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A HISTÓRIA COMPARADA E SEU DUPLO RECORTE DE OBSERVAÇÃO
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“A História Comparada é antes de mais nada uma modalidade historiográfica fortemente marcada pela complexidade, já que se refere tanto a um ‘modo específico de observar a história’ como à escolha de um ‘campo de observação’ específico – mais propriamente falando, o já mencionado “duplo campo de observação”, ou mesmo um “múltiplo campo de observação”. Situa-se, portanto, entre aqueles campos históricos que são definidos por uma “abordagem” específica – por um modo próprio de fazer a história, de observar os fatos ou de analisar as fontes. Resumindo em duas indagações que a tornam possível, a História Comparada pergunta simultaneamente: “o que observar?” e “como observar?”. E dá respostas efetivamente originais a estas duas indagações.
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Talvez aí esteja precisamente o que há de mais instigante nesta abordagem historiográfica: o fato de que, em função destas duas indagações que parecem constituí-la na sua essência mais íntima, a História Comparada sempre se mostra como um insistente convite para que o historiador repense a própria ciência histórica em seus dois fazeres mais irredutíveis e fundamentais – de um lado, o ‘estabelecimento do recorte’, e, de outro lado, o seu modo de tratamento sistematizado das fontes. Em suma, a História Comparada tanto impõe a escolha de um recorte geminado de espaço e tempo que obrigará o historiador a atravessar duas ou mais realidades sócio-econômicas, políticas ou culturais distintas, como de outro lado esta mesma História Comparada parece imprimir, através do seu próprio modo de observar a realidade histórica, a necessidade a cada instante atualizada de conciliar uma reflexão simultaneamente atenta às semelhanças e às diferenças”
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[BARROS, José D’Assunção. ‘História Comparada'. Petrópolis: Editora Vozes, 2014].
HISTÓRIA E ARROLAMENTO DE FATOS - "Os meros arrolamentos de fatos, pois, por mais numerosos que sejam os fatos arrolados, e por mais precisas que sejam suas preferências particulares (lugar, tempo, personagens), não pertencem aos domínios da História, não fazem a História".
"A tese de que a História teria estacionado não merece discussão: trata-se de tolice, solertemente divulgada pela poderosa máquina de propaganda que bem conhecemos. A História, felizmente, não para. Ela é, e permanecerá sempre,insusceptível de parada" (A farsa do neoliberalismo)
HISTÓRIA E MONARQUISMO - "O grifo é do autor: significa que Deodoro não queria proclamar a República, que, assim, resultaria de simples acidente, tese cujo sentido é inequívoco. Na maioria de seus elementos, aliás, a cátedra de História representa o último reduto monarquista em nosso país" - (História e materialismo histórico no Brasil: 14-15)
Para conseguir fazer sua própria história, é necessário aproveitar algumas oportunidades, que se recusar de inicio, pode ser que nunca mais volte.
O fato do mocinho não ficar com a mocinha no final da história não faz com que ela deixe de ter sido linda, tampouco que os vilões tenham triunfado!
[A HISTÓRIA ESTUDA A HISTÓRIA]
A História (ou Historiografia) é um dos poucos campos de saber cujo nome da própria disciplina coincide diretamente com aquilo que ela estuda. A História estuda a história. A Astronomia estuda os objetos celestes de todos os tipos, em suas múltiplas relações; a Biologia estuda a ampla diversidade de seres vivos e seus modos de existência; o Direito estuda tudo aquilo que diz respeito às leis e à organização dos sistemas jurídicos. Mas a História estuda a própria história. Ou seja: por um lado. História é o nome de uma disciplina ou campo de saber; e por outro lado a história é um objeto (ou mesmo um universo) a ser estudado: é o conjunto de processos, acontecimentos e sociedades que já existiram ou se manifestaram até hoje no tempo. Todos nós estamos literalmente mergulhados na história, pois ela vai se desenrolando no tempo através de um devir sem fim que nos arrasta junto às sociedades nas quais vivemos. Mas parte desta história – quando temos fontes e outros recursos para acessá-la de alguma maneira – pode ser estudada mais sistematicamente por uma ciência específica que também é chamada de História. Alternativamente – um pouco para evitar a confusão entre os dois diferentes significados impostos pela relação entre História e história – podemos chamar a História também de Historiografia (“escrita da História”).
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. "História e Historiografia: todas as relações possíveis" In A Historiografia como Fonte Histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.16].
Ainda na primeira história tive a certeza que não iria parar. Não estava em busca do tempo perdido, mas sim atrás dos sentimentos que me fazem processar um tanto que aprendi da história e da vida.
Comunidades são feitas da matéria de gente, e gente é feita do calor da memória. Pessoas, é claro, não são feitas somente de memória, mas é possível argumentar em favor de o ser humano ser animal mnemônico por excelência.
(Vidas machucadas)
Vivemos em um momento crucial dentro da história da humanidade. Onde a espiritualidade oculta está cada vez mais perto de se revelar. O véu deste mistério em breve, cairá por terra.
... Carlos Medeiros da Silva, Miguel Seabra Fagundes e Hermes Lima, três luminares do Direito Brasileiro, cada um com o seu traço peculiar, a sua personalidade, mas todos mestres do seu ofício... mestres que fundaram o Direito aqui, os primeiros que souberam fundir o universal com o particular, aquilo que nos proveio da herança romana, através dos séculos, com as alterações por eles introduzidas, e aquilo que resultou de experiência ou de necessidade específicamente brasileiras
A OFENSIVA REACIONÁRIA
..."Todas as Histórias são contadas e feitas de meias verdades e de verdades apócrifas". ... Ricardo Fischer.
Como leitor admiro boas histórias e prezo por termina-las, pois amo um bom final. Entretanto temo que o livro mais importante seja fechado antes que eu possa terminar de ler e esse final me enfraquece, entristece e angustia... O que posso fazer além de ler mais rápido?
A História do Brasil desde à época do pré-descobrimento é uma fonte riquíssima e inesgotável de novas ideias, ideologias, movimentos, sentimentos, pensamentos, comportamentos e novas atividades mas esta rica diversidade está geralmente escondida propositalmente ou apagadas e esfumaçadas pela organização didática da " História e Geografia Oficial ". Sendo assim cabe sempre ao novo pesquisador buscar as fontes históricas, os objetos de época e toda a documentação nacional e internacional com um novo olhar, com o espirito livre e um pensamento aberto para um novo até agora nunca descrito.
" Toda pessoa que não aceita coisas erradas e que luta por justiça, será mal vista e sofrerá perseguições ou no mínimo desprezo por alguns, não obstante, no epílogo da sua história, Deus a honrará ".
Anderson Silva
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Nota: Trecho da crônica "A Despedida do Amor" de Martha Medeiros
...MaisA minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado.
A vida é uma simples sombra que passa (...); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa.