Tag amanda
A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõem.
Você é pra mim
Você é pra mim
O nascer do sol
Em uma manhã de verão
A chuva, o cheiro, o beijo
Em qualquer estação
Você é pra mim
A minha segunda metade
Pra mim você é
Sinônimo de felicidade
[...]
Um anjo veio e deu vida
Ao peito de amores nu:
Minh'alma agora remida
Adora o anjo - que és tu!
Foi no arrepio do seu corpo
Que eu me entreguei e fiquei louco
Foi no calor dos seus braços
Durante alguns amassos
Que eu me senti Amado
Entre beijos e abraços
O meu coração
Ficou viciado
Não disfarço
Quero viver sem preocupação
Só Eu e você loucos de paixão
"Sempre fui daquelas que prefere uma metáfora a um clichê, contudo não sei se o melhor seria um olhar angelical teu ou um beijo na chuva. Dizem que se pode escolher entre o que fica e o que desaparece, mal sabes que eu faria de tudo para que tu pudeste permanecer. Mas decidiste ir embora e levar contigo parte de mim. E assim estou, desamparada, sem inspiração, sem muitas expectativas e aguardando as derrotas com pouco anseio. Estou com o coração quebrado e um buraco na cabeça, nele está escuro, o silêncio que preenchia o espaço entre o que eu penso e o que eu digo agora grita, chama teu nome, em vão. É estranho te cumprimentar como um desconhecido, quando o que eu mais queria era pegar na tua mão e não soltar nunca mais. No brilho do teu sorriso fiz um mapa, quem diria que eu me perderia neste caminho de ilusões cintilantes? Tu és o espaço vazio na minha cama, o reflexo do céu,sempre fresco e perigoso, como a madrugada; a estrela cadente, que ao passar discreta, apenas faço um desejo, uma vez que não posso tê-la. O teu coração é o único lugar que eu me atrevo a chamar de lar, e eu estou lá, bem no fundo, trancafiada, esquecida. É um lugar sombrio, teu passado ecoa pelos corredores da tua alma e te faz pensar em não sofrer mais, te faz acreditar que não é digno de amar outra vez. Está errado.Tua alma complexa, é crepúsculo, nunca aurora. É fria. Apagaste as estrelas, a Lua e não deixaste por nada o Sol entrar e irradiar tua essência tão bela, te fez escravo dos próprios pensamentos e estabeleceu princípios irrelevantes a tua própria forma de opressão. Onde está tua verdade? Onde tu a esconde? Medo é um sentimento criado para ser desafiado, portanto, o faça! Entre mil rostos e indecisões, me escolha, quero levar-te do inferno ao céu em apenas um segundo, dizer que, tu me chamas de anjo, mas ainda sim imagino se doeu muito ao pousares aqui. É cobiça. É pecado. É excesso de esperança. É querer o bem, querer o mal, é simplesmente querer. Só estou cansada das falsas promessas e mais ainda de dedicar cada misera frase ao teu descuido para com o meu amor, que obviamente não te importas nem um pouquinho em perder. Bem, chega de metáforas tolas, velhos poemas, e todas essas babaquices hiperbolizando os sentimentos "ruins". Eu já não aguento mais esse incômodo nos olhos, algo querendo escorrer. Como café amanhecido, me disseram que era amor não correspondido, que não se requenta sem se conserta. Eu não nego meus sentimentos, apenas os coloco em um potinho de vidro para que nunca se dispersem, e claro, podes roubá-lo de mim quando quiser. Entretanto, não estás preparado para cuidá-lo, ele é quebradiço, incompreendido e, por mais que eu não queira, todo teu. Sei lá, só acho que tudo se descomplica quando a gente se beija. E proferir que ainda te amo mais que tudo, é a coisa mais clichê e a mais verdadeira que eu poderia guardar a sete chaves no coração. Aí guri, por que não me beija na chuva e liga de madrugada dizendo que sente minha falta? Ai, ai! Pensando bem, adoro um clichê. Adoraria mais ainda se pudesse criá-los e recriá-los contigo. Por agora, utopia."
