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O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.
O diabo é muito mais erudito e eloqüente que o mais eficaz dos pregadores, por isso cuidem ser mais espirituais do que intelectuais.
Aprender significa ser livre para escolher e também para errar. Se nos guiarmos por uma autoridade – um guru, um partido político, um time, qualquer instância externa a nós –, não aprenderemos nada. Seremos doutrinados, nos tornaremos meros repetidores daquilo que ouvimos. Podemos até chegar a ser eruditos, mas continuaremos incapazes de aprender.
Subentendem-se das entrelinhas ideias com espinhas.. podendo perfurar e desviar o fluxo das linhas. Fale explicito, com um semblante lícito, integralmente conciso. E ainda repito o que foi dito: seja erudito!
Podemos parecer eruditos quando a referência está do lado de fora, mas somos tão estúpidos quando mudamos de posição.
EQUIVALÊNCIA.
O teu raciocínio não é mais privilegiado que o meu, apenas pensamos diferente num mundo plural. Há algo mais natural?
Tuas referências são muito importantes, afinal dão parâmetros ao teu posicionamento, as minhas são outras bem preparadas e bem fundamentadas numa coerência que talvez não vejas, mas que está lá. Quem pode julgar quais são mais refinadas? Nem eu, nem tu. Afinal, ainda não podemos ver o todo com toda clareza.
Há muitos homens e mulheres de todos os níveis de instrução, alguns que nunca frequentaram uma sala de aula e outros extraordinariamente eruditos, que defendem o mesmo que defendes. Da mesma forma, há indivíduos bem medíocres e outros da mais alta distinção, doutos e sábios, que pensam parecido comigo.
A partir do momento que um de nós passa a desmerecer o outro, colocando-se como detentor do supra sumo da razão e afastando (de si mesmo, ainda que não perceba) o respeito e a ponderação, este revela quem realmente é e quão rasteiro e pequeno é o próprio raciocínio, pois nele não se encontra valor.
Seja eu ou sejas tu, caboclo ou cientista, tenhais tu ou tenha eu, o ensino primário ou o título de PHD, quando um de nós defende um ponto de vista diminuindo a dignidade do outro, quem revela-se menor é aquele que assim se posiciona.
Somos iguais graças às nossas diferenças, a balança desta equivalência só desnivela-se quando nos desmerecemos e não nos reconhecemos como seres parelhos e limitados, capazes de ver apenas uma fração ou outra do todo.
A paz entre pares só se constrói quando fundamentada no respeito mútuo e na consideração que as divergências nos fazem crescer, desde que alheias a rudeza.
Não é preciso falar ou escrever bonito para expor a própria a verdade, palavras sem sobriedade não agregam e não asseguram congruência. Mais importante que querer falar, é querer falar com temperança.
Viva os pacificadores!
Sei que eles estão entre os que pensam parecido comigo e os que pensam parecido contigo, sejamos como eles.
A sociedade que separa os eruditos dos guerreiros será pensada por covardes e defendida por idiotas.
"Eu não sou um homem erudito.
Não me debrucei sobre Machado, Zé de Alencar, Drummond ou Conceição Evaristo.
Eu só sinto.
Sinto tanto, sinto coisas que, se não externadas de alguma forma, matariam-me em um suspiro.
São só suplícios.
As vezes são súplicas por um amor que, sei que está morto, mas ao meu eu, é um Deus vivo.
Ressurreto, como o próprio Cristo.
Eu só sinto.
Sinto muito por ela não ver-me como eu a vejo, sinto por ela não compartilhar do meu delírio.
Ao leitor sou devaneios, loucuras, fantasias, mas todo aquele que me conhece sabe; sou sucinto.
Sou sozinho.
E não somos todos nós? Uns mais que outros, quando a carne, sempre acompanhada, não encontra em outra alma, um abrigo.
Quisera eu, que as lembranças passassem, como as águas serenas, do Velho Chico.
Lembro-me dos versos do grande Vercillo.
Quando em nosso abraço se fez um Ciclo.
E eu só sinto.
Sinto por não ser o que ela queria, não ser o sonho dela, não ser dela pela eternidade e não sair desse labirinto.
Talvez um dia, quando eu for só um espírito.
Quando eu for um poliglota da carne, e saber ler as curvas da beldade que é aquele corpo, como um papiro.
Ou talvez, quando eu for um sábio, letrado, talvez de posses, um homem rico.
Quiçá, talvez, quando eu for um homem erudito..."
Não existe problema algum em um pregador conciliar intelectualidade com espiritualidade, erudição com unção; muito pelo contrário, fazendo isso, pode se tornar ainda mais eficaz.
