Reflexão sobre o tempo e o amor
Quando eu estiver bem velhinha, e não lembrar nem mesmo do meu nome, tenho certeza que do seu eu nunca esquecerei, porque seu nome não está guardado na minha memória, mas sim no meu coração.
Não temos muito tempo para amar, a vida é a dona do nosso tempo e a qualquer momento ela pode o nosso tempo roubar. Ame sem tempo e mesmo que o tempo seja curto, arranje um pouco mais de tempo para poder amar. Ame como nunca, ame sem pensar no amanhã, a vida é muito curta para deixar de amar um dia sequer.
Às vezes eu queria amar alguém tanto quanto amo a letra de Stop Crying Your Heart Out do Oasis. Assim como amaria flutuar em nuvens de quadros impressionistas.
Às vezes me flagro cantarolando com um violão invisível entre os braços. Eu desconheço os acordes. Mas ele os conhecia.
Ah, ele! Todos os clichês do amor cabiam nas suas sete notas. Ele repetia os refrões enquanto fitava o dia nascendo através da janela. Seus dedos brincavam em meio ao caos. Nunca começava antes do primeiro cigarro. Criou as suas próprias regras.
Seu violão era a sua máquina de escrever. Compositores são poetas que a vida esqueceu de presentear com a arte do silêncio. Os seus sentimentos têm tons e harmonias; pausas e bis.
Eu me acostumo! Mesmo sabendo que não duraríamos mais do que um álbum inteiro do Pink Floyd. Serei mais uma história, mais um balançar de cordas. Terei cinco estrofes e dois refrões. Meu nome vai ser ocultado. A canção irá servir como uma recordação boa para alguns; insuportável para outros.
Enquanto isso - do outro lado da cidade -, estarei me reestruturando aos pouquinhos.
Eu só preciso do barulho que vem do meu peito para estampar o papel. Eu só preciso lembrar-me do cheiro de cigarro mentolado para naufragar no mar branco das folhas. Porque poetas são compositores sem ritmo. Meus dedos são ágeis, assim como o músico nas cordas. Minha alma grita, pois precisa. Meu coração ritmado cria todo o tipo mirabolante de melodias.
Eu o conheci no meio das minhas incertezas. Nossos bloqueios criativos se atraíram. Esse era o nosso nível de igualdade. Um não era superior ao outro, havíamos cicatrizes iguais.
Não é o que dizem? Por onde passamos deixamos um pouquinho da gente. Pessoas que assinam as nossas peles; carimbam as nossas vidas. Eu sei que na vida dele muitas outras se tornarão canções pelo que não deu certo. E voltaremos ao recomeço, uma vez que o ser humano tem a necessidade de pertencer. Seja a uma música, a um poema ou lembrança.
E ele é todo sentimento. Eu sou toda pedra. Ele sempre viveu todos os momentos; fumou todos os cigarros; cantou todos os refrões. Mas aprendeu a duvidar das palavras e dos poetas. Nós queríamos ficar juntos, ao mesmo tempo em que todos os versos diziam ao contrário.
Mas eu nunca o amei!
Mesmo ficando com a mania de curtir os álbuns dos anos 70, de criar regras, de anotar as coisas em um bilhete na geladeira para não esquecer o que fazer. Mesmo esperando silenciosamente o fim do primeiro cigarro, em seguida o pigarro seco e, por fim, os graves e agudos do violão. Eu não o amei nem quando fiz o meu melhor poema dedicado aos amores que perdemos no meio do caminho. Ou os caminhos que perdemos em meio aos amores ilusórios.
Ele nunca soube me dizer o que era impressionismo, eu nunca quis aprender a tocar violão. Ele não gostou dos meus poemas; eles eram indecisos - porque lua em libra é o meu segundo nome. Eles eram tristes, pois eu sabia que nunca seria o seu Wonderwall, do mesmo modo em que ele nunca seria aquele que poderia me salvar.
Nossos mundos colidem, nossos karmas se cumprimentam como velhos amigos de uma vida cansada. Por isso preferi amar Stop Crying Your Heart Out do Oasis. É mais fácil. Aceitável.
Assim como a música, tivemos o nosso tempo cronometrado. Assim como um poema, seremos eternizados em pequenas estrofes do passado que resignamos.
“Aguente!” – diz a música – “Não se assuste! Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”
E isso me conforta até a próxima manhã, sem ninguém cantarolando refrões na janela...
Nós somos um amontoado dos nossos danos. Nossos olhos cor de terra fazem fronteira. Meu outono não combina com a sua primavera. Um cai e o outro se regenera. Um chora e o outro ri.
Nossos defeitos superam as nossas qualidades. Nossos sonhos não estão mais guardados na mesma caixa. Há sempre um conflito, você é a razão. Eu sempre perco a guerra. A emoção é a minha trincheira.
Músicas declamam as histórias que jamais contaremos a alguém. Vamos odiar e, por fim, esquecer. Talvez sentir inveja por elas durarem mais do que o nosso encontro. Um abismo de palavras não ditas nos consome. Pois não há antídoto para o silêncio. Ele é a resposta para as perguntas cujo resultado já sabemos. É território neutro. O meio termo. E sempre odiamos meio termo.
