós, eu serei sempre pouco. Fiz de tudo para alegra-te, mas eu falhei. Minhas mãos sangraram oceanos inteiros, enquanto eu esculpia as árvores e colava os trigos nos campos. A neve é só o que restou de mim. Amigos, nós sempre sermos pouco. Falhamos por confiar um nos outros, sempre, sempre... eu achei que entenderiam, mas nem mesmo eu entendo o que aconteceu.... Para onde vai a vida, tão sem tempo, para onde vai o tempo, tão sem vida...
E hoje, eu também cansado e triste, eu penso que deveria perdoar, assim como vós, primeiro a mim mesmo; e depois, aos que não me compreendem. Eu sonhei com o amor, eu sonhei como um artista chora e sofre por algo além do vazio ao qual a essência não se encaixa, mas pertence.
Nesta noite, quando clamarem o meu nome, lembrem-se que somos iguais e eu também fracassei. Tenham piedade de mim e do meu cansaço, já não posso morrer agora que vivem. Vê aquele homem tão jovem e belo pregado em uma cruz? Foram os artistas que o fizeram... As feridas são todas internas, e a cruz, a exaustidão. É o preço que pagam os apaixonados, atravessando a dor em nome da obra, e por isso eles me compreendem.
Antes de partir, por favor me ame, pelo sopro do meu beijo, frio em tua face, eu digo que nos pertencemos e na beleza eu quero ser reconhecido. Tende piedade de mim, quando o céu chamar teus olhos na direção da minha casa fria, olha bem para as cores do céu e para os pássaros que sobrevivem, e ainda que teu coração esteja devastado pelo vaco que nos difunde, saiba que tentei...
Com amor, para sempre
Deus
Esperança, uma palavra que faz sentido
enquanto somos criança.
Quando amadurecemos, percebemos que a vida não é o que parece.
A gente cresce e se esquece de sonhar os sonhos da infância.
Conforme o tempo passa, tornam-se uma vaga lembrança.
Como retratos antigos nas prateleiras da memória.
Hoje, um conto remoto nos meus livros de estória.
De um passado distante, um caminho sem volta.
E agora? Apenas espero,
apenas espero, o agora.
Esqueci como é ser criança,
Problemas...Pesos...Responsabilidades.
Aprendi a encarar essa realidade.
É difícil ser o que me tornei,
Não o "eu" oculto,
Mas o "eu" adulto.
Esquecemos dos sorrisos que dávamos,
O nosso ego nos cegou.
Se quer notamos quem estar ao nosso lado.
Perdemos a inocência,
Movido por desejos carnais e matérias, apenas...
Aos poucos vamos caindo igual Atenas.
O que antes acordávamos
Para brincar com os vizinhos da rua,
Hoje acordamos para servir uma rotina sem vontade nenhuma.
"Ver-se velho é se dar por vencido. Me vejo sempre como a criança que sou e, agarrada em sua mão, brinco no quintal do tempo tecendo sonhos para amanhã... E tem dado certo. O tempo virou meu amigo"