Talvez
Não adianta ele não vai chorar.
Desapegado das pessoas, mas agarrado à vida. Talvez isso descreva tão bem suas atitudes. Alguém assim não é egoísta, solitário, ruim ou cruel, pelo contrário, se soubessem por quantos ele reza à noite, jamais pensariam tais coisas ao seu respeito. Da vida só quer tempo, saúde e o resto ele da um jeito. Sorrir, inspirar-se, viver é fácil, é simples, é o que faz de melhor. Se você desistir, tudo bem é uma escolha. Se você abandonar, tudo bem é sua vontade. Se você desaparecer, tudo bem ele esquece. Sim, ele vive assim, sai um entra outro, mas os poucos que permanecem, por esses sim ele luta bravamente. Não gosta de desafio? Treinar seu fôlego? Testar sua resistência? Então se afaste. Ele é diferente! Vai chegar quando sua vida estiver bagunçada, triste, destruída e vai te recompor, deixar-te feliz, vai te inspirar e partir. É estranho, mas é assim. Ele não cai, despenca. Ele não aceita, apossa-se. Ele não caminha, voa. Ele vive intensamente, não tem tempo a perder. Ou entra no ritmo ou ele te ensina a dançar. Ou você corre com ele ou ele a carrega. É só abraçá-lo e ir, sem medo, sem dó, no compasso que ele sempre dá um jeito. Mas não sufoque. Talvez nunca o viu chorar, pois pode ter passado muito depressa. Talvez nunca o viu reclamar, pois não ouviu atentamente o que lhe contou. Talvez tudo o que viu nele foi exatamente tudo o que ele não quis que visse. Talvez você ainda simplesmente não o entendeu...
Talvez aqueles horríveis contos de terror em que todos morrem no final não sejam tão terríveis assim, pelo menos é o que parece pra mim, que já vivi isso, mesmo que talvez tenha sido apenas uma alucinação da minha cabeça, que confesso já não estar mais tão sã assim... E talvez, os monstros que vivem dentro da minha cabeça sejam mais temíveis que aqueles que ouço arranhando embaixo da cama.
É, minha historia não começa com "5 amigos numa viagem", mesmo porque nunca tive amigos, segundo porque minhas viagens ocorriam apenas dentro de mim. Essa história começa simplesmente comigo, e uma dose insana de comprimidos que levei com o intuito de me matar, ali, naquele vagão de trem abandonado... Porque? Apenas queria morrer ali, marcar eternamente o local onde uma jovem garota loira se matou, queria que jovens inventassem histórias sobre meu fantasma e me temessem... enfim, apenas para ser dramática, mas o que me esperava era um pouco mais de drama do que eu poderia suportar.
Me sentia até confortável naquele vagão, era gelado, achei q era o lugar perfeito pra eternizar minha alma, que também já tinha se tornado fria. Tomei 1 vidro e meio de um comprimido tarja preta qualquer que roubei da minha mãe, mas como nada é tão bonito como na tv, logo vieram os vômitos, um atrás do outro, e com aquele liquido nojento também se esvaia minha dignidade, ali, se contorcendo e se afogando em vomito dentro de um vagão de trem abandonado, onde ninguém poderia me ouvir, ou pelo menos era isso que eu achava.
Acho que tinha desmaiado, acredite em mim quando digo que quando as pessoas dizem que foi tudo muito confuso, é porque é verdade. Eu juro que quando abri os olhos novamente, preferia ter visto o diabo, mas eram aqueles malditos caras da escola, sequer os conheço mas parece que me odeiam, sempre me ofendendo, me chamando de estranha, me assediando, nojentos. Eles não deixaram eu me afogar no vômito, eu já tinha posto pra fora praticamente todos os comprimidos e meu suicídio já tinha ido por agua a baixo, mas estava extremamente fraca, meu estomago doía e minha cabeça estava pesada. De repente, me senti totalmente controlada por algo, talvez fosse a morte, e do nada recuperei as forças que tinha e as que não tinha, e ai aconteceu.
