Te Perdi
O Dia Que Perdi Você
Hoje eu queria escrever a mais linda canção com a melodia nunca ouvida antes, mas infelizmente isso não foi possível, pois os pássaros não cantaram, o sol – as nuvens encobriram todo o seu calor e resplendor. A minha alegria não era suficiente para expressar toda a felicidade que havia em meu coração, porque a saudade que tenho dos seus beijos é sufocante e suficiente para eu lembrar que perdi você.
Já perdi amores, amigos,saúde, pessoas, posição, dignidade e confiança. Mas perder é um processo natural muitas vezes de nossas atitudes... Já perdi tantas coisas, que no decorrer da vida me encontro em um labirinto existencial formado com cada um dos amores perdidos, dos amigos, das pessoas, da posição social perdida, da dignidade e confiança perdida. O que me resta?! Sobreviver!
perdi a conta do tanto que escrevi
entretanto, sei que é muito pouco
quando me dou conta de tudo que já li
Por te amar
Perdi tudo que eu amei
Por te querer
Arrisquei tudo que sou
Por ser sincero
Dei tudo que era meu.
Hoje sou condenado
Indesculpável, exilado
Pelo aquilo que nunca quis ser
Mas por você eu fui
Porque por você
Eu quis ser amado
E disso nunca me arrependi
Previamente julgado
Humilhado
Excluído
Exilado
Intimado
Execrado
E logo executado
Palavras cortadas
Frases manipuladas
falsamente interpretadas
Diálogos ignorados
Tudo perdido
O que seria perfeito
Está me matando
PERDAS e PERDÕES
Sim, já perdi muita coisa
Coisas que talvez EU não desse muito valor
ou talvez o valor que lhes cabia
Mas nunca foi por falta de amor
Mas sim por ser incapaz
Incapaz de lidar com certas coisas que não conhecia.
Mas depois disso vem a culpa
Essa sim é cruel e não manda aviso
A gente fica pior e sente o peso do fardo
Na sensação de que não fez TUDO que era preciso
Mas na consciência da ignorância do meu ser
Me pergunto: - Como saber tudo que deveria fazer ?
Semprei tentei o meu melhor
Sim, sempre quis o melhor para todo mundo
Ainda que da minha maneira estapafúrdia e atrapalhada
Busquei as melhores coisas, ainda que no mais profundo
Mas no fim das contas após tantos acertos e vários erros
Me vejo sozinho e quase sem nada.
Mas Deus me chama num canto e me alerta
Meu Filho, Tu não estás sem nada
E agradeça ao que tens e não reclame pelo que não tens !
A Tua vida aqui tem um propósito e é uma jornada.
Eu conto contigo pelas virtudes que tens para a missão.
E aprenda a se perdoar, EU já o fiz.... Aí assim, estará de Parabéns !!!
Cais do amor!
Aquele cais eu o vi e por ti me perdi...
Lancei a âncora do meu amor , naufraguei nos seu braços... Nos seus olhos eu me perdi...
Na sua alma eu encontrei o meu destino lancei... Com a maré do amor meu destino ficou... Com a violência de um furacão meu coração transbordou.
Neste cais que lancei o meu amor por ti com a violência do tufão no tisunami morri!
Licia Madeira
DESATINO
Perdi-me da razão
Não mais lembro do seu rosto
Nem ouço sua voz
O que afirmam ser o certo
Acho errado!
O que ensinam ser errado
Já nem sei!
Perdi a razão!
Se achar não me devolva
Nem diga onde estou
Nessa grande maluquice
É provável que os loucos guardem o último resquício de sanidade.
Me pergunto onde eu me perdi ou talvez devo perguntar, onde me encontrar?
Já não sei mais quem sou!
Apenas deixo o destino me guiar e para onde?
Eu não sei, mas quando meu coração sentir paz, eu saberei que encontrei meu lugar...
Por muito tempo deixei
As palavras falarem por mim
Escritas, assim, entre versos
Perdi sentido em ver
Os caminhos cruzados
Entre ser ou não ser
Magoei minha própria alma
Senti prazer no silênico
Não compreendi
Que meus próprios pensamentos
Faziam-me sofrer
Amargurando a alma
Protegi minha essência
Daquele poço escuro
Que pulei sem perceber
E o que pensei ser liberdade
Era cadeia
Que ainda hoje marca
De preto acinzentado
Todas as dores de ser
Ser moldado e pensado
Apenas para sobreviver.
Sozinho
Te amo,
E com meu grande amor,
Te perdi, te vi partir
Por um erro,
Um erro bobo que cometi.
Hoje nao a tenho mais,
Mas meu amor,
Meu amor ainda perco noites por ti.
"Depois que comecei a falar abertamente que era de direita perdi muito dinheiro, claro. Mas nunca mais perdi uma noite de sono."
Perdi o que é o melhor nos sonhos;
meu inconsciente agora tem limitações
físicas e utopias impossíveis em realizar,
porém não deixarei de sonhar.
FILAMENTOS DE UM PÔR-DO-SOL ANDRÓGINO (*)
Admirava-o. Não perdi a admiração. Acredito que ela tenha aumentado. O bizarro, é que nunca cheguei a pensar como tudo havia acontecido. Eu era, testemunha ocular de um gesto que o personalizou, ainda que não tenha tido a intenção, seu trabalho bastaria, como bastou. Entre os estandartes da demência e da genialidade, fez-se eterno.
