Tecido
Logo retornei, linha muda:
A cor do tecido,
a vista do horizonte,
o trajeto do trem,
o destino de um homem...
Meia-noite
"Quando entrei em meu quarto, me deparei com uma luz que transpassava o tecido da cortina imóvel de uma noite quieta, havia sons que não eram externos"
A nuance da pele realmente se manifesta em cores diversas, mas abaixo do tecido epitelial, somos todos iguais. O que seria o mundo, se fôssemos todos iguais??? Seria uma plena monotonia, não é mesmo??? Somos todos diferentes, seja na altura, na massa corpórea, na capacidade intelectual, no tom da voz, nas impressões digitais, e em muitas outras coisas mais, porém uma coisa é certa e não há como fugir, somos formados pelas mesmas substâncias moleculares existente no solo terreno, indicando que viemos do pó, e tão certo que, ao pó haveremos de retornar.
Vivamos as diferenças em plena harmonia, irradiando ao nosso próximo, toda a paz possível e plena alegria. Viva a vida plenamente!!! Que Deus nos ajude, hoje e sempre!!!
Matheus 9:16 Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; porque o remendo força o tecido da roupa e o rasgo aumenta. NAO TENTA COBRIR AUSÊNCIA DE UM(A) com a PRESENÇA DE OUTRO(A) QUALQUER, CARÊNCIA PASSA E AS CONSEQUÊNCIAS DE ESCOLHAS ERRADAS VAI LHE CAUSAR FERIDAS. Não precisa se desesperar, confia em Deus que ele lhe trará o melhor!
O policial volante continua sendo um miliciano da Força Pública, mas o tecido que protege sua pele é modificado paulatinamente. Os sapatos são substituídos por alpercatas ferradas e com rabicho simples ou duplo, as roupas se tornam mais resistentes à vegetação local; panos para fazer torda (barraca) e o lençol, trançados na frente do corpo, dispostas em xis, cruzando o pescoço. Bornais cruzados e punhais passaram a fazer parte da indumentária do cangaceiro e da volante.
Tecido com o coração das longas hastes, colhidas às margens do Nilo, por diligentes fabricantes de papiro; lixado, desbastado e prensado, até o couro se transformar em pergaminho; abrigado, por tanto tempo, na escuridão das câmaras mortuárias das pirâmides egípcias e nas prateleiras tubulares da Biblioteca de Alexandria; copiado, à luz de velas, e das amplas janelas dos scriptoriums das abadias medievais, por gerações de monges que nele teceram a delicada e persistente trama dourada das iluminuras, desenhando, com longas penas de ganso, serifa a serifa, as letras dos textos bíblicos, da filosofia, da ciência, da história; escrito pelos revolucionários, contrabandeado pelos perseguidos, nau e asas dos injustiçados, leme dos que mudaram o mundo, o livro continuará, conosco, no futuro.
Nossos netos poderão achar os mesmos textos nas frias nuvens de bits, nas telas dos tablets e dos smartphones, ocultos nos algoritmos que as máquinas guardam e traduzem, até serem quebradas e derretidas para fazer novas memórias, placas e processadores.
Mas nada poderá substituir, ou superar, a sensação de imaginar, ao acariciar uma capa antiga, a vida de quem a encadernou.
De descobrir, ao abrir um volume de aventuras, a dedicatória, escrita, com esmero, a tinta de tinteiro, por um pai para seu filho de 10 anos.
Ou de localizar a letra do primeiro, do segundo, de um terceiro dono - nome, sobrenome e ano - como a marcar e afirmar, em uma lápide, ou numa carta jogada em uma garrafa ao oceano: eu existi. Como você, estive por aqui. Como você, tive este livro entre as mãos. Ria com ele, chore, aprenda e sonhe. Escreva seu nome nesta página de rosto. E aproveite a leitura.
Vestígios
Sinto na tua camisa lavada,
neste tecido que abraço
a tua pele marcada,
do teu corpo que adormeceu
vencido pelo cansaço,
descansando sobre o meu.
Lanço o olhar àquela hora
em que o teu respirar se perdeu
no meu peito que agora
respira triste sem o teu.
E sobre este tecido que aperto
cai uma lágrima cansada
como um grito que cai certo
na tua camisa lavada!
Meu coração é algo assim
Duro e versátil
Parece tecido de brim
As lágrimas verdadeiras
eu as escondo
Vou pondo onde ninguém acha
Você pode até pensar
Que eu tenho baixa auto-estima
Meus segredos estão todos
Guardados nas rimas
Pois é nas palavras
Que eu faço sangrar
Desfaço-me assim das tristezas
Tem sido assim por anos
Não faço planos impossíveis
Posso voar por todos os Céus
e todos os níveis
Pra todas as portas que se fecham
Eu tenho uma chave-mestra
O que hover de canhestro em meu passado
Eu corrijo com a destra
Se o bem não alcanço
O mal não me pode alcançar
Meu coração é algo assim
Duro e versátil
Parece tecido de brim
As lágrimas verdadeiras
eu as escondo
Vou pondo onde ninguém acha
Você pode até pensar
Que eu tenho baixa auto-estima
Meus segredos estão todos
Guardados nas rimas
Pois é nas palavras
Que eu faço sangrar
Desfaço-me assim das tristezas
Tem sido assim por anos
Não faço planos impossíveis
Posso voar por todos os Céus
e todos os níveis
Pra todas as portas que se fecham
Eu tenho uma chave-mestra
O que hover de canhestro em meu passado
Eu corrijo com a destra
Se o bem não alcanço
O mal não me pode alcançar
Contraste do coração mesmo vadio,
tecido nas areias do Saara... vulgo
termo partido solidificado nobre sonho
presado ardi o seresta da madrugada,
dito e feito sobre mais que o nada...
sementes lavradas pelo qual foi abandonada
sem mais ou menos detalho as folhas do passado,
seriam prólogos no extremo sentido
extraordinário pelo tato do olhar,
foste algo eterno amor abandonado.
Para realiza o pensamento do sabio, basta apenas mexer um fio, vai surgi um tecido... Mas se mexe no fio errado, você desmancha o tecido...
Eu sei, eu perdi um pouco o sentido, eu desbotei feito tecido envelhecido. Mas dentro de mim ainda existe eu.
Você é o tecido da sua própria existência, o mundo é o seu caleidoscópio, e as combinações variadas de cores que a cada momento sucessivo se apresenta para você são as imagens estranhamente ajustadas de seus pensamentos se movendo sempre.
POEMA DA SOLIDÃO
Serei tão secreta
como o tecido da água
e tão leve
e tão através de mim deixando passar
toda a paisagem
e todo o alheio pecado
do gesto, da presença ou da palavra
que logo que a tua mão me prenda
me não acharás:
serei de água