Tecnologia
Tiro os óculos e fica tudo meio embaçado, mas a alma continua distinguindo os detalhes, mesmo no erro da máquina. Arte é política, arte é procurar novas descobertas e sensações nos erros ou no caos. Arte salva.
Você já se perguntou se as pessoas acham “muito legal” o fato de que o seu filho já consegue ligar o smartphone aos três anos de idade? Você já se deu conta de que propagar intermitentemente a suposta “genialidade” de seu filho é incrivelmente desinteressante?
A probabilidade de que você tenha um cartão clonado ao fazer compras pela internet é muitas vezes menor do que a probabilidade de clonagem de seu cartão em shoppings, supermercados, botecos ou postos de gasolina. Então deixe de ser ressabiado e utilize a tecnologia em seu benefício. E utilize também o conhecimento para sobreviver à nova década que agora se inicia.
E aquela galera que nos xinga porque visualizamos uma mensagem e não as respondemos a tempo e modo? Será que esse pessoal pensa que a nossa vida é estar com os smartphones a postos, no aguardo ansioso por mensagens de texto, de vídeo ou de áudio? Será que esse pessoal não cogita que podemos estar trabalhando, cuidando de crianças, concentrados em algum bom livro, “obrando” no banheiro ou simplesmente querendo ficar quietos? As pessoas se tornam chatas, invasivos, agressivas e não menos inconvenientes ao insistirem em conversar quando não queremos ou não podemos. Isso é egoísmo e prepotência.
Se vocês imaginarem, por exemplo, que um aparelho celular comum nos dias de hoje possui uma tecnologia infinitamente superior à tecnologia da Apolo 11 – a espaçonave que, em 1969, levou o homem à lua, o que na linha da história foi praticamente agora – já poderão ter uma ideia de que a geração de informação e de conhecimento cresce atualmente em projeção geométrica. Mas, paradoxalmente, muita gente ainda não sabe o que é a Apolo 11, e muito menos que o homem foi à lua. Como pode isso?
Criar ferramentas que conectam distintos públicos sociais, possibilita o desenvolvimento futuro da sociedade através de diálogos construtivos.
O celular é a prova mais contundente da contradição da vida: se por um lado te aproxima de quem está longe, por outra te distancia de quem está perto.
De nada adianta você optar por um sistema operacional com boa política de privacidade se você não filtra os aplicativos que instala e os sites que utiliza.
O ser humano aceita com naturalidade falar, ouvir e mandar imagens de um lugar para outro do planeta pelo simples toque num celular, mas duvida do poder da própria mente humana que foi a criadora desta tecnologia?
O assunto quântico há muito tempo não é mais assunto da ciência, este é um assunto já batido. Agora é a vez da engenharia mecânica e outras disciplinas técnicas abraçarem a quântica para a trazer a realidade como tecnologias.
O paraíso foi transformado em um inferno da noite para o dia
E num piscar de olhos a alegria passou a ser fantasia
Que a mente cria para fugir do mundo trivial
Onde a maior parte é virtual mental
Onde muitos se adoecem, por essa vida fútil e banal
Em tempos de velocidade, tecnologia, imediatismo e muita revolta
O ego transborda
Vira campo de guerra
E brigam por atenção
Senso de competição
Feito um inocente na prisão
Querem ser todos o dono da razão
E esquecem da união
Que ninguém tem posses,
E tudo está além de Ter
É muito mais, é Ser!
É ser aquele que não só ouve
Mas que sabe escutar
É ser aquele que não só observa
Mas que sabe apreciar
E que não só aprende
Mas que sabe ensinar
O valor que não é o saber
Mas o que faz acontecer
Acumular, não faz ascender
Vamos olhar para frente e aprender
O mundo atual é estranho
Onde se busca por poder
E a indiferença se promover
E a essência morrer
Quero vivenciar, errar e aprender!
De lembranças e sonhos
O mundo se embriaga
Contra o tempo pedem explicação
Desnorteados esquecem de pisar no chão
Vivemos tão envolvidos com o desenvolvimento tecnológico, voltado para a matéria, que esquecemos o desenvolvimento no plano do espírito.
Com o desenrolar da história da humanidade, sempre tivemos ferramentas que foram como que extensões de nós mesmos. Podemos dizer que a tecnologia é uma dessas coisas que nos definem enquanto espécie.
Ao longo do último século, a aceleração tecnológica transformou nosso planeta, nossa sociedade e nós mesmos, mas não conseguiu transformar o entendimento que temos dessas coisas. Os motivos são complexos e as respostas também, no mínimo porque estamos absolutamente emaranhados em sistemas tecnológicos que, por sua vez, moldam a maneira como agimos e pensamos. Não podemos viver à parte deles; não conseguimos pensar sem eles.
Hoje, a nuvem é a metáfora central da internet: um sistema global de grande potência e energia que ainda assim retém a aura do numenal e do numinoso, algo quase impossível de entender. Nós nos conectamos à nuvem; trabalhamos na nuvem; guardamos coisas na nuvem e recuperamos coisas dela; pensamos pela nuvem. Pagamos pela nuvem e só a notamos quando ela não funciona. É algo que vivenciamos o tempo todo sem entender de fato o que é e como funciona. Estamos nos treinando para depender da nuvem apenas a partir de uma noção nebulosa do que se confia a ela e o que se confia que ela vai fazer.
O segredo para evitar o pensamento limitado e defasado a respeito dos avanços tecnológicos é ver potencial e oportunidade onde a grande maioria só enxerga pessimismo e desconfiança.
“Adolescentes são criaturas insistentes. Partem para o apelativo pra que Tia Márcia use carro de aplicativo. É algo absolutamente inútil para ela que não tem celular, não usa cartão de crédito nem viaja para nenhum lugar. No dia da compra do mês, quem a conduz para casa é o velho taxista Miguel, que executa essa tarefa desde os tempos do Corcel. Agora ele ficou doente e parou com as corridas de repente. Tia Márcia está temerária, terá que usar outro chofer do ponto da rodoviária . O cara é barbudo, fala gírias, tem brinco na orelha e veste camiseta vermelha. Além disso o carro dele é moderno, tem dvd, ar condicionado e adesivo de bailes do lado externo. Há dias ela não consegue dormir com confiança, preocupada com tamanha mudança. Buscando uma nova opção, foi no ponto dos carroceiros para testar uma charrete , um veículo de tração. Não deu certo, a carroça é alta - o pedalete força sua joanete.”