Tédio
A VIDA É FEITA DE MONÓTONAS REPETIÇÕES,TODOS OS DIAS AS MESMAS COISAS.UM TÉDIO ME BATE À PORTA,E EU CANSADA DAS MESMAS ATITUDES,RECUSO-ME À ABRI-LA.O QUE SERÁ QUE TEM DO OUTRO LADO? SÓ SABEREI SE UM PASSO À FRENTE EU DER,SEM MEDO DE ERRAR,AFINAL...É ASSIM QUE SE APRENDE,COM AS MESMAS REPETIÇÕES.
Acordo triste, deprimido
Mais um dia de muito tédio
Ai vem você e me da um "oi"
E vira o dia mais feliz da vida
Se praça, acho graça... se prédio, acho tédio... mas se pro cinza não há remédio mesmo ranzinza sigo na raça !!!
Novamente me vem aquele sentimento
É Horrível se sentir assim
Minha alma doendo, Tédio batendo
Tão triste, venha até mim
Quero lhe sentir, quem sabe
Me entregar não é opção
É o caminho o qual devo seguir
Apenas me abraçe, deixe-me
Te tocar, me extasiar em ti
Permita-me lhe mostrar o prazer
transcender essa mediocridade
Lhe dar um propósito.
DESPEDIDA
Papel não falta
Tem vinho na taça
Mas nada vem
O tédio mata
Não se resgata
Quem não se tem
Cessou a música
Ninguém mais dança
É o suicídio
Da esperança
É o fim da linha
Última instância
Cortaram as asas
Das borboletas
Que no estômago
Faziam festa
Aqueles sinos
Não tocam mais
O navio do amor
Deixou o cais
Secou o mar
Dos sentimentos
Encheu-se um rio
Com seus lamentos
Não há rancor
Mas há saudade
Não mais paixão
Só amizade
Tudo é mudança
Dizia Heráclito
As coisas mudam
Mas nada é fácil
Sejamos nosso
De mais ninguém
E ao final
Meu bem querer
Me queira bem!
Procuram um remédio para a dor, para o tédio ..
tempos perigosos, donde o corpo manda embora a alma.
Grita-se de saudade, ouve-se o som ao longe de um louco
despertado de um sonho abandonado, esquecido por momentos.
Desafios a viver cada minuto, calafrios de mil outonos
enganos pendurados num armário de mofo, cheiro a cânfora
Amores vividos em primaveras fugidas das regras fingidas
pontes velhas do amanhecer que nos consome a querer viver.!!!
Ah... Por que essa carência?
Por que o tédio?
E a ausência?
Por que a melancolia?
Em mim, cai uma lágrima triste.
Logo penso que a felicidade não existe.
Ó que sufoco...
Que ausência de tranquilidade...
Esses sentimentos sempre levam a minha enfermidade.
Na mesma intensidade, na mesma sintonia, os mesmos sintomas, hoje sem monotonia. Apenas o tédio casual que insiste em adormecer o o corpo deixando preguiçoso um dia inteiro. Na mente a sensação de proximidade, embora os corpos não estejam ocupando o mesmo espaço! De certo a vida nos prega peças, mas, também nos trazem sorrisos! Sorrir faz bem, tudo ficará bem! pois nem os temporais duram para sempre, nem a chuva fria de novembro!
LONGE DE VOCE
Meus dias passam, lentamente
Longe de você sinto um tédio
Que às vezes fico até sentimental
Lembrando – me de ti com saudade especial.
Eu me sinto inquieto sem você
Com os seus olhos nos meus
O céu para mim cobre – se de outras cores
E somos como um doce casal de beija – flores.
A cada dia ponho – me a amar – te ainda mais
Cada gesto que faz em mim semeia uma esperança
És como a vinda de uma nova primavera.
É por isso que te peço;
Fica um pouco sempre em minha vida
A sua ausência é solidão para o meu coração.
(Nelson Locatelli, escritor)
A experiência do tédio, não do vulgar, por falta de companhia, mas o absoluto, é muito importante. Quando alguém se sente abandonado pelos amigos, não é nada. O tédio em si advém sem motivo, sem causas externas. Com ele vem a sensação de tempo vazio, algo assim como a vacuidade, coisa que conheço desde sempre. Posso recordar muito bem da primeira vez, quando tinha cinco anos. Vivia, então, na Romênia, com toda minha família. Então, tive de repente a consciência clara do que era o aborrecimento, o tédio. Foi por volta das três da tarde, quando fui tomado pela sensação do nada, da absoluta carência de substância. Foi como se, de súbito, tudo tivesse desaparecido, tudo mergulhasse na nulidade e fosse o começo de minha reflexão filosófica. Esse estado intenso de solidão me afetou de maneira tão profunda que me perguntei o que significava realmente. Não poder defender-se, nem poder se livrar dele com a reflexão, assim como o pressentimento de que voltaria outras vezes, me desconcertou tanto que o aceitei como ponto de orientação. No auge do tédio se experimenta o sentido do Nada, e neste sentido não se trata de uma situação deprimente, já que para uma pessoa não crente representa a possibilidade de experimentar o absoluto, algo como o instante derradeiro.