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Os doentes são como pérolas preciosas que Deus coloca na escada ascética de cada cuidador. A cada degrau, o cuidador esbarra com uma, ele a pega com todo o carinho e cuidado, a olha com ternura, a acaricia, passa a mão delicadamente, a coloca no bolso e a guarda em um lugar seguro.
A atividade de cuidar de um enfermo é uma das mais nobres que existe nos faz subir na escada ascética da abnegação. Ao cuidar de um enfermo nós renunciamos as nossas misérias humanas, como por exemplo, repugnância, indiferença às lágrimas alheias, ensimesmamento, ambições, vaidades, etc.
Existe mais vitimas, depressivos e injustiçados na moderna sociedade consumista contemporânea global do que algozes, despóticos e autoritários.
A nova era da pandemia mundial revela aos poucos um triste quadro preocupante, de uma grande quantidade de doentes físicos e biológicos, de doentes emocionais e mentais e de doentes espirituais e dimensionais.
Quando estamos doentes, todos os sentimentos bons se tornam saudáveis. Somos analfabetos na saúde, na doença somos sábios.
Antes os doentes e deficientes por mais que quisessem ser curados, eram impedidos de entrar no templo. Hoje eles podem entrar mas insistem em permanecer enfermos de alma e deficientes de espírito.
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tiago 5.14,15)
Não há cura na Igreja do Senhor porque, como alguém doente pode curar outro doente? A Igreja está doente; está cheia de doentes. Que aprenderam a falar palavras bonitas, teorias, mas são todas palavras vazias, inócuas, que não produzem o efeito para o qual são destinadas, não operando a cura, porque eles não têm como curar. Como uma pessoa com manchas, com problemas com hipocrisias, com mentiras, vai conseguir operar a cura dentro da Igreja. E a Igreja está assim, cheia deste tipo de gente; por isso que não tem tido cura; por isso que a Igreja de hoje não é como na época de Jesus Cristo quando os discípulos operavam curas e milagres. Eles estavam ali verdadeiramente decididos a servir a Cristo em pureza de santidade. E como isso funciona hoje? Qual é o espírito de hoje dentro da Igreja?
Os diferentes, os marginais e os loucos não nascem em arvores, são em sua maioria , filhos esquecidos e órfãos dos governos doentes, regimes hipócritas e das cativas sociedades.
Quando ficamos verdadeiramente doentes (não é apenas uma simples dor de cabeça e coisas do tipo), é aí que percebemos quão insignificante é um batom nos lábios, o retoque das raízes brancas dos cabelos ou até mesmo pentear-se.
Nada disso tem importância quando a prioridade é a sua saúde, a sua enfermidade. E isso ocorre de repente, quando menos se espera. Quando adoecemos, nos agarramos à fé e a qualquer fio de vida, de esperança que nos tire daquele momento tão doloroso (por dentro e por fora).
Por isso, a cada dia que passa, tenho a maior certeza de que essas coisas supérfluas, essas trivialidades, essas normas de beleza midiática não fazem parte de mim. O que realmente importa é a saúde, a longevidade e o nosso bem-estar.
Estar verdadeiramente viva e estar próxima daqueles que amo e que gostam de mim. Não sabemos o que o amanhã nos reserva...
Com advento da internet e das mídias digitais por uma esquizofrenia coletiva entre a dor e o medo temos bem mais a construção de personagens belos e sedutores do que seres humanos com personalidades generosas e saudáveis.
..."A população de idiotas sempre existiu, mas nunca foi tão grande como ultimamente." ... Ricardo Fischer
Muitas pessoas são ricas, famosas e bonitas, mas não são felizes. Enquanto outras são doentes, não têm dinheiro, mas optaram pela felicidade. Essa vem de dentro para fora, nem tem explicação.
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.
A falta de respeito a valores humanos – que é um compromisso ético – é o que deixa idosos, crianças e grávidas sem atendimento em hospitais onde não há lugar nem para filas.
Toda vez que a pessoa entra numa livraria, ela está buscando remédio pra se curar. Toda vez que uma livraria fecha, é como um lugar de cura fechando as portas para pessoas que estão doentes e necessitam que aquele lugar se mantenha aberto para que elas também se mantenham vivas.
Todos somos doentes da alma.
É... somos sim,
uns lidam melhor com esse fato,
sabem e assumem que estão aqui nessa Terra que é uma escola, e sendo assim estão aqui pra aprender,
outros demonstram mais e com isso como não enxergam o problema dentro de si, deturpam constantemente atitudes alheias.
Se brincamos, veem sempre como provocação.
Se ficamos felizes diante de sua presença,
veem como carência.
Deixando predominar em nós a arrogância, a vaidade e o destempero, sempre se olhará o outro com reservas.
E muitas vezes ainda que o outro se esforce pra ofertar o seu melhor, sempre haverão olhos enfermos que verão o pior.
Que cuidemos mais de nós, não só das atitudes, palavras, mas de conservarmos um olhar mais puro, um olhar verdadeiramente bom.
*** Lili Mouriño ***
Lucas não andava. Melhor explicando, nunca andara. Desde cedo seus pais descobriram ser ele portador de paralisia cerebral. Levaram-no a diversos médicos, de cidades diferentes. Como nenhum deles dera jeito, entregaram-no a Deus. “O Senhor é nosso Pastor, disse a mãe, e saberá dar destino a nosso filho".
Nem sempre conseguimos nos expressar dentro de um hospital, ainda mais quando há os doentes graves, não há tempo.
Seja egoísta e não divida com ninguém as energias sujas e doentes existentes em seu interior, porque elas são somente suas