Templo
Fora do ambiente da igreja, durante celebrações, momentos de entretenimento, conversas casuais ou até mesmo em momentos de descontração e solidão, podemos avaliar a verdadeira natureza da nossa relação com Deus, revelando se de fato existe uma intimidade.
Considerando a bondade de Deus, o que pode impedir alguém de desejar um vínculo mais profundo com ele?
Reflexão sobre Prioridades
Lídia resolveu fazer uma lista das coisas importantes em sua vida, numerando-as por ordem de prioridade. Para avaliar melhor a prioridade, ela decidiu simular várias situações e avaliar suas escolhas.
Ela imaginou que, se precisasse fazer uma dieta radical ou passar por um procedimento doloroso para manter a beleza, optaria pelo conforto. Portanto, colocou o conforto acima da beleza em sua lista. Percebeu que não hesitaria em realizar sacrifícios em nome do dever no seu trabalho, portanto, o trabalho ficava acima do conforto. Ela também percebeu que se sua família precisasse dela, o trabalho ficaria em segundo plano, então colocou o trabalho abaixo da família.
Ao final, fez uma constatação que a entristeceu profundamente: o Reino de Deus ficaria por último. Naquele momento, fez uma oração sincera pedindo a Deus que refizesse sua lista e a organizasse da melhor maneira possível, reorganizando as prioridades dentro do seu coração para que o Reino de Deus ficasse em primeiro lugar.
Pedro genuinamente acreditava em seu coração que amava Jesus acima de tudo e todos e que nunca o negaria. Ele acreditava que era capaz de fazer tudo por Cristo, até que enfrentou um teste no qual o medo e o instinto de sobrevivência se sobressaíram, revelando-lhe que, quando Jesus previu sua negação, ele realmente enxergou seu coração e que ainda precisava desenvolver aquele amor.
No Reino de Deus, não basta agir ou buscar de maneira correta, mas também é necessário ter intenções e motivações corretas. Não é suficiente realizar o que é necessário; é preciso também sentir a necessidade de fazê-lo. Deus avalia as obras, mas também avalia as intenções por trás das obras.
As ideologias implantadas em nossa mente alteram a nossa percepção do real significado da Palavra de Deus.
A teologia oferece uma estrutura de interpretação da Bíblia baseada nas visões de teólogos. O Espírito Santo traz a revelação da Palavra a partir da realidade, pois estava presente quando cada palavra foi escrita, inspirando-as.
Uma forma evidente de presunção é tentar estabelecer uma base predefinida que permita interpretar a Bíblia inteira apenas a partir de uma perspectiva estritamente humana. Isso é exatamente o que a Teologia procura realizar.
Imagine um artista contemporâneo tentando explicar a técnica de pintura e o significado por trás de uma obra-prima renascentista para o próprio Leonardo da Vinci, o mestre pintor renascentista. O artista contemporâneo, sem compreender totalmente os métodos e a visão de Leonardo, começa a oferecer interpretações modernas e teorias complexas sobre a composição da pintura.
Enquanto isso, Leonardo da Vinci, que criou a obra, observa a explicação com um sorriso discreto, ciente da profundidade e da intenção que ele próprio colocou na obra.
Essa situação reflete a dinâmica que pode ocorrer na teologia, onde teólogos tentam explicar a palavra de Deus sem ter a mesma compreensão que o próprio Espírito de Deus tem sobre as Escrituras visto que foi ele que a inspirou e esteve particularmente envolvido em todo o processo da sua escrita.
Imagina alguém entrando numa oficina mecânica e começando a dar instruções detalhadas ao mecânico sobre como consertar um carro, mesmo sem ter conhecimento técnico na área. De repente, o proprietário da oficina chega e diz: "Deixe-me apresentar o Sr. Silva, o engenheiro que desenhou este modelo de carro." A pessoa fica envergonhada ao perceber que estava tentando dar orientações ao próprio criador do veículo. Essa situação é comparável ao que acontece quando as pessoas tentam opinar sobre a criação de Deus e a sua palavra.
Assim como o Daltonismo altera a percepção das cores, as ideologias alteram a percepção do significado da palavra de Deus.
A menção de "Deus" ou "Jesus" junto a elogios e referências bíblicas não garante que alguém esteja alinhado realmente com o verdadeiro Evangelho; é possível que esteja totalmente equivocado e até ensinando de forma errada.
Às vezes, o sentimento de amor que pensamos ter por Deus é apenas uma ilusão criada pela nossa mente, pois ainda não compreendemos verdadeiramente o que significa amar.
O Espírito Santo desempenhou um papel essencial desde a escolha dos autores até a inspiração de cada palavra registrada na Bíblia. Posteriormente, os seres humanos assumiram a tarefa de forma independente, e bastante presunçosa, ao desenvolver recursos de apoio pedagógico que orientam a interpretação de cada trecho do texto sagrado.
A vaidade ligada ao conhecimento intelectual leva a subestimar a verdadeira sabedoria proveniente do Espírito Santo que é infinitamente superior.
A ausência de lógica na sabedoria divina e a simplicidade do evangelho muitas vezes levam as pessoas vaidosas intelectualmente a menosprezá-las.
Para discernir se algo "faz sentido" ou "não faz sentido" no evangelho, é indispensável a atuação do Espírito Santo. Na ausência dessa orientação, a avaliação se restringe a uma análise puramente lógica e racional do que é espiritual, algo que se torna impossível.
Quando algo é inicialmente concebido com intenções e propósitos negativos, mas é interpretado de maneira positiva e usado para fins construtivos, a influência negativa original ainda permanece, embora de forma sutil e pouco perceptível. Isso ocorre porque o que foi criado carrega consigo a carga espiritual do propósito inicial. Portanto, a advertência divina para evitar influências e práticas mundanas é altamente significativa. O sistema do mundo é dominado pelas forças negativas do Diabo, e tudo o que tem origem negativa tende a manter essa característica, mesmo quando é interpretado e empregado de maneira que aparentemente pareça benéfica.