Enquanto André e seus amigos riam de mim, rasgavam meu vestido,e "decidiam" o que iam fazer comigo, um ódio demoníaco se apoderou de mim. Peguei um estilhaço de vidro, provavelmente de uma garrafa de algum bêbado que esteve ali, rasguei a garganta de André, os outros dois tentaram fugir, mas estranhas criaturas os seguraram, eram sombras negras e, seu eu pudesse dar um palpite do que elas eram, eu diria que eram o próprio medo, a maldade e o ódio ganhando forma. E eu, movida por algo que até hoje não sei, matei todos eles, um por um, os gritos eram musica para meus ouvidos, a cada vez que eu enfiava aquele pedaço de vidro em seus estômagos, me sentia uma artista, criando sua obra prima. Uma obra de arte chamada morte, feita a pinceladas de sangue e terror.
Aquelas terríveis sombras, encheram o vagão, estavam por todo o lado e sussurravam coisas que eu não entendia, levaram os corpos, acho que era como um sacrifício, não sei... Uma força se apoderou de mim novamente, e dentro da minha cabeça ouvi claramente:
"ESTAMOS TE DANDO UMA CHANCE PRA VIVER NOVAMENTE, MOSTRE AS SOMBRAS AO MUNDO, DÊ A ELES O TERROR QUE SÓ UMA PESSOA A QUEM ELES AMAM SERIA CAPAZ DE DAR, FAÇA ISSO, E CONSEGUIRÁ SUA ETERNIDADE"
Quando voltei a mim, estava diferente, não sei explicar... apenas não era mais eu, eu não tinha mudado em nada, porém estava mais bonita, mais confiante, eu era como uma estrela, era impossível não olhar pra mim. Nunca mais fui a mesma, a partir daquele dia todos passaram a me amar, tinha amigos, ia a festas, era tratada como uma rainha. E como as criaturas me disseram, eu dei a todos o terror que só os amantes da superficialidade mereciam, os humilhei, os tratei como lixo, apenas retribui o desprezo que eles tanto me ofereceram quando eu ainda não era o que eles queriam que eu fosse. Confesso, me divirto com isso, estúpidos inúteis, cuspo em seus rostos e ainda fazem tudo o que eu quero, não prezam pela própria dignidade, humanos são todos assim, foi por isso que quis tanto morrer antes disso tudo começar...
As vezes, quando o vento me fala que eu devo, vou ao velho vagão abandonado, os meninos que matei sempre estão lá, eles gritam e gemem porque as sombras os torturam, eles pedem pela mãe e então eu rio como o próprio diabo. As criaturas me falam o que devo fazer, e eu tenho um longo caminho pela frente, o líder deles disse que eu ainda serei muito importante no mundo, terei muita influencia e farei muitas pessoas sofrerem com meu poder, todos acreditarão nas minhas mentiras porque os farei se apaixonarem por elas, mas no final de tudo, lembrarão de Catanduva como sendo a cidade em que o mal nasceu.
Muitas coisas tão poderosas quanto as sombras tentam me parar, dizem que eu tenho que morrer para que não haja sangue derramado no futuro, mas elas moram apenas na minha cabeça, e conversam comigo em meus sonhos, por isso não durmo mais, não em casa. Toda noite vou ao vagão e durmo ouvindo o arranhar do caco de vidro no chão. As vezes ouço André sussurrar "Você vai morrer Alana" então eu respondo:
-Isso foi tudo que eu sempre quis.
- Eu não peço desculpa por nada, talvez eu agradeça. Agradeço a tais acontecimentos que me fizeram enxergar muitas coisas, e certas pessoas que protagonizaram eles. Obrigada as pessoas falsas e sinceras. Vejo hoje que ninguém é totalmente confiável, muito menos eu mesma. E nas poucas pessoas que confio, ainda assim tenho que manter meu cuidado. Eu sou minha pior inimiga, e quem sabe minha melhor amiga. Quando olho pra frente, agora, olho com mais clareza as coisas. Eu realmente estava sofrendo? Ou eu estava com medo? Era medo, medo de perder a poesia e a música que criei dentro de mim, medo de me perder de quem eu sou, ou queria ser, ou quem eu queria que as pessoas vissem que sou. Não era amor, de fato, era costume. Eu estava tão acostumada a somente amar uma coisa, adorar uma só coisa que achei que aquilo fosse realmente necessário acima de tudo. Tudo ficou mais claro quando eu descobri que não preciso viver de um costume, posso criar outros e me adaptar a eles, e de preferência, os bons. Não me refiro aos bons costumes da sociedade, e sim os bons costumes que constroem um caráter digno.
