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Estar aposentado sem nenhuma atividade que ocupe sua mente e seu físico é como viver na Cidade dos Anjos.
Que vida tem o aposentado!
Senta na cadeira de balanço olhando pro céu parado,abaixa a cabeça olha para os lados,quase nunca tem alguém para dar um agrado.
Que vida tem o velho nem comprando amor é valorizado.
ORIGEM DA PALAVRA APOSENTADO
Quem me conhece sabe que eu gosto de pesquisar a origem das palavras, expressões e ditados populares.
E, pesquisando uma palavra hoje, não encontrei uma explicação plausível, então resolvi "criar" a minha própria versão, que compartilho com vocês:
Reza a lenda que, em meados do século XVIII havia dois amigos inseparáveis que eram muito ativos, não havia tempo ruim para eles.
Com o passar do tempo, já com a idade um pouco avançada, um deles continuou muito ativo e animado, já o outro ficou mais sossegado, já não possuía mais o pique de antigamente.
O animado sempre visitava seu amigo e, sempre que chegava em sua casa, encontrava-o sentado numa cadeira de balanço na varanda.
Então ele dizia: "Ah pô, sentado" de novo?
E praticamente todos os dias era a mesma coisa, sempre seguido daquela frase: "Ah, pô sentado" de novo?
E com o passar do tempo a frase transformou-se numa única palavra "Aposentado", que referia-se às pessoas que queriam sossego.
Inclusive a sigla INSS originalmente significava: "Imprestável Não, Somente Sossegado".
O seu negócio seja qual for, vai sugar suas economias. Pense bem. E se você imagina trabalhar menos ao se aposentar, não abra um negócio próprio!
O mais provável é que, num novo emprego, seu chefe sinta-se ameaçado por você. Ou que você se sinta atemorizado, por uma chefia mais jovem e mais bem preparada.
Quanto mais alto você tiver chegado, maiores serão os seus sentimentos de perda, não só profissionais, como pessoais.
Jogar a culpa: no governo, na empresa, no cônjuge, só vai paralisar você. Não há culpados, nem você. Portanto, arregace as mangas e procure se enxergar, em vez de se recriminar.
A vida não lhe trará o sucesso de bandeja. Velho ou novo, vá buscar. Esta é a grande mudança da aposentadoria: comece de novo.
Na Cidade dos Anjos há dois tipos de habitantes: os ativos e os contemplativos. Os primeiros se acham envolvidos em alguma atividade ou resolvendo algum problema, os últimos são os aposentados sem nenhuma meta para os dias que restam de suas vidas e observam passivamente o vai e vem dos outros. Todos os dias são iguais para eles. Tal e qual aqueles "espíritos" do filme, observam o nascer e o por do sol e o corre-corre dos vivos indo para o trabalho ou dele voltando. E, nesta observação, eventualmente pode ocorrer de um aposentado se apaixonar por uma mulher que trabalha e inverter os papéis.
“Não quero me aposentar para acordar cedo e varrer a calçada. Não gosto de acordar cedo, e menos ainda de varrer calçadas.”
“O tempo passa, a terra gira e o mundo dá muitas voltas. Só a tia Márcia continua morando exatamente no mesmo lugar. A mesma pintura da casa, agora já descascada. A mesma solteirice, sem ambição nem projeto de futuro. A mesma blusa cor de manga, já num tom amarronzado e com um fio de cabelo branco impregnado. A vida passou e a tia Márcia ficou lá, parada no ponto de partida. Ninguém decifra a vibe dela e ela nem sabe o que é vibe. Tia Márcia não sabe mexer no celular, em compensação, sabe fazer um bolo de fubá e um café passado na hora daqueles que não se encontra em cafeteria nenhuma do mundo. Quando recebe visitas, não gosta que tirem nada do lugar. Da velha televisão, tem medo que mexam no botão e tirem do canal costumeiro que assiste todos os dias desde os tempos de `Roque Santeiro`. Ontem ela se mostrou feliz com o fim do horário de verão. O que isso implica pra ela ? Só sai de casa uma vez por mês pra ir no mercado e sacar a pensão, e às vezes vai ao posto de saúde pegar remédio e medir a pressão. “
“Quando tio Libório ficou viúvo, chorava copiosamente ao lado do caixão com semblante triste e desolado. Passada a quarentena da viuvez decidiu viver a vida e frequentar os bailes tal como fazia nos anos de juventude. Agora usa gel no cabelo e um largo cinturão de couro na cor branca abotoado com uma reluzente fivela em formato de cavalo. O sapato com solado de madeira impecavelmente lustrado reflete o brilho da camisa de cetim com mangas longas e listradas. Suas calças de tergal foram feitas sob medida em tons que variam do marrom ao abóbora. Voltou a falar gírias e palavras que eram consideradas modernas nas décadas de 1960 e 1970. Chama as garotas de `broto` e `brotinho` e cumprimenta usando o termo `chuchu beleza` no instante que estende o polegar. Para as coisas ruins acrescenta os dizeres `é de amargar`. Desde o início do ano adquiriu um `smartfone` e ingressou com força nas redes sociais. Ao final da tarde manda mensagens de boa noite em todos os grupos e ao nascer do sol replica narrativas de bom dia. Sua Belina II na versão Ghia é lavada e polida semanalmente junto com os tapetes e os coxinilhos dos bancos. Tio Libório agora é outra pessoa. Tá esbanjando saúde e no último sábado foi visto tomando uma tigela de açaí na praça de alimentação do shopping. “
Aposentado !
Já sou aposentado, mas ainda continuo
vítima da Previdência Social.
Todos os meses, tenho que pagar dez ponto cinquenta, se alguém puder me explicar pra onde vai esse dinheiro, que é descontado todos os meus dos meus proventos, por certo poderá até contar, mas não viverá para finalizar a história.
Quem sancionou essa lei, foi o presidente dos pobres no mês de junho de 2006.
No decreto estava escrito: Que todos que recebessem a cima de R$ 1.080,00 reais ao se aposentar teriam que pagar 14% todos os mêses.
Na reforma da previdência, os 14% por cento sumiu, vindo assim a dar lugar ao famoso 10.50 que sinceramente é pior que os 14%, só Deus estendendo às mãos a favor dos aposentados.