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O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Nota: Trecho adaptado de poema do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).
...MaisO traje perfeito para a amizade é uma blusa de ternura...um short de carinho...um arquinho de paciência e um sapato de igualdade.
E quando você acha que chegou ao fim de uma etapa, você para pra pensar como ainda existem tantas oportunidades e momentos a se viver e aprender. Basta você mudar o seu traje, tomar novos caminhos e procurar encontrar o seu sorriso juntamente com seus deveres e ideais. Novos rumos levamos de uma forma diferente, e depois de tanta experiência, aproveitamos para rir ao longo deles. Encontre a sua estrela e faça dela parte de você. Seu novo plano terá uma intensidade jamais encontrada por si. Escolha sua calçada e varie andar pelo meio fio, correndo riscos. Tenho certeza que no final dela sua conquista terá um prazer a mais.
O hábito faz o monge. É importante ter um traje para o horário de trabalho e outro, mais confortável, para o tempo livre. O corpo relaciona a mudança de roupa às fases de obrigação e de descanso.
Salve Bandeira
Não faço versos, e nem mais choro… não há mais desalento, nem desencanto…
Meu livro já não se abre... Não há motivos!
Somente prantos…
O verso secou! O sangue coagulou, a volúpia se extinguiu, o remorso ficou…
Me resta apenas poeira! Não me doem mais as veias… não sinto a amargura do coração…
Nestes últimos versos silenciosos, até a própria angústia se foi…
Sobra-me apenas, o tal acre sabor, o cheiro da terra, e o traje a rigor...
Se é quadrilha na escola, as pessoas vão vestidas de palhaço; se é evento cultural, vão nos mesmos trajes; se é mutirão de limpeza, também; onde está a graça de minha calça xadrez?
Lua de Sangue,
a Dama da Noite
vestida de vermelho
pra um momento especial,
escolheu um traje perfeito
pra seu fascinante eclipse total.
Fiquei nua.
Tirei a roupa, o sapato, o laço do cabelo.
O brinco e o anel também.
A lingerie se foi, a maquiagem saiu,
O esmalte vermelho das unhas
A acetona removeu.
Nada me cobre além dos olhares
Hipnotizados
Irados
Extasiados.
Fiquei nua
E me sinto protegida
Forte e poderosa.
É que a luz, antes bloqueada pelos trajes,
Brilha.
Irradia.
Ofusca.
Viro a essência do desejo!
Há quem odeie, há quem adore,
Há quem projete seus lixos - vai que a luz os consome...
Santa cobiça, que de santa não tem nada.
E a culpa é do cobiçado
Ou de quem não fica nu?
Os livros eram só um tipo de receptáculo onde armazenávamos muitas coisas que receávamos esquecer. Não há neles nada de mágico. A magia está apenas no que os livros dizem, no modo como confeccionavam um traje para nós a partir de retalhos do universo.