"Psicose:
De todas as loucuras da minha vida, tu foste a pior de todas. Aquela a qual mergulhei de cabeça sem me preocupar se o abismo era fundo ou raso, enrolei meu caminho no teu e não consigo desatar o nó que nos prende, te moldei em minhas mãos, agora as mesmas não aceitam ajustar-se em outros corpos, te fiz de areia e viraste um deserto no meu coração. Não sei ao certo o que ocorreu, mas ainda consigo sentir teu abraço, teu perfume, teu corpo colado ao meu. Escutar tua voz dissimulada soltando frases ininteligíveis a outros ouvidos, tu brincando com o meu cabelo, brincando com a minha mente, meus sentimentos, minha loucura. Estás no sol num fim de tarde, numa música, numa valsa.. Toma conta dos meus pensamentos, dos mais secretos e pervertidos aos mais doces e sublimes. Estás na poltrona vazia ao meu lado no cinema, no reflexo do céu, num domingo chuvoso, numa festa sem graça, no meu coração.. Enfim, ao fim, decidiste me guardar na tua gaveta, como um artigo de luxo de uma coleção limitada, ao invés de me expor na prateleira da tua alma, transformou fogo em brasa, e fez do sentimento bom um caos. Não quero te entender, muito menos complicar tua vida já tão complicada, mas sinto tua falta. Isso não é motivo suficiente para que o tempo volte, se fosse, eu já teria perdido a conta de quantas vezes as cenas se repetiriam. De novo, de novo e de novo. Desafiando meus princípios, desencorajando minha loucura. Ah essa esquizofrenia de te ver em cada canto, mirar teus olhos denunciando uma intenção que nunca sei ao certo desvendar, levando-me ao precipício da alucinação, onde, de olhos fechados eu caminho pelas beiradas. Até gosto. Gosto dessa sensação de te perder, é a linha tênue entre sempre querer conquistar-te e conseguir, é um troféu que não posso exibir, é o meu melhor devaneio, meu maior segredo, quiçá o remédio contra a sanidade. Sim, sanidade, todavia, por mais que eu queira fazer parte da realidade, teu mundo me puxa, tirando meus pés do chão. Teu sorriso é a única anestesia de que preciso para flutuar. Teu gargalhar, ah, esse o melhor de todos os remédios, faz notar que minha loucura condiz um pouquinho com a tua, fazendo com que eu perceba que é na insanidade que teus beijos são mais doces e teu abraço me pacifica. Melhor que anestesia, é perder os sentidos enquanto tua pele percorre a minha e ainda ter a capacidade de sentir o calor do teu corpo. Narcose? Talvez, mas amor não, amor nunca. É palavra proibida, isso sim é droga, demência e realidade. É traficado sem autorização e paralisa todos os sentidos, fazendo com que não se sinta nada. Prefiro assim, sua loucura com a minha, num mundo paralelo formado por um sentimento sem nome, sem definição, que não conste em dicionário algum. É paranoia, é ansiar por algo que não existe, é ficar sem a cura. É onde posso provar que "pode-se morrer de amor e continuar vivendo" beirando o caminho sensato, a rotina, tão entendiante e sendo lúcida. Não sendo eu. Me sinto deslocada, eu sei que não sou daqui. Sei que não é aqui que eu tenho que estar.."
- Perdida num mundo onde quanto mais são, mais louco se fica, ganhando experiências e perdendo tempo, perdendo tempo longe de ti.
“Olhar nos teus olhos e até pensar que já os vi em outras vidas.”
Ficar sentada ao lado dele, apenas catando intenções no vento, era o tipo de silêncio que mais me confortava. Eu sentia o perfume cativante, mesmo na costumeira ausência. O encontrava em ruas que já havíamos frequentado de mãos dadas, assim como nos lugares aos quais já gargalhamos alto em alguma aresta do tempo.
Não o amava, tampouco o queria pra sempre.
