Talvez
Talvez eu seja ainda aquela menina
que vivia de sonhos
e pensava que o mundo era só pureza
amor , alegria e fantasia .
Dentro do universo de um arco-iris de possibilidades, muito difícil escolher a cor certa que nos representa.
As vezes faltavam palavras para falar, sentimentos para sentir, coisas para pensar, histórias para contar, rezas para orar, algo em que acreditar.
Mas ela não desistia, persistia mesmo sabendo que, talvez, não valeria a pena.
"EAMVDQE". Será que é para mim? Queria muito ter certeza. Meu coração diz que SIM, minha mente sob conflitos de informações diz que TALVEZ (mas não me convence), e eu na minha razão, para evitar maiores sofrimentos digo que NÃO. Um dia vou saber...
"Gostar ou amar?
Amar gostando ou
Gostar de amar?
Talvez amar para gostar, ou quem sabe
gostar de amar, gostando
do amor."
E talvez, só talvez, eu tenha me apaixonado pelo seu sorriso, pela sua voz gostosa e pelo modo como diz o meu nome. Talvez você não tenha começado a derreter meu coração por fora, e sim acendendo uma chama por dentro com cada abraço que me dá.
Assim como a beleza das flores, me encanto com o teu sorrir.
Assim como o perfume das rosas, hipenotizo-me e perco me em teu cheiro.
Assim como a pureza das águas, deleito-me incessantemente em teus beijos.
Desejos e desejos, bem mais que simples vontade, bem mais do que apenas querer.
Preciso e preciso, necessito de ti, assim como as plantas a terra, como as aves ao céu, como os peixes aos rios, como o calor de um abraço no frio.
Um dia… ele foi embora.
Foi embora, com alguém que, talvez, lhe dava, tudo aquilo que eu não conseguia.
Não o censuro.
O meu coração não chamava por ele.
A lágrima…
(Nilo Ribeiro)
A lágrima é salgada,
ontem a provei,
foi embora minha amada,
não aprovei
chorei por amor,
não sinto vergonha,
descobri que ela tem sabor,
pois sou um homem que sonha
ela rolou pela minha face,
exercitei meu paladar,
talvez se você me perdoasse,
ela não iria mais amargar
sim, ela tem sabor,
sim, é uma lágrima,
sim, ela é de amor,
e está nesta página…
Poema da despedida
Hoje estou pensativa
Confusa, estranha talvez
Penso que amo uma pessoa
Penso que não amo ninguém
Acredito que seja uma carência
A falta de afeto, não sei
Posso está confundindo os sentimentos
Querendo viver um outro tempo
Tentando impressionar alguém
Não sei se faço para agradar
Ou se faço porque quero
Penso em não fazer nada
Mas faço quando menos espero
Estou aflita e muito ansiosa
Minha cabeça pesa de mais
Com essa mistura de sentimentos
Que se confundem de forma veloz
Se eu pudesse um grito forte daria
E pediria para me libertar de você
Sentimento que faz feliz
Mas ao mesmo tempo me faz sofrer
Saia da minha vida eu te peço
Mas saia sem olhar para trás
Esqueça que um dia fui sua
Suma de uma forma eficaz
Não vou permitir outra vez
Que você faça bagunça em meu ser
Destruindo o que com esforço consegui
Me impedindo outra vez de viver
E talvez o amor venha brevemente, ou talvez nem venha. Não espere nada de seres falsos, que roubam teu coração e jogam-te por entre um precipício de espinhos.
Não fale nada!
É só um pensamento meu...
Faz tempo que não escrevo, mas hoje
Hoje eu preciso escrever.
Tantas coisas têm acontecido
Nunca mais escrevi
Deixei pra trás todas as idéias.
Idéias se vão, se evaporam
palavras ou vento...
Mas a mente não pára
Palavras a mim e ao vento, ao tempo
Mas elas se perdem, se perderam.
Faz tanto tempo....
Faz tanto tempo que eu queria escrever
uma palavra, uma canção.
Elas se perderam... as palavras!
O vento as levou para longe de mim
O vento muda o sentido
As fez voar para outro lado, numa outra direção.
Ele, o vento, as trouxe de volta,
as palavras, para mim.
O vento que rápido destrói
que intenso deturpa,
que rodopiando machuca,
que calmo, refresca, acalma, agrada....
O vento me faz um carinho
Me dá um ninho,
Me dá a palavra.
O vento sou EU!
Talvez eu não me queira,
talvez eu não me sinta...
O Vento!
TALVEZ
Talvez...
Há sempre um talvez
entre a presença e a saudade,
entre a ausência e a chegada.
Na partida, nem se fala
há sempre um talvez
ao teu olhar que aborda o encontro,
entre a dúvida e a súplica de um ponto
ponto final que talvez nem exista.
Há sempre um talvez
nas entrelinhas da vida...
Lene Torres
Ano 16
Não me orgulho, sinto pena de ver tanta gente se glorificando do que é errado.
Mas estou confortável porque não faço parte de nenhuma tormenta dessas.
Da janela
Olho a intriga das lágrimas
que rezam o solo; do céu ao chão
Estou a encarar as caricias das nuvens
amantes do ventre azul que espelham o mar
Vejo cada suspiro do dia
Que espirra gripado
com força
Solto pra lá e pra cá
Olho mais uma vez e já não me encontro
No meio de tantos
Sou tão frigida observando a hostil natureza
Que me resta abusar da minha inocência
E sem que ela perceba
Nela irei me inspirar...
-