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“Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é”.
( Alberto Caeiro [Heterônimo de Fernando Pessoa], In Poemas Inconjuntos - In Poesia, Assírio e Alvim, ed. Fernando Cabral Martins, Richard Zenith, 2001.)
O latim é sempre útil, especialmente quando preciso dar más notícias aos cardeais. Somente 20% ficam bravos, porque só 20% entendem o que eu digo.
Arco-Iris
-Arco-Iris não quero teu pote de ouro, de dinheiro não preciso, não quero tua beleza, ela já não me encanta, não quero tuas cores, las já esculpem a maioria dos lugares.
- O que queres de mim ousado humano?
-Que responda onde está aquilo que desejo?
- Ora, sou um arco-iris, apenas venho depois da chuva, não sei responder tais perguntas, o que pensas conseguir comigo?
- Não sei, talvez ela esteja olhando para ti e se fazendo a mesma pergunta...
- E eu jamais te responderia, esse é o teu pote de ouro que tens que buscar.
- És sábio como sempre arco iris, ao final, todos temos nosso pote de ouro, é disso que trata tua lenda.
- O que esperas para ir buscar o teu?
- O mundo parece mais fácil ai de cima arco-iris, os humanos não seguem as leis da natureza, são senhores do seu próprio destino!
- Quousque Tandem?
Desde antes da primeira aula de catecismo,
Detrás daquela janela uma voz já lhe dizia:
- Deus não sabe de latim.
Que se quisesse Lhe falar, dispensasse os tradutores.
Amasse e pronto!
(Receita incompleta).
De pronto, já na segunda aula,
Pôs-se disposto a praticar e de tanto
Olhar o enrolado cabelo de Mariazinha,
Que dourado refletia a luz do vitral da torre,
Viu sua orelha de repente na mão da professora.
- Beijo tem idade menino!
Levou toda a vida para aprender que
Todo mundo tem um medo,
Que amor não é desejo,
Que a língua de Deus muito mais se parece
Com o silêncio calmo nos olhos recém-iluminados de Davi,
Seu filho que nada sabe de qualquer catecismo.
UT PACIS QUAM IS EST UT FUTURUS INTUS MIM
Muito mais que um estado de espírito, primitivo e paradisíaco. A busca por ela é constante, todos os dias, incansavelmente. Mas leva um tempo pra perceber que ela é ofuscada por circunstancias adversas. Leva um tempo para perceber que ela nunca esteve fora, ela sempre esteve dentro. Ela sempre fez parte de você.
Amigo vem do latim "amicus", que deriva do latim "amore", que significa amar. Bem diferente do que entendemos hoje, não acha? Neste dia do amigo, o desafio de amar o próximo é confrontante. Em um mundo que dizem que nem todos devem ser amigos, uns são colegas, outros conhecidos, o sentido literal da palavra provoca a ânsia de abandonar essa ideia. Ser amigo não é fazer parte de um grupinho seleto por alguém, é muito mais que isso. É amar, independente da confiança, da intimidade e da recompensa. É saber aceitar, criticar e até abandonar, se for preciso, pois a renuncia também é uma forma de amar...
Cogito, ergo sum
"penso, logo existo"
Por muito tempo me apeguei a ideia de criar...
Já escrevi, desenhei, fotografei, filmei, musiquei até editei.
Me defini pelo que fiz. Mas não sou o que criei.
Tudo que gerei só é importante quando pensei, contemplei, observei, signifiquei... Existir não é só criar e sim significar
"Cogito" do Latim é: COM e AGITAR( colocar em "ação").
Faço, penso e portanto eu existo.
Estamos em movimento!
Conjunto ou individuo?
O todo ou o único?
O geral só existe através do singular.
E o singular sem o geral não tem Motivo.
Motivo, do Latim MOTIVUS, "o que causa movimento".