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Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.
Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.
E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.
A gente fica nessa de "liga o foda-se e seja feliz" mas o "foda-se" não resolve nada. A irresponsabilidade é um abismo que te faz achar que podes voar, até se esborrachar no chão... E na boa, dói pra caramba!
É caindo no abismo que recuperamos os tesouros da vida. Onde você tropeçar, aí reside o seu tesouro.
As almas mais escuras não são aquelas que escolhem existir no inferno do abismo, mas aquelas que decidem se libertar do abismo e circular silenciosamente entre nós.
O que é o amor? Mas é muito simples! O amor é tudo o que intensifica, amplia, enriquece nossa vida. Em direção de todos os cumes e de todos os abismos. O amor é tão pouco problemático quanto um veículo. Só há como problemática o condutor, os passageiros e a estrada.
Quem luta com monstros deve se cuidar, pois, ao fazê-lo, pode se transformar também em monstro. E você se olhar durante muito tempo para um abismo, o abismo também olhará para dentro de você.
Um dia, quando for maduro o suficiente, verá que seus erros não fizeram com que você desse passos para trás, na verdade, eles te salvaram do abismo de um falso acerto que estava a um passo à frente.
Sinto que estou sozinho nesse abismo e não tenho mais salvação. Minha alma grita e chora nessa terrível escuridão.
Muitas vezes você precisa de um sopro pra cair dentro de um poço de ouro e a vida te deixa no vácuo. Agora fica na ponta de um abismo pra ver o empurrão que ela te dá.
Ambos queríamos fugir de nossos abismos. Eu da solidão e de ter alguém e ela das pessoas que a machucavam. No entanto, eu sempre me mantive nesse abismo. Tristeza e solidão sempre coexistirão em meu ser, como a maldade.
No começo, acreditamos avançar para a luz; depois, fatigados por uma marcha sem fim, deixamo-nos afundar: a terra, cada vez menos firme, não nos suporta mais: abre-se. Em vão perseguiríamos um fim ensolarado, as trevas se dilatam ao redor e dentro de nós. Nenhuma luz para iluminar-nos em nossa submersão: o abismo nos chama e nós o escutamos. Acima ainda permanece tudo o que queríamos ser, tudo o que não teve o poder de elevar-nos mais alto. E, outrora apaixonados pelos cumes, depois decepcionados por eles, acabamos por venerar nossa queda, apressamo-nos a cumpri-la, instrumentos de uma execução estranha, fascinados pela ilusão de tocar os confins das trevas, as fronteiras de nosso destino. Uma vez o medo do vazio transformado em volúpia, que sorte evoluir no lado oposto do sol! Infinito às avessas, êxtase ante as rachaduras do ser e aspiração de uma auréola negra, o Vazio é um sonho invertido no qual nos dissipamos.
Meu sorriso esconde um abismo que não indico a ninguém
Minhas palavras são doces mesmo em dias frios
Quem me perguntar como estou sempre saberá a resposta
Mas quem me conhece como sou, nem me dirige a palavra sobre essa história
As brincadeiras escondem dores
Os carinhos escondem ódio
E o silêncio esconde pensamentos...
A vida é tão imensamente vasta e profunda quanto este abismo estrelado acima de nós. Só se pode atirar um olhar a ele através desta minúscula abertura que é a nossa existência pessoal. E, por esta abertura, sentimos mais do que vemos. Por isso temos de nos certificar de que esta abertura está sempre limpa.
Queremos conhecer o amor. E temos medo de que o desejo de saber muito sobre ele nos aproxime cada vez mais do abismo do desamor.
Imerso em meus pensamentos:
Às vezes eu sinto como se eu estivesse perdido em um vasto e profundo mar, enquanto as pessoas apenas passam e observam, sem se importar, tudo que eu preciso é que alguém segure minha mão e me puxe para fora, porque a cada minuto que passa, esse oceano de pensamentos e angústias, para o abismo tenta me puxar.
"Tanto no moral como no físico, sempre tive a sensação do abismo, não só do abismo do sono, mas do abismo da acção, do sonho, da lembrança, do desejo, do arrependimento, do remorso, do belo, do número. Cultivei a minha histeria com prazer e terror. Agora, continuo com a vertigem e hoje (...), sofri uma singular advertência : senti passar por cima de mim o vento da asa da imbecilidade"
“Hoje é tudo o que temos: morangos à beira do abismo, alegria sem razões. A possibilidade da esperança”.
(Em “Sobre o otimismo e a esperança” – Concerto para corpo e alma. Página 160 – Editora Papirus – Campinas – São Paulo, 2012).