Te Amo Mesmo você não me Amando
A FLAUTA-VÉRTEBRA
A todas vocês,
que eu amei e que eu amo,
ícones guardados num coração-caverna,
como quem num banquete ergue a taça e
[ celebra,
repleto de versos levanto meu crânio.
Penso, mais de uma vez:
seria melhor talvez
pôr-me o ponto final de um balaço.
Em todo caso
eu
hoje vou dar meu concerto de adeus.
Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
esta noite ficará na História.
Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.
O problema é que comigo tudo é demais. Eu penso demais, sinto demais, me dedico demais, amo demais e me decepciono demais.
Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente.
Tenho o péssimo hábito de fugir de algumas coisas que amo.
Descobri que existem mil maneiras diferentes de dizer “eu te amo”, e que por mais simples que sejam essas palavras, elas representam tudo. Descobri que abraços podem te tranquilizar de uma maneira devastadora, e noites de insônia podem ser perigosas quando se tem muita besteira em mente.
Eu tenho certeza que eu não tenho nada de especial, mas eu também tenho certeza que quando eu amo, eu amo pra valer.
Às vezes eu amo e construo castelos, às vezes eu amo tanto que tiro férias e embarco num tour para o inferno.
Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro,
envergá-las pro chão, corrompê-las, -
até que padeçam de mim e me sujem de branco.
É que eu preciso dizer que eu te amo. Te ganhar ou perder sem engano. É, eu preciso dizer que eu te amo tanto. E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar do teu lado... Eu já nem sei se eu tô misturando. Eu perco o sono lembrando em cada riso teu.
Eu amo pessoas “à moda antiga”, amo meninos fofos que me chamam de linda ao invés de gostosa, que me dão beijos na testa ao invés de dar um “amasso”, que me dão abraços apertados quando eu estou triste, que abrem a porta do carro, que queiram conhecer meus pais, que digam que me amam e se preocupem como eu estou me sentindo. Chame como quiser, chame de cafona ou brega, ridículo ou idiota, eu chamo isso de romantismo, educação, cavalheirismo e amor.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo
Nota: Trecho adaptado de texto publicado por Martha Medeiros. Link
…Sou boa sou má, sou verdadeira sou desonesta, sou lúcida sou louca, cresço ou permaneço, amo ou abandono, ajudo ou torturo - e assim,com o leque das possibilidades, me foi dado o tormento das opções…
E nossas vidas são um desencontro, mas eu te juro que ainda te amo.
E tenho esperança, mas às vezes cansa.
Eu te amo tanto, mas tanto, que tive que arrancar algumas coisas daqui de dentro pra deixar só você, assim, por inteiro em mim.