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Enquanto Golias grita , Davi pegava pedras, enquanto golias humilhava, Davi girava funda. No final do dia quem venceu. Aquele que gritou ou o que agiu?
Quem vê um fruto e pensa que foi rápido, não entende nada do processo que uma arvore passa para frutificar...
COMIDA E POESIA
Proteínas, minerais, sais, açucares, fibras, etc., etc. Imagine que todos esses elementos fundamentais para a alimentação, cada um deles em suas respectivas quantidades necessárias à manutenção diária do corpo, estivessem dispostos em um grande prato, bem na sua frente, sintetizados e misturados aleatoriamente e prontos para serem ingeridos. Quem sabe o resultado não fosse apenas uma grande massa disforme e estranha, de múltiplas cores e sabores, aromares, texturas, uma riqueza suficiente para confundirem-se os sentidos e acabar por não identificar a peculiaridade de cada um. Não parece algo muito apetitoso, não é? É porque não é assim que “funcionamos” mesmo. Comer é, antes de mais nada, uma necessidade, um impulso de auto conservação a partir do qual, por uma relação de apoio, outros contatos e aprendizados, através da incorporação oral, podem experienciados e adquiridos, alcançando um caráter pulsional autônomo e qualitativamente diferenciado do que o caracterizava em sua origem. Então, se a qualidade daquilo que nos impulsiona a comer já não é mais a mera necessidade instintiva, o que agora seria? Algo tão presente em nossas relações e atividades, desde as mais corriqueiras e ordinárias às mais complexas. Chama-se prazer. Sim, porque o prazer se associa, por exemplo, aquele franguinho guisado que nossas mães e avós (até mesmo os pais, eles são certamente de mão cheia!) preparam em casa, com todo o cuidado e carinho, com toda a riqueza tradicional de seus temperos e segredos, construindo factualmente a receita que persiste em ideia, esperando apenas o momento em que uma oportunidade lhe permita nascer pelas mãos que as preparam, a este muito que tanto carece de belezas injustificadas. Normalmente começam por um convidativo cheirinho de temperos que preenche suavemente cada vão da casa, recebem o principal de seu corpo culinário para ganhar cozimento e são acompanhados por uma multiplicidade de cores. São tomates, e pimentões, cheiros-verdes e cebolinhas, tudo o mais que essa tão maravilhosa arte permita em sua elaboração poética. Cozinhar é exatamente isso, fazer poesias que não são escritas em palavras para nossa linguagem, ou mesmo expressas em sons que nos proporcionem deleite em suas cadeias harmônicas. Fazer poesias que nos encantam através de seus aromares, dos seus sabores, das suas cores. Tudo à sua maneira. Tudo com sua peculiaridade. Tudo formando um corpo que é inteligível além da linguagem, soando como uma melodia além do que qualquer harmonia é capaz de suportar. Poesia que não sai pela boca, mas que a penetra deliciosamente, proporcionando prazer ao corpo e satisfação para a alma. E cozinhar algo delicioso a alguém especial é, também, manifestar toda a beleza de sua própria alma e oferecê-la gentilmente a um paladar que se apeteça dela, incorporando-a, um verso a cada colherada, uma estrofe a cada olhar entrecortado por um doce sorriso ao acaso, como um soneto que, mesmo sem uma única palavra, diz tudo a respeito da alegria de viver e amar.
Se o leão quiser ele que jejue, a fornalha que vire pista de dança, as muralhas que caiam .. Por que nós vamos passar!
Nesse emaranhado de fatos, acontecimentos, mudanças e acasos, chamado presente o nosso lobo temporal nos forja, nos sabota e por meio de uma pequena fresta começam a borbulhar as memórias que um dia foram acontecimentos e acasos. Tal fresta jorra nossas lembranças direto no sangue e nos faz ferver, faz o coração falhar, e faz os olhos úmidos escorrerem como se estivessem derretendo. Mesmo no meio dessa massa viscosa chamada cérebro surgem as mais belas paisagens, onde por um momento se quer tudo foi perfeito e estava onde deveria estar. Cada qual com sua alma, cada céu com seu luar e cada coração com seu par!
