Templo dos Sonhos agradecimento
SEMENTE VERDADE
Sidney Santos
Sete juras eu fiz
Pra ganhar teu amor
Escrevi no céu à giz
Poema que a chuva apagou
Estava escrito um encanto
Espécie de uma magia
Visão em qualquer recanto
E que nada apagaria
Veio a chuva e levou
Minha jura de amor
Nada no céu ficou
Poesia virou prosa
Mas, semente de valor
Na terra nasceu uma rosa
SECA
Sidney Santos
Terra seca, dura
Ladainha pra ver se alguém comove
Mulheres em sua candura
Faz dez meses que não chove
Água ali por perto
Tanta que dá um lago
Insensatez do político esperto
Faz do sertão um estrago
Um povo que não foge da luta
Em procissão, um recado
Pra ver se alguém escuta
“ - Um pouco do solo molhado!”
FEIRA
Sidney Santos
Um Real , o mamão
Aproveita ocasião!
Três é “dois”
Não deixe pra depois
Alô, Dona Maria!
Leva laranja de “bacia”
Oi Dona Renata
A cereja tá barata
Alô, Dona Raimunda
Não dá rimar com seu nome
Mas leva cajá-manga
Pra não passar fome
SENHORA DO TEMPO
Sidney Santos
Terra planeta lindo
Pra todos vive sorrindo
Mãe de muitos segredos
Madrinha de todos meus medos
Em toda sua inocência
Comete uma inconfidência
No universo jóia mais rara
Ainda o tempo não pára
SILÊNCIO
Sidney Santos
Ah, se o silêncio bastasse
Pra que você respondesse
E de repente explicasse
Todo desinteresse
Aparecer de um libelo
Triste separação
Dois riscos paralelos
Tortas raízes sem chão
Extinguir de uma chama
Supressão de um calor
Desgosto de quem ama
Desilusão, muita dor
O silêncio não basta
Ao teu coração aflito
Pobre relação gasta
Onde a calada é um grito
Canto de Desamor
À minha Santos querida!
SANTOS
Sidney Santos
Santos da minha praia
Cidade dos meus amores
Livre pista sem raia
Jardim de múltiplas flores
Recanto das noites mais belas
Onde a lua permanece acordada
E de dia pintando aquarela
Sorrindo enamorada
Santos Terra querida
Sempre o aconchego do mar
Mostrando as delícias da vida
E a todos querendo abraçar
FIO DA NAVALHA
Sidney Santos
Andando sem rumo
Gelo e fornalha
Difícil é o prumo
Fio da navalha
Bandida e Santa
Jamais esquecida
Tudo me encanta
Maravilha de vida
SORRISO
Sidney santos
Na face doce semblante
Mostra do que preciso
Transparecer de vontade amante
Expressa em um sorriso
Uma palavra amiga
Sonhos pelo caminho
Doce e suave cantiga
Tendo por nome carinho
VÍNCULO
Sidney Santos
Encontro da minh’ alma
Espelho do meu sorriso
Sombra de vasta palma
Puro ar que preciso
Luz de tênue manhã
Abraço na madrugada
Clara sina de romã
Linda enamorada
Fonte no meu caminho
Nascente de amor puro
Gotas de eterno carinho
Meu porto seguro
REPENTE MALUCO
Sidney Santos
Poetas peço licença
Por não saber versar
Mas minha demência
Autoriza-me a cantar
Canto as delícias do amor
As rosas pra namorada
O riso do cantador
Nos braços da sua amada
Canto a criança que brinca
E delira com seu feito
Um, dois, quatro ou trinca
Tabuada sem preconceito
Canto o pássaro que voa
Sobre um lindo jardim de flores
Trazendo a vida à toa
Num arco-íris de cores
E no final desse repente
Escrevendo no céu a giz
Mostrando a toda gente
Meu nome – Louco Feliz!
A FOTO
Sidney Santos
Olhar penetrante
Existência admira
Retrato do instante
Câmera na mira
Mulher radiante
Expressão calma
Lindo semblante
Segredos n’alma
ENCONTRO
Sidney Santos
Encontro no céu fina luz
Na música a beleza do canto
O pássaro que o pólen conduz
A luz pra iluminar tua beleza
Música pra teu sonho embalar
Perfume da flor, com certeza
Presente, eu a te amar
Interfaces de Amor de Amor e Paz - Antologia CAPPAZ - Vol.3 - 2012
PALHA E FOGO
Sidney Santos
Sou fogo, sou chama
Como chama forjei a clava
Com clava parti o medo
Desvendar de um segredo
Descobri que te amava
Acabou meu sossego
Interfaces de Amor de Amor e Paz - Antologia CAPPAZ - Vol.3 - 2012
DO SONHO À REALIDADE
Sidney Santos
Do sonho à realidade
Por esse mundo andei
Fatos, irrealidades
Até que encontrei
Flor do paraíso
Água da minha fonte
Razão do meu juízo
Linha do horizonte
Mote do meu tema
Matiz da minha cor
Brasão do meu emblema
Você, meu amor
Solução do meu dilema!
Interfaces de Amor de Amor e Paz - Antologia CAPPAZ - Vol.3 - 2012
NOITE
Sidney Santos
Uma dose de alegria
Um beijo molhado
Canções de poesia
Pitada de irreverência
Um abraço apertado
Corpos em consciência
Plenos sorrisos francos
Noite de real valor
Deitados em linhos brancos
Eu e você, só amor
Interfaces de Amor e Paz - Antologia CAPPAZ - Vol.3 -2012
SILÊNCIO
Sidney Santos
Ah, se o silêncio bastasse
Pra que você respondesse
E de repente explicasse
Todo desinteresse
Aparecer de um libelo
Triste separação
Dois riscos paralelos
Tortas raízes sem chão
Extinguir de uma chama
Supressão de um calor
Desgosto de quem ama
Desilusão, muita dor
O silêncio não basta
Ao teu coração aflito
Pobre relação gasta
Onde a calada é um grito
Antologia CAPPAZ - vol 3 - 2012 -Interfaces de Amor e Paz
UM DIA
Poeta dos Sonhos
Lindo fio de esperança
Pipas planando no ar
Sorriso de uma criança
O vôo querendo imitar
Chuva irrigando o campo
Pólen nas mãos do vento
Flores abrindo de encanto
Frutos doce alimento
Jura de não ter fronteiras
Sem ódio e também rancores
União de todas bandeiras
Em uno arco de cores
Colorido expressando vontades
Na tela com grande incidência
Pintando a expressão da verdade
Com a soma das inteligências