Nós somos o que ninguém viu. Os cacos do que ninguém sentiu. Há história por trás do desvio do olhar. Há contratempo nos assuntos que morreram em alguma desistência nossa. Há estranheza nas letras de canções familiares.
Eu já usei aquela sua camisa azul e você já reclamou do meu vizinho que fala alto. Há vida por trás das situações que enterramos; das peles que assinamos. Pois o silêncio também narra romances ruins.
O clímax não interessa mais quando o fim chega. Os motivos para ir embora sobrepõem o oposto. O mundo ficou pequeno para as nossas birras. O nosso enredo não atrai. Nos entediamos na mesma frequência.
Nossos nomes não estão no título de uma música do Legião Urbana. Você não estava perdido e não se agarrou a mim. Não tivemos o nosso próprio tempo, pois todo o tempo do mundo já estava cronometrado. Palavras são erros e os erros, bem, são meus.
Eu estava aqui deitada, olhando para o teto do meu quarto, pensando na vida, nos planos, nos sonhos e, no quanto ela tem um jeito peculiar de te fazer relembrar cenas que você atuou, viveu, ou apenas sentou ao lado e assistiu tudo passar na sua frente. As vezes somos apenas mero coadjuvantes e, vemos as pessoas entrarem e saírem das nossas vidas, outras até sem ser notadas. Penso ainda em todos os caminhos, nas esquinas do mundo e, nas trilhas que encurtamos, nos montes que escalamos, entao, abro os olhos e, me pego agora chorando, dedilhando as cordas do violão e, como um sopro, surge uma harmonia, surge das notas ensaiadas, uma canção.
Existem canções que queremos cantar, não importa quantas vezes, queremos ouvir a melodia que parece saltar do peito e aí mesmo em meio a calmaria de um arranjo, a doce e suave harmonia, traz a paz, traz consigo a esperança de que quando a música parar, tudo vai ser diferente.
Me pego viajando pelas linhas do pensamento, eles não me decepcionam, consigo voltar no tempo em um flash de um segundo, assistir onde a vida deveria ter recomeçado, zerado o papel. Bom seria que como uma letra mal escrita, pode ser apagada, assim também, algumas histórias que não traduzem o simples gesto de amar, pudessem não existir.
Difícil pensar na vida, organizar a sintonia das notas, enquanto o dedilhado suavemente acontece cantando o amor. Não há tema mais lindo, não a canção que traga prazer que não contemple o amor, mas será que é porque é fácil falar de amor? cantar o amor? Eu não tenho as respostas, porque o tema mais cantado, mais falado, mais usado nas declarações, não surge apenas nas palavras, mas se concretizam nas ações.
Já dizia o apóstolo, o amor é paciente, ciente de que o amor espera o tempo que for para ser amor. Porque não existe contagem do tempo para acabar o amor, mas existe um relógio bem maior, que define que quem ama não tem tempo para amar, não existe tempo para voltar a amar, nem muito menos tempo, para pedir para deixar de amar.
Pedir para deixar de amar, é como se dissesse que é possível apagar as letras escritas da história, embora a mente apagasse existiriam todos os sentidos aguçados, para fazer lembrar.
O amor é uma dádiva, que nao escolhe classe social, nao escolhe cor, idade ou qualquer outra caracteristica que, só quem ainda não amou é capaz de citar.
Não conto o tempo pelas ciências exatas de Pitágoras, conto pela ciência abstrata de Drummond.
Charles Valente
DORES NO VARAL
"Desta vez, os degraus são de vento e, na queda boçal, quem me ampara é o tempo. Sem saber o que me dói, fiz o nome dele perpassar por entre os dentes, fazer um deserto em toda falta de saliva. Mesmo macio, disto fiz a minha dor. Ele - todo e próprio - é muita razão para a alegria que me pendura nos varais mais altos da extensão da vida. Perdoe por culpar o vento - é apenas amor."
Com o tempo a raiva passa, a mágoa acaba e as lágrimas secam.
Com o tempo a gente consegue ver o que antes não via...
Aprende que nada é pra sempre, e que tudo passa de um jeito ou de outro,
Quer você queira ou não.
Com o tempo descobrimos que aquilo que pensamos ser amor,
Não era amor, talvez paixão, ou até carência.
O tempo alivia a dor, cura as feridas da alma, acalma os corações,
Dissolve as dúvidas e faz com que mudemos a nossa maneira de pensar,
De amar, de sonhar..
O tempo trás maturidade, sabedoria, experiência...
Sorte de quem sabe aprender com ele,
Sorte mais ainda quem sabe esperar por ele,
Pois há certas coisas que fogem do nosso controle
E só o tempo é capaz de resolver.
O tempo também trás saudades, lembranças, histórias...
Cada tempo tem a sua beleza, a sua graça, e é bom que saibamos disso.
Não existe a idade perfeita, existe o agora, e que amanhã será o ontem.