Mas descobri nele um poderoso efeito de conseguir ser o meu “sempre” em todas as vezes que a vida me proporcionava escolhas. Ele não era daqueles cavalheiros que davam carona no guarda-chuva, muito menos do clube dos que ligavam no dia seguinte, mas eu nem me importava. Porque um sinal de vida, por mais tolo que fosse me arrepiava dos pés à cabeça. Entrei em acordo com todas as minhas sinas percebendo então que eu apreciava a companhia dele como quem saboreia uma taça vinho tinto. Sentia o peso do regresso, mas também não me importava. Fatiava o orgulho em vinte e quatro parcelas de culpa e jurava pagá-las em algum momento de sanidade. E nesses intervalos de carinho indiscreto, até parava para analisar aquelas expressões sacanas e me perguntar por onde diabos eu havia largado toda a minha sensatez. Ainda tem um pouco dele em cada verso, assim como em todas as palavras e a cada suspiro. É um imprestável, e eu não o emprestaria para mais ninguém nesse mundo.
Não o amava, tampouco o queria pra sempre.
Mas a vivacidade dele corrompia até fazer esquecer os meus critérios, os meus cuidados e as minhas leis, apenas para amenizar essa saudade que sinto o tempo todo a partir do momento em que não o vejo mais. Me desperta o desleixo de controlar as imprudências do apreço, encarar o corpo como quem se alimenta de uma presença, como quem decorou as trilhas do mau caminho em flashes de devassidão. Decorei. Anotei minuciosamente o quanto as horas voam enquanto ele me acomoda numa risada cheia de ecos. Conduto não se surpreenda, já que eu respiro ortografia, meu bem. Sou um buquê de meia composição e linhas sinuosas. Sabe também que escrevo poemas na minha pele rezando para que teus olhos corram por meu corpo sem que eu precise encarar a tua íris para soltar frases que jamais pensei dizer em voz alta. Você me ignora e continua construindo uma estrela a qual sequer pensa em morar. Eu fracasso e fico rindo feito uma tola sobre o quanto os rabiscos da parede do teu quarto me instigam. E nós nos envolvemos em um abstrato de palavras desconexas e desenhos desalinhados, eu fantasiando e você sentindo o peso do mundo real. É aí que você até esquece que eu sou a tua loira, mesmo que tantas outras tenham atravessado o teu caminho. E você é o meu moreno, e todos os meus carinhos são teus por regalia. Mas isso você já sabe...
Eu sinto que me perco quando não abraço o teu pôr do sol.
Confesso. Você me faz sentido.”
"Queria sentir de novo aquela adrenalina que me inundava ao fugir de madrugada ao teu encontro sem saber exatamente para onde iríamos. Queria sentir de novo aquele beijo doce tão amargo de recordações tristes só para me certificar, pela milésima vez, de que nosso gosto agridoce ainda é o meu favorito. Queria que fosse possível catar todas as ilusões em que me fizeste cair e, com elas, construir uma ponte a qual interligasse meu coração ao teu. Queria te dizer que o teu sorriso me deixa mais feliz que um feriado no meio da semana e que se for pra ganhar na mega sena, quero meu prêmio em forma de beijos teu. Queria que saudade fosse o nome do nosso animalzinho de estimação. Queria te fazer passar vergonha em meio ao público, elaborar uma declaração de amor, gritar para os quatro cantos do planeta que todo o teu encanto me pertence e só eu posso dormir com o teu moletom. Queria te mostrar que o céu é infinito, porém nada tão arrebatador tanto ver-te dormindo ao meu lado num dia qualquer. Queria te dizer que o brilho de uma constelação não equivale ao lampejo dos teus olhos mirando os meus. Queria poder te explicar que se cada pequena estrela fosse uma forma de demonstrar meu afeto por ti, o universo seria insuficiente para defini-lo. Queria salientar ao mundo que tu não me enlouqueces apenas quando puxa-me pela cintura, mas também quanto finge indiferença pelo simples prazer de provocar. Queria ter a coragem de confessar que os arrepios não são causados pelo frio quando nossos corpos interagem e nossas almas se entrelaçam. Queria calar-te com um beijo, alegrar-te com uma valsa, acalentar-te no inverno frio, mimar-te na primavera, abusar-te quando verão. Amar-te em todos os dias até o último do meu calendário. Te chamar de esfinge, desvendando tua mente, descobrindo o teu corpo, solucionando as charadas da tua alma, embalar-te como se fosse uma velha música suave e calma, levar-te comigo para qualquer lugar como se fosse brisa. Queria.. Partindo do pressuposto de que "Querer não é poder" , vivo das lembranças de um passado bom, presa no silêncio que o teu carinho genérico proporciona. Um caminho torturante de promessas ilusórias, palavras antecipadas e intenções subtendidas. Se ambicionar é real, prefiro suplicar o devaneio do meu pensamento infame. Te trazendo pra mais perto, sendo desonesta com os sentimentos novos deixando os antigos fazerem um carnaval em meu coração, redigindo uma orquestra de situações corriqueiras, impossíveis e sinceramente, abismada pelos detalhes irônicos inventados. Entretanto feliz. Minha felicidade paira como uma droga, alucinógeno dotado de nome e um sorriso lindo, onde o torpor é constante, a dormência é inebriante e a injeção é letal.."
