Teia
“Na teia da existência, Deus tece o fio da vida, o homem tece o fio do destino e o pecado desfaz os nós que nos ligam à eternidade.”
Eu me sinto enredado em uma teia sórdida, enrolado como presa de uma aranha, prestes a ser devorada por ela. Este enredo é apenas uma analogia estereotipada por moá, do brilho de uma situação ingenuamente muito mal observada.
Na teia das minhas reflexões noturnas, eu me encontrava entre a resignação e a revolta, entre o desejo de mudança e a incerteza do desconhecido.
Às vezes, a vida nos embaraça em uma teia de incertezas nos fazendo questionar sobre nosso valor, nos fazendo duvidar se nosso esforço e presença são realmente notados, se estamos plantando amor e dedicando nosso tempo em solo fértil ou árido.........
No entanto, com o tempo, cheguei a essa conclusão: o amor e a dedicação transcendem qualquer dúvida, não importa quão árdua seja a jornada, quando compreendemos essa verdade complexa o melhor é abraça-la. Somos intensos, investimos nosso tempo e alma em pessoas ou projetos e isso nos nutre. Às vezes, o preço é a dor, mas é essa entrega que nos define.
E está tudo bem.
Aqui para todos nós, ALMAS QUE CONHECEM A PROFUNDIDADE DO AMOR, que oferecem o melhor de nós, mesmo quando a dor lateja: Não importa se nossa presença é notada ou não. O que realmente importa é a disposição de entregar nosso coração por completo.
E, meus amigos, isso é verdadeiramente extraordinário.
Cuidado com a teia social, onde a luz te atrai, a navegação te confunde e a busca excessiva por calor humano pode te levar a um lugar vazio e frio.
Para nos contar da eterna teia que é a saudade, da construção que é o afeto, esse ônibus ao outro que estamos atrasados para pegar (mas sempre dá tempo). E como dá tempo nos sentamos, aliviados, diante desse ponto de partida e chegada que é o outro.
Preso pelos algoritmos
Flutuando amarga teia
Mente fraca, terra fértil
A todo ódio que semeia
Vigiado na viagem
Vadiando, noite é
Dia salto na miragem
De assalto reza e fé
Figurando entre a beleza
Esqueleto arredio
Paisagem realeza
Dismorfico sombrio
Engole o choro da solidão
Com um gole de café
Violão sem diapasão
Desarranja nota ré
Mundo estranho, pousa rico
Mesmo pobre de marré
Passa adiante enquanto fico
Vai em frente marcha ré!
QUIETUDE
Em voga a difusão do sarcasmo.
Disseminado por redes em teia.
Mentem déspotas em espasmo.
Sob as vistas da passiva plateia.
É povo que leva a fome na face.
De ter ao menos da vida o justo.
Conhecem do pão nem o gosto.
E do vil tirano ignoram o disfarce.
No gládio diário és vencido.
Em achaque lhe roubam a renda.
Negando tirar dos olhos a venda.
Entregas a chave ao bandido.
Pensam estarem livres os tolos.
Experimentando a pura ilusão.
Em lento trotear de acéfalos.
Ao abate seguem em procissão.
Desconhecem a essência liberta.
Conquistada pela dura batalha.
Onde a vitória e a vida é incerta.
Separar a liberdade e a migalha.
Tendo direito à escolha... e cobrar!
Indolentes engolem a seco essa sede.
Na fartura que essa terra concede.
Faltou a esse povo na guerra sangrar.
Em meio à multidão que negaceia.
A solitude é o caminho que resta.
Nessa senda que se abre em fresta.
A quietude é minha íntima aldeia.
Claudio Broliani
Na teia sutil dos dias corridos,
Vive, entre sombras, a ilusão,
É tal o dom de alguns fingidos,
Que entorna a verdade ao chão.
Enganar, com ar de fácil encanto,
Veste-se fato como seda ao vento,
E na crença, o humano canto,
Faz do engano um leve alento.
Porém, na luta de esclarecer,
Mais árduo é o desafio presente,
Pois fácil é não querer ver,
A verdade queima e sente.
Por que é difícil se desiludir?
Talvez por dor, orgulho ou medo,
Mas se o coração conseguir se abrir,
A luz da verdade reina sem segredo.
Não vejo a vida como uma linha do tempo, mas sim uma teia com encadeamentos de conexões e experiências não casuais.
Na manhã ainda fria, a teia é menos pegajosa. Gotas de orvalho refletem o sol na dissimulada armadilha.
A existência é tecida de interdependência,
Nossos destinos entrelaçados na teia do ser,
Ainda bem que encontramos essa consonância,
Pois na solidão, o sentido se dissolveria sem valer.
No jogo complexo do universo em expansão,
Nossas almas se encontraram num encontro cósmico,
E na dança das estrelas, na dança do coração,
Descobrimos que o amor é o elo mais simbólico.
A jornada da vida, um labirinto de incertezas,
Onde encontramos refúgio no calor do abraço,
E na fragilidade humana, nas dores e fraquezas,
Descobrimos que juntos, enfrentamos qualquer embaraço.