O vermelho deslizava-lhe pelo pescoço, avolumando pequenas poças, coágulos, gosmas, querubins malditos, formas mortas, abortos, abutres, assentados nos pêlos da sua barba. Seu olhar fixo, sem nenhum tremor, como se nada acontecesse, e não fora ele o autor, intérprete, diretor, cenário e palco do monólogo vermelho. A colcha que cobria a cama ganhava nova coloração e forma, pintura primitiva, esvaindo-se das minas da carne, viscosa e quente, contrastando à indiferença do seu olhar, parede e alcova, da emoção. O corpo demonstrando declínio ante a dor não exposta e fraqueza natural, quedou-se devagarzinho, de encontro à cama.
O instrumento cúmplice, banhado de vermelho, parecia um bumerangue aborígene, pássaro apocalíptico da trilogia da negligência. Nós éramos mórbidos epigramas do triângulo em gestação. Cortado pelo gélido pincel, foi-lhe a carne dividida, lembrando o pão da santa ceia, às avessas.
Ela estava arrancada dele, definitivamente separados. Não fiz nada. Senti que não deveria interferir. No entanto, não poderia abandonar aquele momento trágico e sedutor, sem pegar um souvenir.
Quanto tempo sonhei com aquela tarde no Louvre. Lá estava eu, entre dezenas de grandes mestres, todos fascinantes com seus estilos, e rupturas que marcaram época, contudo, queria encontrá-lo, devorá-lo ao vivo, longe das reproduções e slides, que durante anos foram companheiros nas salas de aula. Somente ele, nenhum outro, de tal forma, conseguia desequilibrar-me, colocando-me à deriva emocional. Diante da sua arte, caminhava entre as plantações de trigo, girassóis e moinhos. Nessa viagem, frenesi de quem parte sem ausentar-se, somente retornava a mim mesmo, quando os alunos em coro, chamavam-me.
Andando pelos corredores do Louvre, escarnavam-me o olhar babando as gosmas saborosas das retinas, Delaroche, Velasquez, Picasso, Gaugain, Renoir, Monet, que me provocou compreensível – breve – parada. Ele, de certa forma, bordava as lantejoulas do meu frenesi. Continuei a busca, com a certeza da sua proximidade. Subitamente, como se algo, chamasse-me a atenção, tocando-me às costas, virei-me, e o paraíso descerrou as cortinas – a luz amarela – estrela vésper da sua pintura, mergulhava na umidez vermelha dos meus olhos.
Ignorando as pessoas em volta, perdendo com mais intensidade a noção do tempo, ao êxtase tântrico pictórico, minha alma alada, já não era alma. Era um arco-íris pousando no útero da tela, onde fiquei, até que uma voz – sempre elas – trouxe-me de volta para o outro lado – a terceira margem do rio do tempo – ao insistir que estava na hora de fechar o museu.
Saindo do Louvre, meus olhos garimpavam o transe. Na indiscreta verticalidade do abismo, encontrei o metal cortante. Minhas náufragas, suadas digitais, revelaram a dissimulada atração. Ao guardá-lo, no bolso esquerdo da jaqueta, forte era a sensação de Ícaro, cujas asas a monotonia, não mais haveria de derreter. No balanço do meu andar, o metal batia e voltava sobre meu coração, como chibatadas, açoitando a dolorida ansiedade.
A uma quadra do hotel, resolvi parar num café, escolhendo uma mesa na calçada. Após a primeira taça de vinho tinto seco, vejo-me novamente em seu quarto. Ele com o instrumento em riste, no topo da orelha, não ousava dizer absolutamente nada. Quedou silente. Os músculos de sua face e seus olhos eram os mesmos bailarinos paralíticos, completando a alegoria do hiato, antecedendo ao gesto. Sua mão, única expressão de vida, desceu num frêmito impulso guilhotinador. Um desejo irremovível de amputar. Em queda, as gotas de sangue eram filamentos de um pôr-do-sol andrógino.
Sentado no café, o garçom perguntava-me se queria outra garrafa. Pedi a conta, ao mesmo tempo em que apalpava os bolsos da jaqueta.
Chegando ao hotel, peguei a chave, tomei o elevador. Dentro do apartamento, ouvi o farfalhar das asas de dois pássaros vermelhos, fui ao lavabo, postei-me frente ao espelho, retirando, primeiro do bolso esquerdo da jaqueta, o dócil e inofensivo cortante metal. Depois foi a vez do souvenir. Ao empunhar o metal sobre minha orelha, no canto esquerdo superior do espelho, Van Gogh, observava-me passivamente. No mármore do banheiro, a orelha de Van Gogh, já não estava sozinha.
(*) EUGENIO SANTANA é Jornalista, Escritor, Ensaísta, Biógrafo e Redator publicitário. Pertence à UBE - União Brasileira de Escritores. Colaborador da ADESG, AMORC e do Greenpeace. Autor de nove livros publicados. Gestor e fundador da Hórus/9 Editora e Diretor de Redação da Revista Panorama Goiano.
E nesse caminho tantas pessoas eu perdi
Tantas que eu sequer conheci
Conversas com início sem fim
Palavras pensadas e não ditas
E tudo ficou no querer
Desencontro de opostos
Um desvio sem razão
Um grito calado
Desculpas sem perdão
E tudo fez-se de novo escuridão.
Saudades
Depois que lhe perdi, me encontro sem rumo sem prumo.
As noites são sufocantes, as rosas exalam um perfume da saudade com um toque fúnebre.
Distraio e me pego caminhando entre a multidão, e mesmo assim as ruas me parecem tão vazias sem vida.
Uma música triste se mistura ao som dos batimentos do meu coração e respiração ofegante.
Já nem sei mais quem sou, me perdi em mim mesmo e para o mundo.
Hoje sou só amor perdido do amor.