Ninguém precisa de amor pra ser feliz, alguns mentalizam isso, mas não precisam. As pessoas constroem em outras pessoas sonhos, sem realmente saber se elas mesmas são capazes de realizá-los.
Não tenho nada a oferecer além da minha companhia e da minha tentativa de sinceridade, mas a verdade é que enquanto eu tentar ser algo pra você, eu também estarei tentando ser algo pra mim, e tentando te tornar algo pra mim.
Grandes sonhos são feitos de grandes quedas, mas grandes quedas são feitas de grandes lições.
Eu não sei o que acontece comigo quando eu vejo teu sorriso. Talvez sejam as borboletas no estômago, ou o brilho no olhar ao e ver, ou pensar em você quando eu vejo algo que eu amo. talvez eu tenha percebido que eu te amava quando seu sorriso fazia meu dia melhor, ou quando a primeira coisa que eu pensava quando falavam em amar alguém era em você. A verdade é que enquanto eu te amar, e não souber a razão, eu o amo verdadeiramente, não possui explicação lógica e eu aceitei, que apenas, te amo.
Talvez fosse melhor não falar dos teólogos, tão delicada é essa matéria e tão grande é o perigo de tocar em semelhante corda. Esses intérpretes das coisas divinas estão sempre prontos a acender-se como a pólvora, têm um olhar terrivelmente severo e, numa palavra, são inimigos muito perigosos. Se acasos incorreis na sua indignação, lançam-se contra vós como ursos furibundos, mordem-vos e não vos largam senão depois de vos terem obrigado a fazer a vossa palinódia com uma série infinita de conclusões; mas, se recusais retratar-vos, condenam-vos logo como hereges. E, mostrando essa cólera, chamando de herege, de ateu, conseguem fazer tremer os que não concordam com eles. Embora não haja ninguém que, tanto como eles, dissimule os meus favores, não é menos verdadeiro que me devem muito. Eis porque impus ao meu amor-próprio favorecê-los mais do que a todos os outros mortais, e de fato são eles os meus maiores prediletos.”
(Elogio da Loucura)
Ei, será que pra falar de amor é preciso pedir licença? Talvez não
Eu não sei o que você pensa, mas amor é algo pra se falar, fazer, gritar...
E, eu vou sempre gritar pelo seu nome e pelo seu amor
O meu amor por você é tão grande
Que desde pequeno eu aprendi
Que o mais importante é saber amar, e eu sei... claro que eu sei!
Sei porque te amo
Eu te amo... o sentimento que eu tenho por não ter você é que me consome
E, esse amor que eu tenho aqui, dentro do meu coração é todinho pra te dar
E você heim???
Parece que não quer, parece que não vê, não liga!
Ah! Que bobagem a minha
E, eu que cheguei a pensar que um dia você pudesse me dar amor...
Mas você não dá nada, e, mesmo assim eu te quero tanto
E, mesmo assim eu te amo tanto,
E te peço: Por favor ouça meu grito de amor.
Sempre que a necessidade lhe impor algo, talvez já tenha passado da hora certa.
Mas ainda pode dar tempo.
Não permita que essa oportunidade seja desperciçada. Pode ser a última.
A vida nos dá motivo para escolher o que é certo na hora certa.
Cabe a nós sabe distinguir e optar.
Cláudio M. Assunção
Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar-me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? — Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.
As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido — conheço-as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas — e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação — nascida da força — para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo — acumular sua força, seu entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo...
