Tag revolução

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⁠A POLIFONIA DAS REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
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“Até aqui, a polifonia de revoluções vai se completando e se entrelaçando de maneira a integrar estes três ambientes – o rural, o urbano e o industrial – ao mesmo tempo em que adentramos decisivamente esta que ficou conhecida como Era Industrial. Por outro lado, sempre é preciso se ter em vista que a introdução de uma nova revolução no cenário do desenvolvimento tecnológico humano não cancela de forma alguma as revoluções anteriores. Ao contrário, uma nova revolução transversal até costuma impulsionar as linhas relacionadas às revoluções anteriores em novas direções. Assim, os desenvolvimentos da revolução industrial no século XIX renovaram em novas bases a velha revolução agrícola, pois trouxeram a mecanização ao campo – tanto sob a forma de invenção de novas máquinas, como os tratores (1890), como através da produção de novos insumos e materiais, como os fertilizantes, sem contar a dinamização do comércio e abastecimento agrícola que se tornou possível a partir dos novos meios de transporte proporcionados pelo desenvolvimento industrial. Da mesma forma, os efeitos da violência imposta pelas transformações da revolução agrícola são reeditados em novas bases pela agricultura mecanizada das sociedades industriais, incidindo sobre suas mais tradicionais vítimas: os animais.
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Enquanto isso, esta mesma revolução industrial também permitiria que a revolução urbana se reeditasse em novas bases. As cidades se redefinem no mundo industrial: tornam-se extraordinariamente populosas, ampliam-se até o limite das conurbações. Concentradoras de gentes – e particularmente de trabalhadores – elas interagem muito apropriadamente com o emergente mundo das indústrias. Os trabalhadores são convidados a habitar as áreas periféricas menos valorizadas ou os guetos de todos os tipos; as fábricas encontram seu espaço no centro, na periferia ou no espaço de intermediação com o campo, de acordo com o que produzem e com suas demandas específicas de matéria prima e de trabalho humano. A violência da revolução urbana se redesenha: as cidades industriais abrigam agora multidões de trabalhadores vivendo em condições ainda mais questionáveis do que nas cidades antigas, medievais ou da primeira modernidade.”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.24-25].

Inserida por joseassun

⁠A POLIFONIA DAS GRANDES REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
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“Algo interessante de observarmos, quando avaliamos as grandes revoluções tecnológicas, é que uma revolução não costuma cancelar as conquistas das revoluções precedentes, mas se sobrepõe a elas e as incorpora. Assim, o mundo humano após a Revolução Urbana, demarcada por cidades que começavam a mudar mais uma vez a face do planeta, não eliminou o mundo trazido pela Revolução Agrícola, mas o incorporou. As sociedades humanas prosseguiram sendo sociedades agrícolas, embora agora também fossem – em pontos importantes do espaço habitado – sociedades urbanas. Na verdade, a Revolução Urbana não teria sido possível sem a Revolução Agrícola. Podemos entender a sucessão e coexistência das duas a partir de uma imagem musical: Contrapondo-se ao mundo nômade do paleolítico, a Revolução Agrícola do neolítico introduz uma nova forma de organização social – baseada em aldeias sedentárias, exigidas para a prática da agricultura, como se fosse uma melodia que começa a soar na história humana por volta de 10.000 a.C e dali se estende para o futuro. Mas entre 4.000 e 3.000 a.C surge uma nova melodia que a esta se sobrepõe – a melodia introduzida pela Revolução Urbana – e que passa a compor com a sociedade que já existia antes uma nova música”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.17-18].