"Você batia à porta e eu esquecia totalmente os meus conceitos de auto-erotização. O solo de Knockin’ on Heaven’s Door me preponderavam, mas não tanto quanto teus atos intencionais. Eu persuadia os teus dedos, tu me amordaçava a alma e, em meio aos gritos sem tom e travesseiros mordidos, eu me perguntava se era amor. Não entendia o porquê de me afundar no cheiro do teu perigo, na trama do teu ego. Sinceramente, tuas costas são mais largas do que as oitavas de qualquer outra melodia, e eu me perdia contando os arranhões que a minha sanidade deixava na porta do bom senso. Como Bukowski uma vez citou: "She’s mad but she’s magic. There’s no lie in her fire.". Em tradução livre, digo a mim mesma que o segredo do teu delírio infame está no fogo que eu nunca pensei em conter, no olhar que deixei vacilar ou até mesmo nos abraços de despedida inesperados. Eu te falei do meu vício em cigarros,whisky e dramatização, meu fogo sempre gritou a verdade, estranho, eu jamais omitiria que faço do inferno um paraíso quando te cravo as unhas e tu te encaixas nas minhas pernas. Sabes das minhas loucuras e tornou-se uma delas. Um vício. Dotado de palavras bonitas pouco verídicas, faro de vagabundo e ainda trazia consigo sete notas silenciosas de fetiches ocultos. O que te faz me procurar nas preliminares da noite? O que te atrai? Será meu gosto literário, musical ou esse meu gosto por mentiras bonitas de serem contadas. Sei lá. Eu não precisava do teu carinho, mas queria teu afeto. Em contrapartida, desprezava tuas teorias falhas de ser fiel, contudo mastigava as atitudes tomadas de lealdade. Só não tenho culpa de me encantar pela tua canalhice, pelos contornos na tua pele, o aroma convidativo da tua tendenciosidade. Não tenho. Mas quando quiser, não esquece da minha amnésia de bancar a trouxa que não sabe o que quer, que lê Bukwoski para se convencer de que o amor é uma praga, que fuma para se auto-afirmar, que escuta Bob Dylan apenas para encontrar os teus gemidos de histeria entre os acordes. Não esquece que a porta está aberta, assim como a janela e o coração também. Eu nunca te disse que quando a cama rangia alto, não estava necessariamente pedindo um ajuste e que o meu pescoço pulsava por uma mordida tua. Posso ter omitido algumas coisas, assim como retalhei certos sentimentos. Eu precisava me impor como máquina para que o arrepio da falta que o teu sossego me traz fosse cessado e controlado. Eu jurei que o amor não existia, porém não prometi que a paixão não viria como penitência. Eu lhe apresentei ao fogo e não esperava sentir o efeito contrário das queimaduras tão cedo.”
Quando digo que está escuro, você ilumina
Quando digo que estou confuso, você me ensina
Quando digo que não tenho mais nada a dizer,
Você simplesmente me faz entender,
Que não são só palavras ditas que farão compreender,
Pois, também o teu silêncio me leva, a saber,
Que são tantos os motivos para amar você!
