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A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.

Mergulhe profundamente dentro de si até que se torne o melhor dos mergulhadores. E então, nunca se afogará nos desenganos de outrem.

Inserida por MatheusHoracio

⁠Já não posso ser contente...
Onde se foram aqueles que me amaram...
O que é deles?
Ando perdido entre muitas gentes...

Conselhos não segui...
E vieram os desenganos...
A vida passou tão corrida...
Hoje apenas sigo sem rumo...
A esperança está perdida...

Prazeres que tenho visto...
Sem meus entes queridos...
Já não fazem sentido...

Cheia de penas me deito...
E com mais penas me levanto...
Dia após dia...
Noite após noite...
Só as lembranças amenizam...
As minhas tantas feridas...

E de noite eu sonho...
Com dentro de mim o castigo...
Pai, mãe, irmão...
Todos se foram...
Só em Deus hoje me abrigo...

Oh...
Quem me dera ainda ser embalado...
Neste mundo estranhável...
Ter ainda um conforto...
Desse meu olhar tão cansado...

Destino: aqui me tens...
Neste meu silêncio fustigante...
Sonhando e me iludindo...
Como foi bom meu antigamente...

Mas assim tu segues...
O outrora não é mais...
Quem sabe no vindouro...
Encontrarei a paz...

Sandro Paschoal Nogueira

PERFEIÇÃO
Não há perfeição o que existe é aprendizagem numa caminhada sem ela, mas tendente para ela; um caminho sem mestres, mas com irmãos que buscam a beleza da vida feita de ideais e compromissos, entre desenganos e esperança.

Sábios

As crianças são sábias, os bichos são sábios;
As plantas são sábias; o ser humano desatino,
Não enxerga, o que lhe é retiniano, 
Tantos e constantes desenganos 

São seres especiais, sensacionais 
Desígnios de Deus? Ou simplesmente
Aqueles que procuraram entender melhor;
Daqueles que não são seus 
Os sentimentos, momentos, sofrimentos?

São pessoas de idade, almas de muitos anos...
Religiosidade?
Tudo depende de planos?
Divinos, insanos!

Pessoas que amaram mais, 
Mais se entregaram, mais sofreram;
Trazem marcadas suas estradas;
Nas faces enrugadas e nas mãos calejadas.

Grandiosos sorrisos luminosos... 
De quem sabe que a vida é brindar, cantar e brincar 
Música e abraços, mesmo sem música dançar
A mão sempre estendida, apesar de negada
Por aqueles que não entenderam nada.

Inserida por EduardoChiarini

⁠Há entre as pedras um murmúrio de queixume...
E nada mais se ouve ao longo das ruas...
Ocultos, na agonia das casas, velhas saudades de olhos que fitam o nada...

Apressa-te, amor, que amanhã eu morro...

Destila-se de lágrimas as preces e a profecia...
Do que outrora havia...
Do futuro que se avizinha...
Tremem mãos...
Escondidas nas cortinas...

No abismo do pretérito foram-se os dias...
Caminhantes se vão da terra...
Perdidos na própria sombra...
Levando consigo seus sonhos e histórias...
Deixando para trás...
Apenas algumas lembranças partidas...

Não demores tão longe...
Não se esconda em lugar tão secreto...

Anos após anos...
Seguimos aprendendo mais com os desenganos...
Meu ser traçado pelo som do vento…

Apressa-te, amor, que amanhã eu morro...
Amanhã morro e não te vejo...
Amanhã morro e não te escuto...
Não demores tão longe...
Não se esconda em lugar tão secreto...

Todos passam...
As pedras não...

Queixando-se dias após dias...
Por serem ignoradas...
Dos que ainda ficam de vozes amargas...
Urdindo a grande teia... Sobre nós a vida...
Não demores tão longe amor...
Que amanhã eu morro...

Sandro Paschoal Nogueira