Cabe a você fazer com que ele tenha valido a pena, pois ele não voltará.
Nunca se esqueça, o tempo é sábio, e como é bom sabe lidar com ele,
Afinal de contas, ele passará pra todos.
"Mesmo que o tempo passe, mesmo que um dia nós cheguemos a envelhecer, devemos sempre manter nosso espírito jovem e nunca desistir dos nossos sonhos."
O tempo á o tempo, Que cura que muda, Que fere que interfere, Que as vezes te deixa na mão, O tempo que é dono da vida.
Que te faz querer que ele passe devagar para ser mais feliz, Ou simplesmente você queira que ele voe para que esqueça dos momentos ruins que viveu.
O tempo que é tão importante quando se quer estar perto, E que é inútil quando nao está perto de quem você quer ver a todo tempo e o tempo todo.
Tempo, é essa mistura de querer e deixar, porque é simplesmente o tempo, e por isso é lindo e singular, tão singular que as vezes chega a deixar marcas em nossos corações, que nem mesmo o tempo é capaz de apagar.
Aliás somente o tempo é capaz de apagar todas essas marcas no coração, na verdade o tempo é meio bipolar e inconstante, deve ser por isso que ele cura até amores que são inconstantes e todos esses outros que não tem reciprocidade.
Quanto tempo já passou?
Quanto tempo se vive em um dia qualquer, onde nada se guardou e nem tempo sobrou
Quanto tempo já passou?
O que resta, é viver
Mesmo apenas um dia
Pois a vida é relativa
E o tempo é do tamanho
Que quiser
Quanto tempo já passou?
Para muitos um dia é nada
Para poucos, o mesmo nada
É tudo
Quanto tempo já passou?
O futuro é cheio de incertezas
Mas repleto de opções
Sabe Quantas chances terá de novo
Só para não viver ilusões
Pois viver somente o amanhã
É desperdiçar o hoje!!
E aí...
Quanto tempo já passou?
Você sabe o que sinto e como me sinto, sabe da minha história assim como eu sei da sua, sabe o que fazer e mesmo assim não faz, tá perdendo a sua chance e eu o meu tempo.
Tempo, criatividade e dinheiro.
Junte os três e conquiste QUALQUER mulher.
Se não deu certo, é porque faltou um (ou mais) dos três.
Lembre-se que o tempo envolve paciência.
Se você realmente quer, não desista.
Resumo-me ao tempo. Tempo de ser. Tempo de amar. Tempo de amadurecer. Tempo de lutar. Tempo de morrer. Tempo apenas que corre pra frente nunca para trás, que deixa saudades, lembranças e dores e amores. saúdo o tempo já sem tempo,e me vou.
Não conte o ano por dias, conte ele por abraços, porque tenho certeza que tem abraços que valem mais que um dia inteiro.
" As aparências enganam". Esta frase nunca se tornou tão real para mim, como nesses dias. Não existe lugar mais confortável e seguro para usarmos as nossas máscaras, do que as "Redes Sociais". Aceita de tudo. Um mundo de fantasias, irreal, onde, as famílias são unidas, os filhos são os melhores, a pessoa amada é perfeita, a profissão é realizante, enfim, uma gama de inverdades, protegidas pelo mundo virtual, onde podemos ser e ter o que quisermos. Cada um se torna um pop star, dentro de sua rede de relacionamentos. Infelizmente, tem nos distanciado da verdade de nós mesmos, da nossa real identidade. É um ladrão diferente. Nós mesmos, abrimos a porta, e deixamos entrar e nos controlar. Sutilmente, vai nos roubado coisas preciosas da nossa vida, que poderia ser pilares de uma vida social, familiar e emocional saudável. Tira de nós o tempo, as identidades verdadeiras das pessoas, nós proporciona amigos os quais não são, nos tira o desfrutar de pessoas as quais amamos, do abraço apertado que nos aquece, do beijo estalado no rosto, do aperto de mão, de uma lágrima não enxugada, de um colo que não foi dado, do olhar, olho à olho, do ouvir a voz, de ver os gestos, sentir a emoção e ouvir a respiração. São impermeabilizantes dos sentimentos, da energia e expressão do ser. O que será da próxima geração, ou mesmo, da minha geração? Robôs? Pessoas frias? Doentes de alma? Ou doentes de pessoas? Será que é mais fácil abrir mão de sermos nós mesmos, do que vivermos sem máscaras, sem status, viver debaixo da verdade, e proporcionar a nós mesmos, um remédio que se chama "AMOR", o qual é expressado através do próximo, que é o canal de Deus, para nós? Ana Paula Rodrigues.
Na minha caminhada aprendi que o importante é que se há algo bom na vida, esse algo é sorrir. Sorrir é expressão de felicidade, de uma pessoa leve, de bem consigo e com a própria vida. Quando sorrimos levamos a todos aqueles que nos circundam, o amor e a paz. O sorriso é uma espécie de eligir, um santo remédio que transforma nosso espírito, espalhando alívio para o corpo inteiro, causando relaxamento mental e muscular.