Teus lábios suaves e sorriso singelo,
Teu jeito com versos, eu confesso: espalha doçura,
Tua voz que revela o silencia sincero,
Morena do céu, com olhos de mel e eterna ternura!
Pontos em comum são o que nos atrai,
Contradizendo a Física, não somos normais
Sem intenção, sua atenção é o que me distrai,
Ao pensar paira no ar teus lindos sinais,
Logo que o sol levanta, e sempre que a noite cai.
A semelhança é nossa diferença! Distintos por sermos iguais.
Segredos contados é o nosso mistério
Ainda que os meus quase sempre banais,
Com você o meu nada vira tudo, mais sério.
pairava pluma branca e leve
sussurrante fantasma da bondade
se erguia a cima de meu leito
transbordava-me de prazer e pás
“Escrever era tão mágico quanto um pianista sentado diante do seu instrumento musical. Assim como ele, eu também escorregava as mãos sobre o teclado. Tentava com persistência e coragem encontrar o ponto de começo ou, ao menos, a ponta do fio que desenrolava todo o resto. A mim me encantava que a primeira nota do soneto fosse a primeira consoante do teu nome, eu queria escutar tua voz em cada estrofe, o ritmo do teu coração a cada palavra. Sem sucesso. Então eu decidi redigir mil sinfonias de poemas que não fizessem do tempo um inimigo que te apagasse dos meus sonhos. E era assim, na agilidade de um pianista, que eu bombardeava o papel com palavras que gritavam as tuas manias, as mesmas palavras, as mesmas metáforas, para fixar um pouco de ti em mim. Eu queria te escutar até nos vácuos sem som, nas frases tortas. Eu queria um concerto de trás pra frente até aquele dia em que te conheci. E nos meus intervalos inertes, descobria um pouco da tua ausência pesando sobre minhas pálpebras e a ardência na garganta pelas palavras nunca proferidas. Você saiu da minha vida e foi como se eu esquecesse o meu próprio nome. Havia memorizado os hábitos repetitivos de um clandestino para assim te encontrar neles. Coloria de vermelho o cenário do desalento. Usava a poesia de caminho mais curto até o afeto das palavras, o problema é que elas queimavam e não me aqueciam. A tristeza passa. Às vezes, a gente até passeia com ela. A tristeza consegue ser boa companhia se juntar boa música, boa memória e um vinho tinto. Eu precisava de todo esse meu drama só para não te esquecer de vez, entende? Suas palavras me atingiram em cheio como se fosse um trem descarrilando e talvez eu peque pela ingenuidade da dúvida ao dizer que você me fez mal sem querer o meu mal. Eu deixei as unhas compridas, apenas para deixar uma lembrança minha no contorno das tuas costas. Você feriu o meu coração, marcou teus passos como se controlasse minha arritmia. Não venha me dizer que não foi intencional, gritava o meu nome no escuro como se quisesse me arrastar junto para aquele abismo de pouca fé. Talvez eu te ame como as milhões de vezes que eu nunca disse por não saber exatamente a hora de me desarmar. Porque, na verdade, eu não sei onde você termina pra eu começar no controle das minhas ações. Então. Permita que o destino me borde nas palmas das tuas mãos. Dispa-me com os olhos, silencia-me com a boca. Lágrimas não cabem nesse nosso dueto de uma nota só. Desabotoa os versos, os equívocos, a camada fina de tecido que separa o toque dos nossos corações. Some comigo ou some de mim.
O tempo sussurrou no teu ouvido: “Menino, você tem a si”, e tu nunca mais voltaste.
E eu parei de escutar, mas ainda sinto a melodia do teu riso.
♦ Escolheríamos as estrelas mais brilhantes do céu e caminharíamos sobre elas.
