Talvez
Talvez amanhã, quando o sol se por tentes me procurar, não estarei aqui. Terei partido sem me despedir, talvez amanhã quando você ouvir a porta abrir, o som do carro ao estacionar pensará que estou chegando, e se dará conta que não sou eu
pois jamais irei voltar. Mas minha presença será sentida, com saudade, talvez uma lembrança qualquer, dentro do coração. Amanhã talvez eu vou esquecer todo esse tempo ruim. Contei o tempo e perdi a hora, escondi os dias. Percebi tarde demais para voltar atrás e tentar refazer o mau que permiti. Como se o amanhã estivesse sobre o nosso controle, planejamos delicadamente, então percebemos que nada está de acordo com o que planejamos. Só espero te ver com um sorriso meigo no rosto, me dizendo desculpa (.,.,.,) caminhar sem você do meu lado e bem mais difícil.Boa noite.
Verificamos que a culpa alienatória atribuída durante anos somente à televisão talvez não seja somente da televisão, mas englobe universos políticos e psicológicos que a televisão talvez só tenha reafirmado e não criado na sociedade. Aí, vale uma análise não somente sócio - política quanto à luz da psicologia social; estudar o fenômeno do porque em um meio livre como a Internet as pessoas têm ainda necessidade de falsificar suas
emoções e suas identidades.
Uma vez alguém disse que eu estava sendo quem eu não era. Talvez essa pessoa nunca tenha me conhecido.
Às vezes no começo ou no fim da vida,
Nós sentimos que alguma coisa para trás foi perdida.
Talvez um sonho que não tive coragem para trilhar
Ou a coragem que não obtive para me libertar,
Da prisão impostas sobre meus pequenos ombros,
Por um objetivo posto para mim, que era o sonho de outro ser sem força.
Somos fracos para entender nossas próprias forças
E compreender o quão longe pode chegar.
Como pode ser o estrondo quando eu chegar.
Venham, meus amigos.
Não sejamos indignos
De correr atrás da paixão que cresce dentro de vós.
Vamos correr e libertar as amarrar que prendem nossa voz.
Olharei para trás, mas não pararei de correr,
Cairei e, é certo, porém, cambaleante continuarei.
Essa força fraca e sem coragem para os ventos entreguei.
Caminharei agora com o aroma do criador do mundo,
Seguirei com os olhos descansados e o coração aberto um novo rumo.
Tenho sonhos e desejos amigos de pouco silhueta,
O rumo do sucesso é notório
Para a força da minha vontade, oro.
Quando o objetivo chegar e me olhar
Saberei que não comecei tarde.
Homens como nós
Com forças escondidas,
Espirito retraído
E caminhada por si só.
O sucesso e o fracasso são apenas uma escolha,
Feita por quem tem, ou não, a chave dos seus próprios cadeados.
MINHA BUSCA
Corro os olhos por almas, na cata dum olhar,
ou talvez apenas aquele sorriso roubado.
Então vou num serelepe agreste caminhar,
pelos abraços, laços, dum algo desejado.
E no afã dum afago, um riso, outro chorar,
aqui, ali, lá, vou tentando ter um agrado.
O vazio que me devora, implora, põe a orar,
vem do coração, que quer amor denodado.
Corro os olhos no fado, vejo o tempo passar,
o peito sofredor, e já com o fim tão cansado.
Sem sequer ter uma estória pra poder poetar,
se acostumou com uma solidão, está calado.
Quer versejar a rima perfeita com o tal amar,
ainda busca, não consegui estar parado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de agosto
Cerrado goiano
Há seres que se transformam em grandes pessoas por sua alegria. Talvez eu me torne por minha tristeza
Quando você se compara a pessoas com melhores condições financeiras, talvez você diga a si mesmo: "Bem, eu queria ter a sorte dessa pessoa". E da mesma forma, existem milhares de pessoas que gostariam de ter a sorte que você tem. A pobreza pessoal só aumenta na medida em que nossas ambições aumentam. Conheço milionários insatisfeitos e pessoas de condições humildes que são felizes. Então acredito que a satisfação pessoal é fruto da percepção, não pela falta ou excesso, mas pelo que já se tem. Seja grato todos os dias.
E talvez esse seja o objetivo da morte: nos lembrar, vez após vez, o objetivo da vida. Pois é nos momentos de dor causados pela morte que começamos a nos perguntar, se a nossa vida realmente está valendo a pena.
Está?!
As pessoas imaturas usam máscaras a maior parte do tempo, talvez por medo do que os outros vão pensar delas se souberem como elas realmente são. Conhecer a si mesmo e gostar de quem você realmente é te levam a viver a sua versão original sem se importar com os julgamentos dos outros. Aí se alguém gostar de você, será algo real.
Se eu tivesse vivido na antiguidade seria um daqueles que escreveu a bíblia, talvez... ?
"E quando ouvires o estalar da água no encanamento congelada, não assusta-te. Haverá de ser um sinal profundo de reflexão. Perdoa a baixa temperatura e refletes que seria menos avassaladora que um fogo queimando, daquele que arde sem se ver. Pinguis 29-54"
Se minha câmera fotográfica fosse um fuzil numa época conturbada da minha vida.... talvez eu acertasse de maneira inadequada um alvo humano. Poderia ser um atentado contra um político corrupto, um bandido, ou um inimigo opressor. Por pouco isso não aconteceu. Pensamentos como esse me passaram pela cabeça em determinados momentos onde a desigualdade social, moral e ética praticada por alguns seres humanos causava o sofrimento desmedido e assolavam meu ser. Graças a Deus o caminho me mostrou o contrário. Pude trabalhar meu sofrimento interior e o entendimento de que tudo é como é. De que cada um pode escolher o seu próprio caminho. Na medida em que me libertei da ilusão de punir aqueles que supostamente "eram merecedores" ou se desviaram do caminho da Luz , que eu acreditava ser o correto, e parti para usar minha pontaria acurada e visão além do alcance na fotografia contemplativa, de todas as formas da existência, me libertei do peso da vida. Descobri a arte através da fotografia e aprendi a olhar para tudo com muito respeito. Me libertei do peso do julgamento. Do peso de fazer a justiça com as próprias mãos. Hoje acredito que nenhum ser humano deve exercer o direito de matar. Nem para se defender. Nem para conquistar territórios, ou ainda para fazer as suas verdades prevalecerem. Hoje acredito que podemos ser a diferença em nossa existência. Aquela frase "ofereça a outra face proferida por Jesus durante o Sermão da Montanha e que trata de responder a um agressor sem o uso da violência faz muito sentido para mim. Hoje acredito que a paz se realiza somente com a paz, oração, silêncio, bons exemplos, construções de relações positivas e através do diálogo respeitoso. Tenho plena certeza de que todos somos responsáveis pelas relações e pela realidade em que vivemos. Hoje acredito que não há espaço mais para o ódio dentro do meu coração. Estou livre. Lutarei pelo que acredito somente através da arte, da cultura, da espiritualidade e do entendimento do livre arbítrio e da dualidade. A paz que nós desejamos viver reside apenas dentro de nós. Me sinto livre agora e pronto para o que der e vier. Não matei e não matarei ninguém. Confesso que já tive pensamentos perigosos.