Inserida por joseassun

⁠AS NOVAS ERAS TECNOLÓGICAS INTRODUZEM NOVOS PADRÕES COGNITIVOS E NOVAS FORMAS DE SOCIABILIDADE
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“Uma nova era tecnológica, como a das sociedades agrícolas do Neolítico, não é obviamente caracterizada apenas pela concretude dos instrumentos materiais, mas por toda uma tecnologia igualmente abstrata, por toda uma capacidade cognitiva que é introduzida e da qual os instrumentos são apenas a face mais visível. Os humanos neolíticos não são apenas construtores de instrumentos afiados e precisos de pedra polida e de vasilhames aptos a guardar os grãos produzidos pela prática agrícola. Eles desenvolvem novas capacidades, como a de compreender os processos cíclicos e naturais e, a partir daí, tornam-se aptos a aplicar uma nova capacidade de planejamento que envolve a semeadura, o cultivo e a colheita. Os humanos da sociedade agrícola são dotados de novas virtudes que se tornam imprescindíveis para a mobilização dos novos recursos tecnológicos que foram desenvolvidos, como a virtude da paciência de aguardar e respeitar os ciclos da natureza, e a empatia necessária para transformar lobos em cães.
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De maneira análoga, os humanos que teriam a incumbência histórica de criar as primeiras civilizações urbanizadas precisarão estar aptos à divisão de trabalho, a uma multiespecialização que incluía funções diversas a serem desempenhadas por diferentes grupos como os dos guerreiros, comerciantes, artesãos, sem contar a permanência daqueles que seguiriam desempenhando as tarefas agrícolas típicas da era anterior. Era ademais um mundo que exigia grandes aglomerações e impunha trabalhos coletivos, muitas vezes obtidos de forma compulsória com a introdução do sistema escravocrata. Viver em cidades, ademais, traz novas implicações, e um contraste possível entre a cidade e o campo. As moradias distanciadas do campo passam a ser confrontadas por um novo padrão de sociabilidade instituído por habitações urbanas próximas umas das outras. Ter um vizinho de porta requer outras habilidades sociais e estratégias de bem-viver que, como os camponeses, residir a léguas da família vizinha. Ademais, os espaços mais abertos dos campos passam a ser contrastados com os muros que se tornam necessários nesta nova forma de sociedade tipificada pelas cidades. A própria cidade, aliás, precisa ser alimentada pelo campo e estimula neste último a produção de excedentes agrícolas, de modo que podemos ver como se retroalimentam as duas melodias, a que canta as singularidades de um antigo mundo agrícola já estabilizado na era anterior, e a que faz ressoar os novos acordes das civilizações urbanizadas da Antiguidade. Por fim, há muitas práticas que fazem a ligação entre as duas eras: o uso dos metais – primeiro o cobre, depois o bronze e por fim o ferro – é introduzido ao final do Neolítico, mas se tornará realmente imprescindível para as civilizações urbanizadas”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.19-20].

Inserida por joseassun

"⁠As revoluções de 1789 e 1917 são idênticas, tiraram o poder da mão de apenas um, para depois colocar na mão de apenas um. Acabaram com o feudalismo no país. Tentaram criar um novo estilo de sociedade do zero, ignorando fatores humanos e econômicos, e levaram os respectivos países a uma chacina étnica e cultural sem precedentes."

Inserida por ViniciusFilus

⁠"Poema-Doce Revolução
Viva a Revolução
A doce luta do povo
Que busca com ajuda iluminista
Se livrar do capataz
O clero em sua época de ouro
O mais alto escalão da sociedade
A nobreza, o capataz do povo que buscava cada vez mais riqueza,
Explorando sua pobreza,
O povo cada vez mais explorado
Mas que não ficaria calado
Pois a “luz” está ao seu lado
Chicotadas cada vez mais fortes
Para manter o luxo dos nobres
Enquanto o povo descia cada vez mais o nível
E como diz a sua rainha:
_”Se não tem pão, então que coma brioches”
A bela Bastilha
Onde todos que iam contra a vossa majestade se encontravam
Derrubada pelo povo, dando ânimo para tal Revolução!
“ Nous liberté de l´oppression”. Imagino que disseram!
E as passos largos caminharam
Para fora da Bastilha
E a passos largos caminhavam! Para a Revolução
“Les citoyens des armes à feu”
Gritam os revolucionários
Lutam por igualdade!
Morreram por liberdade!
E colheram Fraternidade!
Que foi regada com o sangue impuro
Dos nobres que se diziam sangue puro
O sol e sua mulher Austríaca
Tentaram da guilhotina se safar!
No meio da noite, planejavam escapar
Mas o povo os capturou!
E a guilhotina, suas cabeças rolaram
Um novo sol, sobre arado francês
Direitos para os Homens e para os Cidadãos!
Para o povo que um dia foi miserável."
(autor- Kelson P. Ribeiro 2º A 2019)

Inserida por marcosarmuzel

⁠⁠A revolução da CONSCIÊNCIA dePENDE da revolução na educAÇÃO, assim como a revolução na educAÇÃO dePENDE da revolução da CONSCIÊNCIA.

