Templo
A resistência ao evangelho e a Deus muitas vezes está enraizada na soberba oculta dos corações. É por isso que, no tempo de Jesus, a maioria das pessoas que aceitaram Sua mensagem eram humildes, enquanto os soberbos, cheios de conceitos e autoconfiança em seus conhecimentos e discernimentos, se mostravam resistentes.
Sabe onde muitos cristãos erram? Quando pensam que obstáculos normais, imprevistos e acontecimentos comuns da vida não podem ser utilizados de maneira estratégica pelo diabo para impedir que realizem algo para Deus.
Atualmente, a pregação da Palavra se transformou em uma manifestação artística, na qual a criatividade define a grandiosidade da obra. Até mesmo um "pé de cadeira" pode ser forçado a se tornar um símbolo sem fundamento real. A ministração possui todos os elementos de um grandioso espetáculo: emoção, criatividade, originalidade e uma oratória impecável. No entanto, falha em transmitir uma lição espiritual sólida, pois carece da revelação do Espírito Santo e do poder de Deus.
Os cristãos se perderam nas interpretações pessoais e teorias complexas que explicam Deus e sua palavra a partir de uma lógica humana, ignorando a revelação do Espírito Santo. Como resultado, o Cristianismo se afastou muito do Evangelho de Cristo e, hoje, suas diversas vertentes muitas vezes se assemelham mais a filosofias cristãs do que a expressões fiéis do ensinamento de Jesus.
Na Bíblia, o símbolo do "vaso" é usado para ilustrar diferentes aspectos da vida cristã, como o processo de formação e desenvolvimento espiritual, a utilidade do cristão e a qualidade de sua fé. Embora esses símbolos — como o vaso de barro ou de ouro — nos ajudem a entender esses conceitos, é importante lembrar que as comparações materiais não podem capturar plenamente as realidades espirituais. Assim, devemos usar essas metáforas com discernimento e não forçar suas aplicações além do que a Escritura nos revela.
Todos os pais deveriam se espelhar no mais sublime exemplo de paternidade, que é Deus, enquanto todos os filhos deveriam seguir o modelo do Filho mais exemplar da história: Jesus.
Quando o prazer pela atividade em si substitui a verdadeira alegria de servir ao Senhor, o que deveria ser uma obra dedicada a Deus se reduz a um simples hobby.
Às vezes, as pessoas podem nos considerar bons mesmo quando somos ruins, ou nos julgar como maus apesar de sermos bons. O que realmente importa é a avaliação sincera e precisa de Deus. Como ele nos avalia? Somos bons ou ruins?
Há quem afirme não ter nenhuma crença, mas isso é impossível; todos acabam acreditando em algo, mesmo que seja diferente do que é comum. De maneira similar, defender a quebra total dos padrões e princípios da sociedade é impraticável, pois o que ocorre é a criação de novos padrões e novos princípios. Da mesma forma, as pessoas que dizem "pensar fora da caixa" ou não estarem dentro de uma "bolha" na verdade estão pensando dentro de outra caixa e inseridas em uma nova bolha.
Às vezes, em nossa ansiedade, precipitamos na realização de algo para Deus e sequer conseguimos parar para ouví-lo e entender o que ele realmente deseja e como quer que façamos.
Muitas pessoas que afirmam buscar a verdade, na maioria das vezes, buscam apenas a confirmação de suas próprias convicções e, por isso, nunca encontram a verdadeira Verdade. Quando se deparam com ela, acabam rejeitando-a.
Os escribas e fariseus idealizaram uma figura messiânica e desenvolveram suas próprias interpretações das profecias a respeito dele. Quando finalmente encontraram o verdadeiro Messias prometido, o rejeitaram, pois ele não correspondia às suas expectativas e não compartilhavam as mesmas convicções e opiniões sobre o caminho de Deus.
Tudo no mundo gira em torno de crenças; mesmo para aqueles que afirmam não ter fé, sempre há algo em que acreditam, seja em si mesmos ou em outro princípio.
Amamos verdadeiramente fazer a obra de Deus ou isso se tornou apenas um hobby que nos distrai e nos faz sentir úteis?
Tudo que externamos—nossa aparência, modo de vestir, palavras e comportamentos—é um reflexo do que há em nosso interior, ainda que de forma inconsciente.