“Reza a lenda que o teu abraço se encaixa perfeitamente no meu. Que a nossa risada possuí as mesmas notas desafinadas e que tua cama traz exatamente as marcas do contorno da minha cintura no colchão fino. Há quem diga que nosso humor é compatível e pertinente. Especula-se também que felicidade é uma palavra facilmente colocada naqueles fins de tarde de um passado infelizmente não tão distante. Dizem também que teu sorriso é mais largo quando estou por perto, que alguma força paralela nos ilumina quando nossas mãos se entrelaçam e saímos mundo à fora despreocupados. Indagam também que da tua casa até o infinito, construímos uma ponte multicolorida de felicidade e que à cada passo descobríamos uma cor a mais no arco-íris. Há quem diga que teu olho brilha enquanto me sonda e que meu coração salta pela boca quando ouve a tua melodiosa voz. Há quem articule que nossa alma engrandece quando pensamos subjetivamente e que de todos os mistérios das galáxias, o inexplicável ainda era o fato do veneno da tua boca chegar brando em meus lábios. Falaram que eu sou aquele trago de histeria que você procura em tudo que é lugar e que, pra mim, és uma anestesia errante. Apenas falaram, pena que você não escute anjos. Pena que só percebi o quão sutil eram nossas atitudes tarde demais. Pena que nos distanciamos justamente quando parecíamos tão iguais. Tente ouvir os anjos, eles dizem que a sina de todo caminho curvado tende a se cruzar. É celestial, ter medo de um futuro que até então não existirá. Pega esse teu braço e envolve na minha cintura, rapaz. Se só segurando a minha mão já poderíamos encarar o mundo, imagine tu equilibrando meu corpo e confortando minha alma como apenas tu consegues fazer. Ah. Cosmos é um cubículo de dois metros quadrados quando nossos sonhos se permitem conviver entrelaçados. Ouça, ouça os anjos. Eles acham engraçado o modo como meu pensamento alvo e o teu negro criam uma explosão de sensações sem sentido. É irreal. Estou de mãos atadas, com orgulho ferido e de olhos vendados, todavia eu ainda ouço os sussurros. Trate de ouvir os anjos moço, eles não são nada mais nada menos do que teu coração palpitando para onde queres ir. De onde nunca deverias ter saído."
“Olhar a solidão refletida no espelho do quarto notoriamente me entristecia. Chega um dia em que nada mais importa, sabe? O alimento não tem sabor, as melodias perdem os tons, o céu lindo e infinitamente azul não surpreende mais. Num certo ponto, você percebe que o sol é oco e a luz que o segue passa a ser perturbadora. Depois de muitas decepções você entende porque rosas, as mais belas flores, trazem consigo o espinho cálido que lhes foi gerado. Com o tempo, a morte de Hamlet não lhe espanta mais, tampouco o sorriso enigmático de Mona Lisa não lhe instiga mais a perguntar por que diabos de não mostrar os dentes enquanto é admirada com pudor. Em certo período o arco-íris não é mais uma atração errante, todavia uma explosão de frustrações. Um fim de tarde não é tão belo quando visto em preto e branco. E você apenas respira e mostra os dentes, automaticamente. Solidão é espectro de alguém que passou pela vida e não se deu ao luxo de ficar. Solidão é minha amiga agora, eu a convido para beber e ela me conforta com dois tapinhas nas costas, ela dança comigo e parece não pedir nada em troca. Até que nos damos bem, mas ela nunca preencherá o seu lugar. Você era tudo. Agora é visto apenas em linhas sinuosas que dançam com a saudade sobre uma velha máquina de escrever. A gente se sacrifica pela felicidade de alguém que já é feliz sem a gente. E percebe que tortura é palavra bonita quando bem colocada. É não se preocupar com a dormência do corpo ou o incêndio da alma. É sentir o coração apertado por ver um sorriso largo, no entanto perceber que não é você o motivo dele estar ali. É sucumbir para as propostas corriqueiras de um passado, não de alguém, mas de um momento, ao qual felicidade era palavra bonita estampada nos seus olhos, no seu sorriso, na paisagem.. Solidão é sentir o vazio de alguém que chega na sua vida e colore o que nunca pareceu ter cor. É sentir que as dores são