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Sua mente é como a sua casa: se bem frequentada, você tem um lar. Se mal, terá um inferno. Escolha bem os pensamentos que irão habitar sua mente.
Por mais que as nossas casas sejam tristes e cinzentas, nós, as pessoas de carne e osso, preferimos viver nelas do que em qualquer outro lugar, mesmo o mais lindo do mundo. Não existe lugar igual a casa da gente.
Tenho a casa viva,
do quarto à cozinha ela me serve.
Roupas penduradas, mas secando.
Café na pia, mas cheirando.
Tenho a casa viva,
do banheiro à sala, observe.
Toalha no chão, mas enxugando.
Livro na cadeira, me esperando.
Minha casa está entulhada? Mas ela não tem entulho.
Minha casa é bagunçada? Mas sei onde está tudo.
Tenho sim a casa farta,
que não foi feita pra nenhuma visita.
Acho que a casa até se irritaria de uma forma esquisita.
Talvez quebrasse a torneira,
e até espantasse a faxineira.
Minha casa é assim,
é viva,
é responsiva a mim.
ela it’s alive
em casa, no bar,
no meio da semana;
na areia do mar,
na sacada, na cama;
na Rua da Praia,
em qualquer lugar;
na Mario Quintana.
Volta logo, Jesus, vem, me leva pra casa
O céu é o meu lar, o céu é minha morada
Mas volta logo Jesus, tenho saudade de casa
Você pode visitar os mais lindos palácios do mundo, e por mais simples que seja o seu lar, você sentirá saudades de casa.
Sabe, eu já tenho 33 anos e estou cansada de viver assim. Não suporto mais morar em uma casa suja e bagunçada, e não é porque sou uma chata, mas é que isso me consome. Desde que me entendo por gente, nunca fui ambiciosa ou interesseira, e isso não mudou. Mas viver nessa bagunça, nessa sujeira, é de enlouquecer.
Enquanto tem gente por aí seguindo coachs e atrás de riquezas, eu só queria uma casa limpa e arrumada, algo que pareça um lar de verdade. Não é pedir muito, certo? Eu não sou de festas e ostentações, e não é isso que eu busco. Só quero ter dinheiro suficiente para manter uma casa ou apartamento decente, onde eu possa sentir paz quando entro. Não aguento mais essa sensação de caos.
Nessa idade, esperava estar em um lugar onde me sentisse bem e motivada, mas cada dia nessa bagunça é um dia perdido. Às vezes, me sinto como se a vida estivesse passando e eu estivesse presa nessa sujeira. Sinto que mereço mais, e não é uma vida de luxo, apenas um lugar limpo e organizado para chamar de lar.
Eu não sou fã de seguir coachs, nem almejo a riqueza ostentatória, passear em iates ou residir a beira mar. Desde pequena, nunca fui ambiciosa ou interesseira. No entanto, não gostar de uma vida luxuosa não significa que eu aprecie viver na pobreza.
De um lado existe uma legião de iludidos que seguem coachs e pastores da teologia da prosperidade, porém do outro lado possui uma legião de pessoas conformadas com sua realidade: seja nos relacionamentos, na família, no trabalho ou na moradia.
As pessoas se conformam e se acostuma com a sujeira, a bagunça, o mal cheiro (seja de esgoto, fluidos corporais, mofo etc). “Ah mas tem gente rica que é suja, não toma banho, não arruma a casa”. Sim, existem, porém, lugares pobres e quentes é muito mais comum.
Hoje, quero focar nessa questão de moradia, pois é algo que traz uma grande frustração para minha vida: Sempre viver em casas pobres e periféricas. Moro a cerca de 28 anos na mesma casa, apenas uns 4 anos morei em outras casas, mas continuou sendo feias e periféricas.
As pessoas se conformam com o ditado "mais vale uma casa simples onde reina a paz, do que uma casa luxuosa onde há discórdia”. E ainda a esse pensamento existe a famigerada frase "tem tão pouco e é feliz". Sinceramente, tenho uma visão diferente sobre isso.
PARA MIM, ISSO É UMA ROMANTIZAÇÃO DA POBREZA E DA PRECARIEDADE.
Aqueles que se dizem "felizes" sendo pobres, sem ter acesso a nada, morando em morro, favela ou grota, simplesmente desconhecem as oportunidades que o dinheiro pode oferecer. Não estou me referindo à vida fútil e ilusória de festas, bebidas e ostentação, tão sonhada e valorizada no instagram.
Refiro-me à oportunidade de ter acesso à cultura, viver em um ambiente limpo, ter higiene pessoal, saneamento básico, morar em um local agradável, com arborização e acesso à água potável.
Vou compartilhar um pouco da minha realidade: moro na cidade de Maceió, Alagoas, onde a temperatura geralmente oscila entre 27 e 30 graus (exceto em um pequeno período quando é inverno), com sensação térmica de 33 a 35 graus.
Para se sentir bem num clima como esse, só quem possui ar condicionado em casa, no trabalho e no carro e/ou frequenta muito a praia e a piscina (eu não gosto de praia, nem tampouco me bronzear). Nesse calor, sofro bastante. A casa onde moro é extremamente escura, meus pais nunca fizeram reformas para colocar cerâmica; a entrada tem apenas um corredor por onde entra vento e luz. Na raiva chamo de CAVERNA de tão quente e escura que é.
A lâmpada precisa ficar acesa o dia inteiro, caso contrário tudo fica escuro, sem ventilação e sem luz solar. Não é somente a minha casa, olho ao redor e vejo poucas pessoas com um lar limpo e bem cuidado. A maioria são casas mal cuidadas e se for para o interior é pior ainda, com aqueles mercados e feiras públicas, a maioria são pessoas bronzeadas pelo sol. Muitas mulheres só se preocupam em fazer unhas, cabelo, comprar roupas e fofocar, até as que trabalham vivem assim nessa mediocridade de picuinhas no trabalho... já a maioria dos homens em ser peões e no fds tomar cachaça e fazer churrasco e trair suas esposas com as “raparigas” tão cultural aqui nas bandas do nordeste.
Eu me sinto mal todos os dias que fico em casa. Não trabalho fora, sou mais caseira e não tenho nenhuma amizade (tb não quero fazer, isso já é outro assunto), então passo a maior parte do tempo em casa. Desde a infância, estou na mesma casa, fiquei em outras casas somando tudo uns 4 anos, mas voltei para casa dos meus pais e anseio pela oportunidade de comprar meu próprio apartamento.
Não precisa ser luxuoso, só desejo um lugar limpo, bem iluminado, com uma boa pintura e com cerâmica. Sei que isso não garantirá minha felicidade, mas para aquelas sensíveis a ambientes desordenados, sabem o quanto uma casa suja, escura e desorganizada pode afetar o ânimo e a motivação.
Seiscentos e sessenta e seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente...
e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Eu nunca vou entender por que a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender por que você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...
Mas aí, daqui a uns dias... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.
Se você passar por uma guerra no trabalho, mas tiver paz quando chegar em casa, será um ser humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de casa e viver uma guerra na sua família, a infelicidade será sua amiga.
Não chegamos a conhecer as pessoas quando elas vêm a nossa casa; devemos ir a casa delas para ver como são.
Quem disse que eu me mudei?
Não importa que a tenham demolido:
A gente continua morando na velha casa em que nasceu.
Esse privilégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis, às prostitutas e aos ladrões.