Inserida por Carloseduardobalcars

⁠a REVOLUÇÃO na educAÇÃO dePENDE da rEVOLUÇÃO da consCIÊNCIA e vice-versa. 

Inserida por Carloseduardobalcars

⁠A REVOLUÇÃO DIGITAL NA TRAMA POLIFÔNICA DAS GRANDES REVOLIÇÕES TECNOLÓGICAS
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“A Revolução Digital se apresenta como uma nova melodia na grande polifonia das revoluções transversais que afetaram de maneira generalizada a civilização planetária (a Revolução Agrícola, a Revolução Urbana, as duas Revoluções Industriais, e, por fim, a Revolução Digital). O principal invento que possibilita a eclosão da Revolução Digital em meados dos anos 1990 – na verdade, um invento ainda elétrico e industrial – é o computador. Mas o nível científico que a torna efetivamente possível é o da mecânica quântica, uma vez que, sem essa, não teria sido possível o vasto e extraordinário conjunto de tecnologias proporcionado pela microeletrônica, o que inclui tanto o aprimoramento dos computadores de uso pessoal como uma extensa gama de novos dispositivos eletrodomésticos, sem contar os relacionados à telefonia celular (aspecto indispensável para a nova sociedade digital).
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De fato, a mecânica quântica permitiu que as versões industriais de diversos aparelhos – como os rádios, as primeiras TVs e os próprios computadores – fossem aprimoradas em direções surpreendentes, e que seu peso e tamanho se reduzisse cada vez mais, especialmente no caso dos computadores. O dispositivo básico utilizado nas primeiras TVs, por exemplo, eram as válvulas. Da mesma forma, os primeiros computadores, como o ENIAC, também funcionavam à base de válvulas e pesavam de 20 a 30 toneladas. Então surgiram os transistores, que exerciam a mesma função das válvulas com um tamanho bem menor e sem o inconveniente de esquentarem tão rapidamente. Logo foram desenvolvidos chips que passaram a conter centenas ou mesmo milhares de transistores. Os microprocessadores comerciais começam a surgir a partir da década de 1970 e, na década de 1980, são aprimorados a tal ponto que permitem o surgimento e aperfeiçoamento dos computadores pessoais – fáceis de carregar e com capacidade invejável para desempenhar uma multiplicidade de funções. Nos anos 1990 estes se disseminam ao se tornarem acessíveis a faixas mais amplas da população. Retomaremos, em um item posterior (I-4), os esclarecimentos sobre a passagem dos grandes computadores típicos do auge da Era Industrial para os computadores que prenunciam a revolução digital. Mas por ora queremos destacar que foi a mecânica quântica – com sua nova compreensão sobre o movimento dos fótons e elétrons – que permitiu a criação do primeiro transistor e todos os seus desenvolvimentos posteriores.
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A própria tecnologia de emissão e recepção de sinais por satélites – que torna possível a interconexão necessária aos celulares e eleva a interconexão de computadores a um novo nível, já que não mais dependente da fiação telefônica fixa e tradicional – é decorrente da física quântica e da compreensão do elétron simultaneamente como partícula e como onda probabilística. Ao lado disto, o outro alicerce de compreensão científica necessário à tecnologia de interconexões através de satélites é o da Teoria da Relatividade Geral da Einstein (1915). Esta teoria geométrica da gravitação aprimorou a compreensão de que não existe um tempo único e absoluto, mas sim diversos tempos locais interferidos pela velocidade e posição de cada objeto, sendo esta última afetada pelos efeitos da gravidade. Para a transmissão de sinais via satélite, o cálculo de uma posição de transmissão ou recepção na Terra acarretaria erros de muitos quilômetros se fossem ignoradas as previsões da relatividade geral com relação às variações e distorções de cada tempo local em função da velocidade e da altura do objeto conectado, o que inviabilizaria a eficácia da comunicação da telefonia celular, os sistemas de navegação de alta precisão, e o sistema de localização GPS. Com estes e outros exemplos importantes que poderiam ser dados, pode-se dizer que a revolução digital torna-se possível a partir do nível de conhecimento atingido por duas revoluções científicas paralelas, e ainda não unificadas: a física quântica e a física relativística”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.27-28].