compatíveis e o tamanho das feridas antigas também. É querer curar com um pouquinho de afeto, uma risada baixa, servir como curativo para tanta escuridão. Solidão é uma partida inexplicável, sentir o chão sumindo como areia movediça. Nosso tempo bom fora medido milimetricamente em meio à ampulheta da vida, ao qual, no último grão de areia, nem as mais belas poesias te trariam de volta. Eu deveria me acostumar com esses tipos de despedidas que, quando seguem seu caminho, levam parte de mim junto. Já desmoronei e me remontei milhares de vezes e, mesmo assim, é difícil remodelar os pedaços que tu deixas por aí pelo caminho a cada vez que não pensas em olhar para trás. O dia fica cinza sem o teu encanto trazendo vida para situações imperceptíveis. Teu nome é sinônimo de solidão, rapaz. A infelicidade está costurada na tua epiderme, tua face é tomada de medo e desafeto e, apesar de tudo isso, eu enxergo uma esperança resplandecente que não dota de meu nome muito menos da minha alma. Solidão é descobrir que um coração não preenche dois espaços e não une duas almas perdidas por esses ciclos intermináveis. Você quer alguém que quer outro alguém, que quer outro alguém e assim por diante. Solidão é isso. É a inconstância, perceber que está sozinho mesmo que padeça sobre uma multidão de centenas outras almas vazias que procuram aquela que se acomode com a maior facilidade. Solidão é ser obrigado a reinventar-se a cada dia, sair por aí a procura de cores com outros nomes e olhares que tragam novas histórias, novas poesias. O céu azul é bonito todo dia, todavia nunca está do mesmo jeito. Está sempre em constantes mudanças, mas sempre mantém a beleza rara e o ar sublime. Seja um céu azul.”
Quem precisa de passado quando um futuro glorioso e incerto está para ser descoberto?
Ou omitido.
Eu te usei.
Usei mesmo, sem dó ou prestações.
Usei tuas manias desajeitadas nos trejeitos dos nossos pequenos. Eu criei a cor dos olhos teus, transformando-o em remédio para um mundo melhor. Sim. Prenda-me. Eu explorei o teu vazio e inventei edifícios de sentimentos aí por dentro. Desenhei as tuas impressões digitais em algum cantinho do meu corpo e até ousei desabotoar tua cara amarrada com a largura do meu sorriso. Eu te usei das piores formas possíveis, b’shert. E até quem via de longe podia perceber que era eu quem manejava os nossos caminhos para que os mesmos rasurassem as linhas do destino. Porque eu te admirava como quem tira a sorte grande na loteria da vida. Perdoa-me por persuadir as coisas a tua volta e decorar tuas mil e uma manias, por fingir ter medo das trovoadas apenas para conseguir um abraço teu. Eu te usei como válvula de escape por sempre fugir de algo que tenho medo de conhecer, entende? Estar contigo, te reinventando, invertendo os sentidos, criando monomanias é o que ainda me matem viva, controlando o teu pulsar, as minhas costumeiras reações... Tenho medo de nunca mais encontrar o conforto que a tua íris proporciona, medo de vasculhar lembranças e não colidir com um “Pare de ser assim, tão amavelmente bonita”, mesmo que eu tenha inventado isto também. Acho que te peço desculpas, pela falta de jeito, pelo sufoco do inexistente, pelo sopro de insistência e acima de tudo, pelas fichas apostadas. E eu te usei até como moeda de troca com o infortúnio, b’shert, de anjo protetor, de floresta incendiária. Eu te usei. Desculpa revidar a indiferença dos ombros com a chuva dos olhos, o tapa de realidade com um beijo no cenho, desculpa diluir o medo da senescência na paz do teu sossego. Desculpa se transformei o teu perfume num ponto de serenidade. Perdoa ser o antônimo dos teus acasos, enfim, chegou a hora de voar com as próprias asas, não é? E mesmo depois de tudo, eu ainda te desejo o incalculável.
E uma rua iluminada de lembranças nossas.
Se é que tenha algum.
♦Olhava-me com o queixo baixo e dizia: “Você não gostaria de estar na minha pele”.
Ah como eu queria.
EU VI
Na primeira vez em que te Vi,
Eu vi, Vi que não haveria como não te Amar.
Que não Haveria como não tentar te Conquistar.
Eu vi, vi uma alma Santa e Pura,
Uma alma na qual eu sabia que podia confiar.
