Tag tapa
LET ME TRY AGAIN
Você viveu um grande amor que terminou meses atrás. Está só. Nada nesta mão, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto seus colegas de trabalho aquecem as turbinas para o fim-de-semana, você procura no jornal algum filme que ainda não tenha visto na tevê. Ao descobrir que vai passar Kramer vs. Kramer de novo, não resiste e cai em tentação: liga para o ex.
Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ele também estiver sozinho, é sopa no mel. Os dois já se conhecem de trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar a vigência do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel.
Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou à separação continua por ali, escondido atrás do sofá, e qualquer hora aparece para um drinque. O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados.
Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando só as partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? À sós no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída.
Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, pode-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas, revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cá entre entre nós, isso não mantém o brilho do olho.
Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha a ré. Engate uma primeira nesse coração.
Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ / Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda! / Se alguém faz um processo para tomar de você a túnica, deixe também o manto! / Se alguém obriga você a andar um quilômetro, caminhe dois quilômetros com ele!
"O amor é simples, a gente beija e morde, elogia e xinga, acaricia e da tapa, cede e cobra, sussurra e grita, obedece e manda, mas nunca deixa de proteger."
Diz a lenda:
Se não estiver preparado para o revide, é melhor pensar muito antes de desferir o primeiro tapa.
E se me perguntar o porquê de dar um tapa nele eu nem sei dizer. Foi resultado de ele ter me deixado, foi resultado de ter vindo atrás e pedido perdão, foi o fruto de meu orgulho venenoso que se misturou a uma saudade traiçoeira. Foi o amor gritando para ser ouvido nas trevas que eram o meu coração.
Palavras dói mais que um tapa, mas doi mais quando vem de dentro de Casa dos Nossos pais, mas não Devemos nos magoar porque no Futuro eles que vão precisar de Nos !
Quando você pensa que a coisa tá melhorando, a vida te dá um tapa na orelha e te acorda pra vida real.
O brasileiro comum já se acostumou a pegar o touro à unha. Afinal, a única saída pra quem nunca recebeu nada de mão beijada é dar a cara a tapa.
A operação não é tapa-buraco e sim tampa-de-buraco. Basta passar com o carro por cima que ela solta. Brasil!
As vezes nada nada melhor que um "tapa de realidade na cara", pra acordar e lhe dar com as causas dos problemas e não com as desculpas que inventamos ou culpados que criamos.
As vezes eu acredito ser uma espécie de tapa buracos da vida, um preenchedor de espaços vazios tentando consertar coisas que não quebrei.