Muito bem! Apenas esses são meus leitores, meus verdadeiros leitores, meus leitores predestinados: que importância tem o resto? — O resto é somente a humanidade. — É preciso tornar-se superior à humanidade em poder, em grandeza de alma — em desprezo...
Quem somos nós
pra entender o coração
Talvez um dia eu entenda
por que não entendo
É como olhar o céu e
enxergar além do sol
É como me enxergar
por dentro desse olhar
Que conquistou cada espaço
do meu coração
Que bagunçou meus sentidos
Dominando a razão
Resolvi te escrever essa mensagem
Para te lembrar que talvez um dia
Eu não esteja mais aqui...
Mas quero que saiba que a imagem
Que encantou estas pupilas, foi a da alegria
No envolver carinhoso que me vestiu de ti.
Quero que saiba, ser maravilhoso
Que em meu coração serás eterna
Quem sabe um dia tornemos a nos ver...
Quem sabe um dia esse coração ansioso
Possa eu afagar de um jeito mais terno
Se essas almas acharem de renascer.
Te ver feliz é o que mais quero
Onde quer que vás tens o meu desejo
O meu pensamento, 'Deus te proteja'...
E nesse momento o que mais espero
É que sinta que o vento no rosto lhe beija
Farei-me na brisa que te acarinha e corteja.
O mundo te merece mais agora, do que eu
Singrando os mares com sua barca de luz
O seu encouraçado de emoções e amor...
Navegando no bem como a si resolveu
Permitindo ancorar, sua estrela conduz
No cais apaixonado da paz interior.
Flavius Versadus
' Talvez você possa se dar ao luxo de esperar. Talvez para você haja um amanhã. Um, dois, três ou dez milhões de amanhãs... Tanto tempo, que você possa nadar nele, deixar rolar e enrolar-se nele, deixá-lo cair como moedas por entre os dedos. Tanto tempo, que você possa desperdiçá-lo. Mas, para alguns de nós, há apenas o hoje. E a verdade, afinal, é que você nunca sabe quando chegará sua vez. '
Quando somos crianças somos a mais pura alegria, a mais pura fonte de carinho e afeto, talvez seja porque não entendemos direito o que é a vida ou entendemos o suficiente para concluir que é melhor brincar e sorrir. Quando somos adolescentes queremos o mundo, mas talvez o mundo não queira nós, e a sua mãe, pai, tio, avô e avó tentam alerta-lo, mas você não ouve, é imbatível, implacável e se dá de cara com o mundo e vê que não é o que você pensava, é cruel e frio, nem todo mundo é seu amigo e nem querem ser, todo mundo se relaciona em troca de algo e tudo é uma questão financeira. Claro, não é sempre assim, num momento ou outro você se alegra, mas é apenas uma gota num mar de tristezas que te assola e assombra num caminho único que te levará a morte. As pessoas que te amam vão morrendo aos poucos, e se caso tenha grana ao menos dará uma morte digna há aqueles que ama, caso contrário morrerão em um leito sujo e mal acabado em algum hospital público, num enterro sem velório de um dia pro outro sem despedidas, apenas choro e uma sensação amarga de impotência.
É triste o que eu escrevo? Imagine o que sinto, pois nem tudo que sentimos conseguimos verbalizar. Qualquer analogia seria insuficiente para mensurar o sentimento.
Eu questiono e tento aprender como é a vida, há diversos gurus que dizem: “faça isso e seja feliz”, “seja feliz em 10 passos”, ou até mesmo aquelas pessoas que dizem para você fazer isso ou aquilo. O que eu sei da vida é que todos somos diferentes e que cada indivíduo é singular, cada sente o impacto de algum jeito e quem se recuperar mais rápido se sobressai, mas será que nos recuperamos? Tudo de fato é passageiro? É pra você? Ou pra quem?
Sempre há perguntas, mas e as respostas?
E Deus?
E se eu disser que estou triste ninguém vai acreditar, talvez porque eu esconda esse sentimento atrás de um sorriso.
Talvez eu não choro, mas me dói. Talvez não digo, mas eu sinto. Talvez eu não demonstro , mas me importa.