Uma menina pela qual poderia me expressar, me declarar.
Vi, vi isso, vi que posso me jogar e mesmo assim confiar.
Amanda, Amanda é o nome da menina que eu vi,
A menina na qual sonho beijar, abraçar, me expressar.
Eu vi, vi que não há como não lhe amar!
As sextas-feiras chuvosas servem para pensarmos em alguém especial. Da janela do meu quarto fico observando a chuva que cai lá fora. O cheiro doce do meu incenso de morango me faz lembrar de você e do beijo doce que você me deu.
As músicas da banda AnaVitória embalam meus pensamentos. Meu amor de verão no inverno, ai se você soubesse como seu jeito rima com o meu e que o tom albino da sua pele me contrasta.
Dentre os pensamentos dessa noite, o meu favorito foi sobre aquele dia em que você chegou devagarinho com aquela conversa mole e ficou me olhando com aquele olhar de quem queria meu corpo nu, mas que ao mesmo tempo era tão fofo. E eu nem preciso dizer que fiquei morrendo de vergonha né?
Você foi chegando mais perto e me deu um beijo tão doce, que eu senti um milhão de borboletas no estômago. E aquelas pessoa que estavam a nossa volta, que ficaram comentando sobre o nosso beijo. Será que elas não perceberam que dava para escutar que elas estavam falando da gente?
Pelo visto você não ligou, mas eu,como sempre, fiquei morrendo de vergonha. Foi só quando eu me encaixei mais em seus braços que esqueci do mundo. E por alguns instantes era só você e eu. Infelizmente não durou muito tempo e algumas horas depois você me deu o último beijo que não foi tão doce assim. Foi um beijo de despedida. Na hora eu achei que era o último da noite, mas agora sabemos que foi literalmente o último. O ponto final que faltava na história.
Aquele loirinho dono dos meus sonhos
Talvez tenha sido o tom da sua pele albina ou os olhos verdes. Não tenho certeza. A única coisa que eu sei é que você é meu Amor Platônico favorito, ou como eu gosto de chamar: MEU AMOR DE VERÃO NO INVERNO.
O anoitecer é a minha segunda parte favorita do dia. É quando eu posso ficar deitada na rede escutando Ivo Mozart, imaginado como seria a gente juntos. E claro, aproveitar para dá uma olhadinha no perfil do Facebook de seus familiares e amigos para ver seu eu descubro algo útil para as minhas fantasias.
Sabe qual é a parte favorita do meu dia? A hora de ir dormir, que é quando eu finalmente te encontro. Em cada sonho você apronta algo novo que é capaz de me deixar louquinha de amor. Ai se você soubesse como foi bom o nosso beijo no quintal da minha casa.
…
E quando te encontro fora dos meus sonhos, me finjo de morta. Não abro a boca. Vai que você descobre tudo que passa aqui dentro de mim.
Eu sabia que você seria um problema, garoto. Desde a primeira vez que eu te vi. Não por ser quem você é, mas pela sensação que você casou em mim. Eu sei que não deveria, mas não tinha como resistir. Logo eu que sempre tive uma quedinha por loirinhos.
O seu mundo movia muito rápido e você vivia intensivamente. Talvez você soubesse desde a primeira vez que meu viu, que eu não conseguiria resistir por muito tempo. Eu era uma presa fácil. Não precisaria de muito esforço para você me capturar
Não posso te dizer quem eu sou.Mas se quiser, muito mesmo, tu pode entrar, mergulhar no meu universo particular.
''A educação transforma vidas e modifica o ser humano, na construção do individuo e resultando em uma nova geração de valores''. Amanda Melotti
Vi uma luz
Apareceu quando eu mais precisava
Fortaleceu a minha longa Estrada
Como é bom sentir você
Agradeço a Jesus
Por me dar tamanha felicidade
E digo com toda sinceridade
Como é bom amar você
Seus olhos refletiram em minha vida um brilho de esperança.
E a primeira vez em que te vi ficou guardado na lembrança.
Quando estou junto de ti não penso em mais nada.
Quero que saiba que você é realmente digna de ser amada.