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Pegadas na Areia
Sonhei que estava caminhando na praia
juntamente com Deus.
E revi, espelhado no céu,
todos os dias da minha vida.
E em cada dia vivido,
apareciam na areia, duas pegadas:
as minhas e as d’Ele.
No entanto, de quando em quando,
vi que havia apenas as minhas pegadas,
e isso precisamente
nos dias mais difíceis da minha vida.
Então perguntei a Deus:
"Senhor, eu quis seguir-Te,
e Tu prometeste ficar sempre comigo.
Porque deixaste-me sozinho,
logo nos momentos mais difíceis?
Ao que Ele respondeu:
"Meu filho, Eu te amo e nunca te abandonei.
Os dias em que viste só um par de pegadas na areia
são precisamente aqueles
em que Eu te levei nos meus braços."
Pegadas na Areia
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na
praia com o Senhor,e através do
Céu, passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava,percebi
que eram deixadas dois pares de
pegadas na areia;um era o meu e o
outro do Senhor.
Quando a última cena de minha vida
passou diante de nós,olhei para trás,
para as pegadas na areia,e notei que
muitas vezes no caminho da minha vida
havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos
momentos mais difícies e angustiosos
da minha vida. Isso aborreceu-me deveras,
e perguntei então ao Senhor:
"Senhor, Tu me disseste que,uma vez que
eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre
comigo, todo o caminho, mas notei que
durante as maiores atribulações do meu
viver havia na areia dos caminhos da
vida, apenas um par de pegadas.
Não compreendo porque nas horas
em que eu mais necessitava de Ti, Tu
me deixastes".
O Senhor respondeu:
Meu precioso irmão, Eu te amo e jamais
te deixaria nas horas da tua prova e
do teu sofrimento.
Quando vistes na areia apenas um par
de pegadas, foi exatamente aí que
EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS
O futuro está sempre em branco. Somente sua força de vontade pode deixar pegadas nele.
(Satoru Fujinuma)
E hoje ele resolveu desenhar suas pegadas na areia. Como quem traça uma história não um caminho. Banhou-se do sol, e mergulhou na pluralidade do mar.
Minhas pegadas são como flores, que vão perfumando os caminhos e destinos... Minhas palavras são de paz, amor e coragem, que planto pelo caminho aos que seguem ao meu lado.
Valorize cada passo dado ... nunca é apenas um passo.
É pedaço de caminho vivido ...
E obstáculo vencido ...
São pegadas deixadas no chão e lembranças no coração!
Piso como uma criança, porque a vida é curta demais para se ter cautela.
Piso como uma guerreira, pois ninguém vai marchar por mim se eu não o fizer antes.
Piso como uma mulher, para que meus saltos sejam o primeiro palco das minhas virtudes.
Piso como uma peregrina, para que o “lá” seja sempre uma deliciosa caminhada.
Ao caminhar pelo mundo tentei fazer com que as minhas pegadas fossem marcantes, mas sei que, mesmo aquelas que registrei na areia da praia, a maré alta rapidamente as apagará.
Esse simples constatar me fez mais humilde, porque as minhas pegadas são efêmeras, mas o oceano e as praias que ele banha permanecerão, como são, por muitas e muitas gerações!
Pedro Marcos
Pelo caminho haviam pegadas
Pegadas haviam pelo caminho
Seguindo o caminho pelas pegadas
Pegadas pelo caminho ficaram
Começo do fim
Fim do começo
Assim a vida se faz
Por cada um
Em seu caminhar.
Optei andar descalço pra ver com mais clareza meus passos ao chão. Marcas de sapatos variados iriam me deixar confuso sem saber a minha real direção. Minhas pegadas tem fixação e o caminho delas uma direção onde poucos geralmente vão.
Facas Filadeiras
Estou sobre pontas de facas
A orgia dum tempo
apaga meus
espaços.
Nas pegadas de minhas lembranças
pontas movediças
trituram
meus ossos.
No lastimar das ações
mãos retesadas charqueiam
minha língua de fogo.
Na parada da brisa
firo-me em cacos de vidros
querendo arrancar de mim
velhas amarras.
Ah! Equilíbrio Biolouco!
Que, em todo caminho,
por menor que seja,
eu tenha a grandeza
de valorizar
as flores tocadas
por minhas mãos
e as marcas deixadas
por meus pés...
És vento.
E mal tiveste tempo de brilhar.
Tua cor bronze derreteu-se no calor dos dias
E não adiantou fazeres suspiro de nuvens.
Eles se derreteram e marcaram tuas pegadas pelo caminho.
Vês?
São tuas estas marcas!
Por todos os lados, mas onde estiverdes de fato?
No fundo do mar, onde habitam as canções de ninar?
Não... Não! Teu casco nem o sal tem.
Está insosso!
Houvera estado no mar, haveria maresia, nem isso tens!
Nas montanhas, onde habitam as palavras?
Não... Não! Teu rastro nem eco faz .
Está mudo!
Houvera estado nas montanhas, haveria lama sob teus pés, nem isso tens!
Na lua, onde habiam os sonhos?
Não... Não! Tua silhueta mal se vê.
Está opaca!
Houvera estado na lua, haveria purpurina em tua face, não a tens!
No vácuo, onde o tudo é nada?
Sim... Talvez, ali, estiveste!
És só miragem! Um monte de tudo, feito de nadas. Tens vestígios das areias do Saara.
Repleta e desfeita pelo vento.
És só miragem!
Faz sorrir teu coração
Desapega da tristeza
A vida tem mais emoção
Quando se entende a beleza
Se olhar pra escuridão
Em ti ela faz morada
Se olhas com gratidão
Não temas tua jornada
O caminho tem espinho
E tem pontes quebradas
Segue firme teu caminho
Marcando belas pegadas
Forjado no fogo o aço
Batido numa bigorna
Que seja firme teu passo
Fazendo sua história
Não temas estou contigo
Eu sou quem criou o todo
Sou tudo que tu precisas
Não sou o Deus do castigo
Eu sou o puro amor
De mãos dadas com a minha solitude, em pensamentos conduzidos pelo meu imaginário, caminho sem pressa por um cenário de quietude, o cinza predominando o céu, sinal de que uma chuva se aproxima, o sol com um brilho discreto por detrás das nuvens, o mar desfrutando da sua calmaria e uma brisa suave nos acompanhando, alguns passos na areia, deixando pegadas, criando memórias de uma simples ocasião imaginada, todavia, uma verdadeiramente satisfatória, breve e marcante, compartilhada nestes versos como uma história talvez cativante graças a uma imagem do tempo fechado que abriu as portas do meu enfoque poético, o qual coloriu uma manhã nublada ao destacar fortemente o seu momento de calma.
rastro
onde passamos
alguns deixam vaidade...
outros deixam pegadas, eu...
deixo poesia e amizade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Meus pés não alcançam mais minhas pegadas. Elas estão dentro de um limite onde o futuro e o passado se misturam.
“É fácil andar nas pegadas de quem sabe o caminho, por isso essa missão ficou reservada aos medianos. Se quiser ser chamado de gênio, construa os sapatos dos que fazem as pegadas.”
O tempo apagará nossas pegadas, mas não a nossa passagem. Essa ficará para sempre impressa nos corações de quem nos amam.