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O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos.
O passado é fixo, não vai mudar. O futuro é grande, não nos pertence. Mas existe um lugar onde as estrelas brilham, e os gatinhos miam, e as almas cansadas se recuperam. Um lugar onde com um pouco de teimosia você consegue encontrar beleza no meio do caos, nem que seja em algo tão efêmero quanto uma flor. Esse lugar é o presente. Nossa casa é no presente.
Devemos contemplar essa residência não só porque é linda e cheia de vida, mas porque existe uma lição escondida nela. A terra, a grama, as flores - se você observar com carinho, elas revelam um segredo. O céu, o vento, o mar - se você ouvir com cuidado, eles assopram a verdade no seu ouvido. Não precisa se cobrar tanto. Não precisa ser perfeito. Só existe uma coisa que você deve a si mesmo: chegar vivo no fim do dia.
Se conseguir, você está de parabéns. Porque convenhamos: existir basta. O fato de você estar aqui, agora, respirando, é a coisa mais incrível, bizarra e ridícula que já aconteceu na história do universo. Que direito esse mundo tem de te convencer do contrário? Que direito você tem de se convencer do contrário?
Mas a morte é agradável demais
e eu não quero falar sobre
o agradável.
Eu quero falar sobre a grande
tragédia que é
a vida.
O essencial, portanto, não é remontar às origens das coisas, mas, sendo o mundo o que é, saber como conduzir-se nele.
Devaneios de uma mente Atormentada
A noite por mais que seja sombria, Fria e vazia, ela é bela, o vazio que se aloca nas ruas com o avançar da noite preenche meu espírito vazio, que deseja novas experiências.
[...]
Anseios de coisas que eu não posso ter, estão entranhadas no fundo da minha alma, Que lá foram colocados pelo meu medo sagaz, que não quer me ver com o novo e desconhecido.
[...]
A imensidão do céu estrelado faz me sentir pequeno e insignificante diante de tal grandiosidade, Mas o fato de eu saber que faço parte e tenho meu papel em tal obra, eu me sinto grande novamente.
[...]
Meu espírito puro não consegue ver as mentiras e falsidades que o cercam, Não consigo mensurar o que sinto diante disto, pois sou tão ingênuo para entender tudo isto.
[...]
Em noites frias e trevosas me pego do alto observando o vazio das ruas, imaginando ali 1 milhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo, e essas um milhão de coisas são tão arrepiantes e devastadoras que me vejo chorando diante de tudo isto.
15/08/2015 11.28 pm, Juliano fraissat.
A liberdade é seu jardim secreto. Sua pequena conivência para consigo mesmo. Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, razoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida, feita de inércia, e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?
O existencialismo que nega a essência, o niilismo e o egoísmo são doenças que açoitam o desenvolvimento humano desde sempre. Isso pode ser remediado pelo uso adequado da razão e, no caso do niilista, pela sabedoria no amar.
A morte é o ponto de fuga da raça humana. Quando ela vem, todos esquecem de seus problemas, esquecem que se odeiam, e ficam em paz... Deixamos para trás tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.
Esse sofrimento preto e branco de cinema europeu existencialista e niilista, apesar de ter um charme, é um porre, depois de um tempo. Aquele ar blasé de inteligentinho que sofre pela insolubilidade da vida e preferia estar morto, sem se matar, esconde, geralmente, uma futilidade pseudo-cult de Lana del Rey, Los Hermanos e Wikipédia do Sartre. É um saco!
Existencialismo fútil e inútil é quando a imagem fotográfica de uma pessoa ou a sombra que ela induz passam a valer bem mais que seus verdadeiros valores intelectuais, suas virtudes e sentimentos.
E preciso
ouvir o barulho das loucuras
para que possa haver
um momento
de paz.
E preciso
ouvir as ondas se quebrarem contra a praia
para que possamos
andar sobre à areia
molhada.
E preciso
ouvir ouvir
os furacões que derrubam
árvores
para que depois
se ouça o cantar dos pássaros.
E preciso
ouvir seus demônios
gritando em seus ouvidos
para que possa
sentir o máximo de tudo isso.
É preciso calar e apenas ouvir,
pois é assim que se descobre a vida.
Se tudo é relativo, então nada é absoluto. Logo, em nada creio. Faço do todo um amontoado de signos.
Um dia, eu abrir a janela do quarto e escutei minha vizinha dizer: "A náusea é olhar para si como o próprio Deus e entrar em desespero". Talvez, ela tenha lindo Sartre.
"O que certas pessoas pensaram e/ou pensam a nosso respeito é um problema delas e não nosso... O que realmente importa é o que nós fazemos com o que certas pessoas fizeram e/ou fazem de nós..."