A música pop é uma farsa, prefira a clássica, se quiser ser erudito, e principalmente, se quiser apreciar, coisas de qualidade.
Penso que devemos continuar discutindo, na medida do possível e aproveitando todas as oportunidades, esses e outros problemas ou contradições ou antagonismos. Pouco a pouco, e na medida em que se reconquiste a liberdade, as discussões se ampliarão e ganharão conteúdo e nível mais alto...temos compromisso com o futuro. O lixo será removido, sem a menor dúvida
HISTÓRIA E MATERIALISMO HISTÓRICO NO BRASIL, pág. 99
LITERATO
Como quisesse erudito ser, poetando
As brancas paginas da imaginação
As quimeras, vestidas de inspiração
Inventaram asas e partiram voando
Forasteiros rumos, dores, nefando
Cores e sabores, o amor e a paixão
Choros, risos, escoados do coração
Criando, o tempo vário ortografando
Estranhos os nomeio da serventia
Os desígnios com os seus caminhos
Compungido, vi que distinto é o dia
Assim, por longo tempo fui perdido
Nos versos nem sempre os carinhos
A poesia, da vida, nem tudo é vivido!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/08/2019, 05'55"
Cerrado goiano
Olavibilaquiando
CERRADO ERUDITO
Andei sobre o cerrado
Como os bandeirantes
Tão triste desmatado
Fui as lágrimas soluçantes
Fui por ele calado
Um dia cerrado, gigantes
No seu torto encantado
Só para me recordar
E não pude fascinar
Fiz uma poesia
Como poeta do cerrado
Soltei brados de fantasia
Pra tê-lo do meu lado
Mas a lembrança esvaia
Pelo axioma empoeirado
Neste preço tão alto
Do belo desnudado
E então, como Cora Coralina
Eu cantei versos ao luar
Neste chão, e céu anilina
Pra a sedução fascinar
Aí, me curvei
Chorei... Ante a força do sertão
Até quando este estado?
Surrado. Resiste a civilização
Ainda andei sobre o cerrado (...)
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
01 de abril de 2018
Domingo de Páscoa
Paráfrase Paulo Vanzolini
Cerrado Erudito II
Andei sobre o cerrado
Como os bandeirantes
Pelo vale cascalhado
Tortos galhos, gigantes
De pôr do sol encarnado
Imaginei uma poesia
Como poeta do cerrado
Devaneei na tua magia
E o teu cheiro foi inalado...
Saudades, choro e alegria
Pelo memorial empoeirado
Então, como Cora Coralina
Eu cantei versos ao luar
Neste chão, e céu anilina
Pra a sedução fascinar
Aí, me curvei
Relembrei... na recordação
Da infância que aqui me criei
Espalhadas por este sertão.
Andei sobre o cerrado (...)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Abril, 2018
O tempo é o mestre que põe os líderes de sucesso sob o seu erudito e escrutínio exame de aprovação.
José Guaracir
Li e reli
Tuas eruditas reflexões,
Teu cardápio é sempre muito farto
Não existem paredes
Para o som nítido e tão alto
Que tuas palavras invadem os meus ouvidos, tento não escutar
Mas, isto seria deixar de te amar,
E meu coração já te elegeu,
Embora teu,
Não se preocupe em devolver amor,
Este sentimento é gratuito, infinito!...
E com certeza a inspiração
é uma dona sensível,
ela costuma interagir nas mentes
e corações
singelos,
que possuem bons sentimentos.
Isto significa um erudito equilíbrio
de um seleto raciocínio.
*
Meu relacionamento
Com o ALFABETO
É sério.
√
As vogais adotamos
Como filhos...
✓
Tenho um professor
Que é erudito
Eu digito
E ele esclarece
O nome dele é Google
***
O artista mais vanguardista brasileiro do século XX, foi sem duvida Oswaldo Goeldi que com a técnica da xilografia, modus operandi da arte mais popular da literatura de cordel elevou a técnica para a temática da melhor inspiração expressionista, para a historia da arte no Brasil e no mundo inteiro.
Em um mundo massificado e globalizado a arte primitiva é o que existe de mais unitário, personalizado e erudito.
Secar o erudito
Abri um antigo estojo
esquecido,
no seu bojo
canetas de finas penas
folheadas a ouro
Veio-me lembranças
parcas
de valores estreitos,
as canetas seriam de efeito
àqueles que se sustentam
pela pompa do objeto
pela ostentação
As penas, além de mim,
tiveram outros donos
que nada fizeram com elas
Fui homenageada
e as obtive por prenda
como estratagema
para secar as minhas escritas
assim, como o tinteiro
que junto delas, secou
Joias improdutivas
ferramentas impróprias
sem envergadura
às prosas e poesias.