Te Desejo
E então você se aproxima e descubro sempre uma novidade no teu sorriso, no teu olhar, na tua voz. E consegue tirar de mim coisas boas que eu mesmo não sabia que existia.
Perdão por todas as vezes,
que viajei
que cometi loucuras,
que sonhei.
Perdão,
pelas vezes que cantei teus olhos
que naufraguei no teu corpo,
que me entreguei.
Perdão,
por essa vontade louca dos teus lábios
insano,
de arranhar tua pele
de esmagar tua boca,
de roubar teu cheiro.
Perdão,
por querer mergulhar nos teus abraços
me perder nos teus braços,
me envolver...
pelo desejo de ouvir tua voz!
Então você chega e começa a falar...
O som da sua voz faz todo o resto em volta perder a importância
No calor dos seus braços eu encontrei o calor do seu amor, que enlouquece os meus sentidos, fazendo com que os meus pensamentos e desejos estejam focado somente em você.
Amantes, distantes, mas necessariamente presentes.
Somos a realidade escrachada dos desejos embutidos e disfarçados.
Somos a nobreza de um amor sem pudor.
Abrir as coxas e não ter acesso a mente e como tocar um violino sem cordas.
O que o homem deseja é que a mulher, esvaziada de tanto prazer – pois o prazer não esvazia? – olhe para ele e diga: ‘Como é bom que você exista’... Como disse o Nando, do Quarup: ‘Nós nascemos para sermos adorados como deuses...’. Esse é o nosso desejo. Por isso abocanhamos a isca e somos fisgados...'
Mt 5,27-32:
Jesus radicaliza até à interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv 18,6-18; At 15,29).
(nota de rodapé)
Não faça minha vontade
Opa! Foi mal. Não vi você aí
Agi sem saber que queria dividir
Opa! Foi mal. Mas não te reconheço
Um desejo que não clama
Não vive e não sana
Eu nunca vou sentir
Quando é que sua vontade
Se deixou subsistir
Na falsa arbitrariedade
De quem só quer sorrir?
Larga mão desse negócio
Que eu não sou seu sócio
Deixa eu escutar sua vontade
Pra matar a saudade
De quem eu conheci
Opa! Faz bem. Me chame pra sair
Fala sem perguntar o que quero ouvir
Opa! Faz melhor. Faça o que quiser
Que eu sei que seus desejos
Não se resumem em beijos
E também me fazem sorrir
Quando é que sua vontade
Se escondeu do vento
Sob uma passividade
Que nem eu aguento?
Larga a mão desse negocio, menina
Que eu não sou seu sócio
Abre esse coração
Deixe eu ver o que tem dentro...
Opa! [...]
É o amor que sustenta a boa relação no longo prazo. Mas ele em nada coopera no início dela. Somos movidos para o outro por paixão, desejo e afetividade.
treino
é a voz do mar que sinto agora
e todo o seu barulho
explode em meu ouvido
como se fosse um tiro
um grito,
um último pedido
o hálito da praia despenca em mim
arromba portas
invade as paredes
quebra vidraças
corre como raio
me prende e me impede
neste quarto onde o mar me habita
me deito e me dispo
espero.
Um romance com sua própria qualidade de vida
Fiquei uns seis dias sem treinar e isso me machucou por dentro, comecei a duvidar de tudo que havia conquistado. Treze quilos a menos, super disposição, então resolvi coordenar tudo a minha volta.
Espero que meu corpo nunca me acuse que eu passei dos limites, acho um tanto ridículo ter prazer em sentir dor nos joelhos, tenho uma relação destrutiva com a corrinhada.
Prometo com todas as letras que vou maneirar. Deixar de ser egoísta, focar nos resultados, a natureza não perdoa quem a desrespeitou por anos, eu tinha transtorno do sono, cefaleia, ansiedade, sensação de inchaço e estava sujeita a mazelas de todas as doenças possíveis.
Fico falando comigo mesma sobre a ansiedade que era a minha marca registrada, meu caso amoroso com o saleiro e meu vício diário em açúcar, sem açúcar eu parecia mil vezes irritada.
Ninguém consegue explicar aos outros a solidão, principalmente se está acompanhada, eu estava me afundando em comida quando na verdade tinha mil oportunidades de viver.
Um dia a vida vai unir você ao esporte e você vai perceber que perdeu muito tempo antes de tomar a melhor decisão da sua vida. Não se sinta ofendido, a solução certa para uma vida feliz é serotonina na veia.
A vida cada vez mais violenta, a gente não controla o amor, a comida, os filhos, a gente não consegue controlar mais nada e a vida vai correndo contra o que desejamos, fingindo fugir do que nos equilibra.
Não conseguia enxergar com lucidez, eu era uma usina de pensamentos antecipatórios, orgulhosa e vaidosa, minhas gorduras me deixavam medrosa ou arrogante, cheia de decisão própria, tomando a iniciativa, sem os pequenos problemas que sequestram a tranquilidade. Tem que gostar do conjunto.
Somos imperfeitos e vivemos num mundo imperfeito, não sou intolerante com quem tem preguiça de se exercitar, não hesito em dizer que mudei minha vida para melhor, as dores de cabeça ficaram raras e eu não conseguia enxergar isso.
Minha reação natural é acordar às quatro horas e dez minutos e me preparar para mentir para o sono que insiste em me desmotivar, enganar o estômago com água para que eu não faça exercícios com a barriga pesada. As circunstâncias são diferentes, antes eu tomava café da manhã em cinco minutos ou menos. Hoje tenho um amor maior por mim e pelo meu corpo.
Quero apenas derreter as peles do braço e da barriga, ter horários regulares para as atividades físicas, falar mentalmente do que me faz bem, assim como palavra de escoteiro. Prometo não repetir. Prometo comer doces apenas em ocasiões especiais. Prometo evitar frituras e carboidratos brancos ao máximo. Prometo incluir frutas e verduras nas alimentações.
Não existe um botão de desfazer, nem tecla de apagar, a vida é assim, sem voltas no tempo, minha atitude é apenas para manter a dignidade de um corpo e uma mente saudável.
Nunca soube o que é carinho pelo corpo, mesmo na época de magrela, entupia meu corpo com porcarias e o que me deixava magra era meu metabolismo acelerado. Eu hoje tenho uma preguiça enorme de mastigar trinta vezes cada garfada.
Dava-me uma preguiça de ir malhar, de controlar as porções, mesmo que meu cérebro suplicasse para eu desacelerar. A minha mente sempre me dizia para descobrir minhas características positivas.
Não recebi amor antes de nenhum esporte, não me encontrava em nenhuma atividade que me desse prazer, eu me preocupava menos com a saúde e mais com o corpo que eu desejava ter.
O que me move é a necessidade de me sentir valorizada, viva, amada, o que me move é a lucidez de uma vida sem remédios, sem desconfortos, sem fórmulas mágicas que não funcionam.