A mente humana, um dos maiores mistérios da existência, é o foco central do tema intrigante em discussão: "O intuito deste livro é explorar a mente humana e aprofundar nos males que fazemos a nós mesmos o tempo inteiro". Este convite à reflexão nos instiga a mergulhar nas profundezas do nosso ser, a sondar os labirintos da consciência e confrontar as dualidades íntimas que moldam nossas vidas.
Livro: Mentes Dilaceradas: Uma jornada pela saúde mental e reconstrução do ser. Autora Valdira Abreu Magalhães Nina Lee de Sá
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/valdira-abreu-magalhaes-nina-lee-de-sa
Valdira Abreu Magalhães Nina Lee de Sá
Graduada em Direito, Pedagogia, Letras/Português e espanhol, Filosofia, Biologia e graduanda em Biomedicina. Pós graduada em Ciências da Saúde, Gerontologia e Geriatria, Educação Especial Inclusiva e Transtorno do Espectro Autista, Metodologia Ensino Superior, Neuropsicopedagogia clínica, Psicanálise, Psicologia clínica e educacional, Psicologia Comportamental e Analítica, Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico, Síndrome de Down, Fala e Linguagem, Direitos Humanos, Medicina Chinesa, Terapias Integrativas e Alternativas, Neurociências Clínica, Síndrome do Pânico, Depressão, Parkinson e Alzheimer. Direito médico, Deficiências Multiplas e Sensoriais. Sociologia e Filosofia. Professora de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE. Atua há três décadas na educação. Atendimento Clínico. Registro OAB RO 3154 - OABSP 473492 - Conselho Brasileiro de Psicanálise Clínica n. 451, IBTH n.94968, Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia n. 10475 Palestrante, Apaixonada por educação e pela alma humana.
Minha produção intelectual reflete minha intensa interação com a comunidade científica, visando incentivar o pensamento racional entre as pessoas. Compreendo que contribuir positivamente é um desafio e uma meta que busco atingir em larga escala. Inspirado por minhas próprias lutas, busco agora disseminar o bem de forma autônoma, como uma resposta às minhas dificuldades. A centralidade da redenção divina em meu trabalho se traduz em conceitos poderosos. Minha paixão, antes contida por barreiras mentais, se expande para nutrir minha expressão escrita, estimulando o amor essencial à medida que nos conectamos espiritualmente à fonte de nossa inspiração. Ao abordar o tema do sofrimento, tanto físico quanto moral, reconheço a importância de discuti-los em conjunto para promover uma compreensão completa.
Os sistemas planetários são compostos por um centro positivo, o sol, ao redor do qual os planetas de carga negativa orbitam. Da mesma forma, nos átomos, o núcleo é positivo e os elétrons são negativos e circundam o núcleo. Essa inversão de carga direciona as correntes dinâmicas para se concentrarem nos centros das nebulosas. Contudo, a evolução é a principal lei em ação, com a dualidade operando dentro dela. O conflito é um processo genético, excepcional e específico, enquanto o padrão de sistema representa uma maturação evolutiva.
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
“CUGINA” FLÁVIA
Se da morte predomina a saudade
Da saudade a lembrança de porte
Doce menina, nunca pela metade
Tenho na falta uma saudade forte
Um vazio tão cheio de recordação
Que invade a todo momento o dia
Pulsa abafante, árduo. Tristura não
Pois deixaste aquela boa simpatia
E, tenho da privação aquele pesar
O teu olhar arraigado no passado
Numa carência do silêncio a surrar
Ah! o tempo distância mais e mais
Mas também abrevia o reencontrar
Pois, tivemos a regalia de te amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 de março, 2022 – Araguari, MG
*data natalícia da prima Flávia Magalhães Nogueira (In Memorian)