Inserida por joseassun

⁠REVOLUÇÃO AGRÍCOLA
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“Quando há um salto muito relevante em uma época do desenvolvimento humano, podemos falar em revoluções – ou mais propriamente em revoluções civilizacionais que ampliam o potencial humano de domínio do mundo à sua volta. As revoluções transversais costumam mudar a face do planeta. Elas não modificam apenas uma pequena localidade ou comunidade nacional, mas transformam a vida humana de maneira generalizada, estendendo-se menos ou mais rapidamente pelo planeta inteiro. Em comparação com o desenvolvimento gradual que costumamos ver sempre, as revoluções parecem ser muito rápidas – desde que tenhamos em vista que o tempo é relativo. Por exemplo, a primeira grande revolução transversal a toda a espécie humana conhecida foi a chamada Revolução Agrícola. Esta revolução mudou rapidamente a própria aparência do planeta. Ela ocorre entre 10.000 e 8.000 anos em diversas partes do mundo, mas este intervalo de dois mil anos não nos deve iludir: comparado com os 2.400.000 anos em que a humanidade foi nômade e praticava uma economia apropriativa, os dois mil anos de espraiamento da revolução agrícola representam uma duração muito curta.
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O que foi a Revolução Agrícola senão uma ruptura tecnológica que pôde alçar o mundo humano a um novo patamar de domínio sobre o mundo e sobre as forças da natureza? Com a Revolução Agrícola, ocorrida no período neolítico e deixando para trás a era paleolítica, os seres humanos passaram não mais a se apropriar espontaneamente do que a Natureza oferecia, mas a planejar o crescimento da própria natureza em certas direções, de modo a favorecer a sua alimentação. De igual maneira, os bandos de seres humanos do período neolítico deixaram de precisar seguir os animais em sua atividade nômade de caçadores que antes praticavam a economia apropriativa, e passaram a domesticar animais – seja para abatê-los para alimentação, seja para se valerem de sua força animal de modo a realizar trabalhos diversos como o auxílio no cultivo da terra ou o transporte. As tecnologias do cultivo e da domesticação de animais – ao lado da produção de novos instrumentos próprios à agricultura, tais como os vasos de cerâmica de todos os tipos – demarcam, deste modo, este grande processo que é conhecido como Revolução Agrícola”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.12-13].

Inserida por joseassun

O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação.

Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados.

Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética.

Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa.

As melhores coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas, mas sim sentidas pelo coração.

Se conseguirmos deixar de lado as diferenças, creio que poderemos nos comunicar, trocar ideias e compartilhar experiências com facilidade.

Se o seu coração é absoluto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante, não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros.

Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior.

Fale a verdade, seja ela qual for, clara e objetivamente, usando um toque de voz tranquilo e agradável, liberto de qualquer preconceito ou hostilidade.

Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces.

Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão.

Jean-Paul Sartre

Nota: citado em "Psicocronicando", Emílio Figueira, Clube de Autores, 2007

Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies.

Machado de Assis

Nota: Trecho do conto Primas de Sapucaia, publicado originalmente no jornal "Gazeta de Notícias", em 1883.

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Uma revolução é uma opinião apoiada por baionetas.

Não se tem uma revolução quando se ama o inimigo; não se tem uma revolução quando se está implorando ao sistema de exploração para que ele te integre. Revoluções derrubam sistemas, revoluções destroem sistemas.

"A verdadeira revolução não é revolução violenta, mas a que se realiza pelo cultivo da integração e da inteligência de entes humanos, os quais, pela influência de suas vidas, promoverão gradualmente radicais transformações na sociedade"

Não podemos aguardar que os tempos se modifiquem e nós nos modifiquemos junto, por uma revolução que chegue e nos leve em sua marcha. Nós mesmos somos o futuro. Nós somos a revolução.

"O que fizeram comigo, me criou. É um princípio básico do universo. Que toda ação cria uma reação igual e oposta."

As pessoas existem para o amor e a revolução.

Osamu Dazai
The Setting Sun (1947).

esta história
não é um conto de fadas bruxas.
não há
bruxas.
não há
caça às bruxas.
não há
caras que ateiam fogo.
não há
fogueiras.
não há
uma revolução ardente.
esta é uma história
simples
na qual as mulheres
lutam contra
a estrutura
criada pelos homens,
que permaneceu
muito mais tempo
do que queríamos.

A revolução faz em dois dias a obra de cem anos e perde em dois anos a obra de cinco séculos.

O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto.

Uma revolução não é um mar de rosas. É uma luta de morte entre o futuro e o passado.