Tédio
Vença o tédio com determinação, derrube a falta de alegria com bom ânimo, falta de fé com coragem e alegria!
Bugintrecos espalhados sobre a mesa.
Papéis amarelados pelo tédio.
Lampejos.
Olho para trás e vejo
a gata preta espreguiçar espíritos.
Dor..
Vivo a minha solidão com um tédio alado, no qual silencia a minha própria confusão de viver a minha divindade concedida pelo céu...
Vivo o meu silêncio com algum propósito talvez
Para me inspirar de tédio em algum instante
Para amadurecer-me de tristeza
Que agrade quem não me admira
Que prefere viver de mentiras
Eu sou assim, diferente;
Quem sabe indiferente também
Mas não me incomodo que me desdenhe
Pois é vivendo que vou aprendendo...
Não preciso amar
Para então provar
Que sou capaz
De ser o que todos acham certo
O que é ser certo?
Ter um diploma
Família e dinheiro?
Ser um macho alfa?
Não entendo esse mundo
Que me acho e me perco
Do que é errado e do que é perfeito...
Eu nasci com dons disso eu sei
Mas de nada me beneficia
Se não tem ninguém para as veem;
Será que um dia me sentirei útil?
Espero ter a vida que sonhei
Não para agradar os outros
Mas para agradar a mim mesmo...
O meu tédio me consome...
Não tendo o que pensar da minha vida brilhante
Que tanto me entretende com inspirações evasivas;
Me ponho Ao meu sucesso imaginário
Pelo anonimato que me atende o meu suficiente...
vivo sempre em uma agonia profunda,
sinto todos os momentos de tédio,
valorizo a solitude embora tente fugir dela,
amargo todos sentimentos,
tento fugir da realidade,
e ela me cobra a fidelidade,
não domino meus sentimentos,
entretanto o dia se passa na solidão
sei que amor seja como beija flor,
beijo o sentimento dentro da tua vitalidade,
sinto teu ventre que gera a vida do meu filho,
o tempo passa e a solidão aumenta...
a partir que te amo mais...
do que todo sentimento que posso expressar,
o infinito seja parte do meu amor,
que tuas vontades sejam realizadas...
pelo meu coração que vive ansioso...
no estante que te viu pela primeira vez.
por celso roberto nadilo
Fico em silêncio... Fico inquieto
Não é tédio... Não é falta de remédio;
Estou triste sem amor... Mas é claro sinto dor
Não é na veia... Nem na cabeça
E sim na alma... Por quem me deixa
Deixa triste e só... Que na verdade me deu um nó
Estou sem ânimo de me erguer... Me jogou fora
E nem sei do por quê?
As paredes do quarto seguem descascadas e não pretendo pintá-las. Tédio. Sozinho, deitado na cama de casal, miro o balde de lixo e arremesso a folha datilografada que eu lia há pouco tempo. Não foi hoje, nem ontem, muito menos anteontem que ela pensou em tomar essa atitude. Essa carta tinha sido escrita há semanas, eu pude sentir isso. Só lhe faltava um pouco de coragem para deixá-la sobre a mesinha de cabeceira — o que fez horas atrás enquanto eu dormia despreocupadamente. Bom, agora essa folha morre dentro do lixo, porém suas palavras perdurarão nesse coração descascado; coração do qual terei de pintar novamente, temendo que se deteriore por completo.
Além-tédio
Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.
Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.
Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.
Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!
Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.
E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...
Meu Deus que tédio!
O tédio tomou conta de mim.
Há alguém pra me indicar um remédio?
Juro, não quero ficar assim.
O tédio encheu minha cabeça e coração...
sitiou...bloqueou...cercou...
não há mais nem um cantinho sequer,
não há nenhum espaço, nada livre.
Como faço se ele sair não quer não?
Tédio... tudo culpa do tédio
veio e tomou conta...
Será que posso acusá-lo de assédio?
Irei pra prisão se matar o tédio?
Na minha vida fui o figurante.
O seu protagonista foi outro, não eu.
Talvez a abdicação, o tédio, o sonho infante!
Velho entusiasmo que desfaleceu.
Sou aquele que esta sempre ao canto
Esperando a hora de ir embora.
E que aguarda com a avidez de um santo
O momento oportuno do abrir da porta.
Uma nova aurora, um novo ciclo;
Talvez quem sabe um nada novo!
Tudo contínua, eu inexisto,
Na hora confusa de agora há pouco.
Tédio
de chinelo,
ao longe
um jornal velho
com rosto patético
cabelo de ontem
inédito
roupão amarelo
do Sinério
no corpo hermético
sem inspiração
pra poético
até voltar
a dormir
no concreto
remédio
do assédio.
Meu amor,é outra sexta feira chata e chuvosa em que ocupo minhas horas evitando o tédio da melhor maneira possível.Estou melhor do que quando você me deixou,algumas semanas atrás,daquela maneira deprimente.Não inteira,não perfeita,mas melhor,catando os pedaços de mim que você jogou por aí.
Se a vida fosse um mar de rosas , nos mataríamos de tanto tédio.
São nos espinhos que formamos nosso carácter ou esquecemos dele.
E você vive em um mar de rosas triste? ou se forja nos espinhos sem se esquecer de quem foi , é e quem será?