Assim, filosoficamente falando, o "ainda bem",
É a expressão da gratidão pela interdependência,
Pois no encontro de almas, no fluir do além,
Descobrimos que a verdadeira essência é a convivência.
Na tapeçaria intricada da vida, a falta de consideração se revela como uma teia de complexidades, onde as exigências vazias de cobrança se perdem no labirinto do desdém. A solução, paradoxalmente, não reside na voracidade das palavras não ouvidas, nem na tentativa vã de resgatar afetos desmerecidos, mas sim na distância calculada, na generosidade do silêncio que ecoa ausência.
A mensagem não enviada é um ato de autenticidade, uma recusa gentil à negação do próprio valor. As palavras não proferidas, por sua vez, são pérolas de sabedoria, preservadas na reserva para aqueles que têm ouvidos prontos para escutar, para compreender a melodia da alma.
A vida, essa efêmera preciosidade, não deve ser desperdiçada em companhias que não reconhecem sua dignidade intrínseca, sua essência única. A felicidade genuína não se encontra na complacência com relacionamentos vazios, mas sim na coragem de se distanciar do que não alimenta o espírito.
O temor não reside na perda das pessoas, mas sim na diluição da própria identidade ao tentar agradar a todos. A exclusão silenciosa é um ato de autodefesa, uma afirmação silenciosa do próprio valor, cujo eco ressoa na consciência dos que se negam a reconhecer o presente que lhes é oferecido.
Às vezes, na encruzilhada dos destinos, somos confrontados com a dolorosa necessidade de cortar os laços que nos aprisionam, as relações que nos sufocam. E nesse momento de separação, as vozes das dúvidas podem ecoar, mas a verdade está naqueles que, ao nos afastarmos, percebem que foram eles mesmos que nos entregaram a tesoura.
Dizem que toda pessoa é a pessoa certa, mas essa certeza não é homogênea. Algumas surgem em nossas vidas como mestres, ensinando-nos a amar a nós mesmos, enquanto outras são meros capítulos passageiros, destinadas a desaparecer no tecido do tempo.
Que ironia é o amor, essa sinfonia etérea que muitas vezes se perde no silêncio dos corações desencontrados. A música que uma vez embalou nossas almas, às vezes, se cala sem aviso prévio, deixando-nos perplexos diante da sua ausência.
Portanto, na tessitura da existência, é imperativo reconhecer o valor da própria presença, a importância de se estabelecer limites saudáveis e de se distanciar daqueles que não reconhecem a nossa luz. Pois só assim podemos verdadeiramente cultivar a felicidade interior, regada pelo amor próprio e pela gratidão pela beleza efêmera da vida.
*matheushruiz*
Sempre que você tentar explicar o inexplicável, se lembre do momento que a mosca caiu na teia da aranha, parecia tão simples a fulga, mas quanto mais ela se debateu mais agarrada e complicada ficou...
Somos uma família:
A humanidade é uma vasta teia de conexões, onde cada indivíduo é um fio fundamental. Nessa intricada tapeçaria, somos todos interligados, formando uma única e harmoniosa família.
Nosso planeta é nosso lar compartilhado, e nele habitam bilhões de pessoas, cada uma com sua própria história, sonhos e desafios. Apesar das diferenças que nos distinguem, há um elo invisível que nos une: a nossa humanidade compartilhada. Essa noção transcende fronteiras geográficas e culturais. Quando olhamos para além das divisões artificiais que criamos, percebemos que as alegrias e tristezas, as lutas e conquistas de qualquer indivíduo ecoam em todos nós. Somos todos feitos da mesma matéria, habitando um mundo que depende da nossa colaboração e compreensão mútua para prosperar.
A solidariedade e o apoio mútuo são pilares fundamentais dessa família global. Em momentos de crise, vemos comunidades se unirem para ajudar aqueles que estão em dificuldade e é essa empatia que fortalece os laços que nos unem, tornando-nos mais resilientes diante dos desafios que enfrentamos como humanidade.
No entanto, reconhecer a humanidade como uma família vai além de simplesmente expressar solidariedade em tempos difíceis. Significa também reconhecer a dignidade e o valor de cada ser humano em todas as circunstâncias. Significa agir com compaixão e justiça em nossas interações diárias, promovendo a igualdade e a inclusão em todas as esferas da vida.
À medida que navegamos pelos caminhos da história, encontramos desafios que exigem uma abordagem coletiva e global. Da proteção do meio ambiente à erradicação da pobreza, das questões de saúde à promoção da paz, cada desafio nos lembra da nossa responsabilidade compartilhada de cuidar uns dos outros e do mundo que compartilhamos.
Vamos lembrar sempre que, apesar das nossas diferenças, somos todos parte de uma única família humana. Que possamos cultivar a empatia e a compaixão em nossas interações diárias, lembrando-nos do poder que temos quando nos unimos em prol de um bem comum. Afinal, juntos, podemos construir um mundo mais justo, pacífico e inclusivo para todos os membros da nossa grande família: a humanidade.