Taça
Taça
Quisera o meu amor
Ser um pedacinho de você,
Como uma taça de desejos
Transbordando de prazer...
Se me viu partindo um dia
Não pediu pra eu ficar,
Viu partido um coração
Que nasceu pra te amar.
Se um pedido eu lhe fizesse
Pediria pra ficar...
Ficar na tua vida,
Ficar pra te amar...
Mas uma coisa eu espero,
Que ao menos algum dia
O amor possa vir nos encontrar.
Edney Valentim Araújo
Eu suava frio
Como a taça que segurava
Senti calafrio
Enquanto te aguardava
Penso em você
Todo dia há tantos anos
Que te rever
Não estava nos meus planos
(Reencontro)
O amor é um copo de vidro que cai num chão de madeira; e a admiração é uma taça de cristal que cai num chão de concreto.
Viver nada mais é que esse transbordar sereno de emoções que borbulha na taça da vida; que nos embriaga de sonhos e faz o coração bater apressado, como se quisesse sair do peito para ir ao encontro da alegria. Viver é esse vício sem cura que nos arrebata sem pressa, que nos leva a insatisfação de uma só dose, faz-nos pedir um gole extra a cada novo amanhecer, quando o hábito de estar vivo nos coloca cara a cara com a magia da existência.
Bom mesmo são as horas boas e talvez seletas, regadas à música e uma taça de champanhe e um papo aberto sem doses amargas às escondidas que são colocadas à mesa ao som e sorrisos inocentes e ao mesmo tempo sarcasmos servidos com belas porções de bom humor.
Cicuta
Vejo na taça cicuta
Por precaução não bebo
Ela esperou com esmero
Paciência de ferro
Para me envenenar
Lia Kafka por admiração
Não gostava de coincidência
De uma prudência delicada
Seu riso comedido
Verdadeira faca amolada
Recitava Homero de improviso
Usava livros como correntes
Declamava sonetos gregorianos
Assim gozava infinitamente Encharcada de prazeres
Eu era a contramao, sem desejo
De todo farto conhecimento
Negava-me a curiosidade
Sem pretensão fugia
Receava chama da luz
Foram várias tentativas
Ela queria me curar
Da minha extravagante estupidez
Desesperada implorou
Antes de desistir
Fez de mim cobaia em tudo
De submisso à dominador
Ao se sentir fracassada
No plano kafkiano
Resolveu acabar comigo
Leopardo Dom
HOJE E SEMPRE
╭✿
Hoje passei batom
Calcei uns sapatos novos
Tomei uma taça de vinho
Comi chocolate preto
Sorri muitas vezes
Cantei uma música
Dancei de felicidade
Mas nada passou tão doce
Pela minha boca como os teus lábios
Como não dizer o teu doce nome... *•.¸.•*❤
Taça, vinho...
tragos,
músicas rolam, saudade.
Vejo olhos claros, longe
distantes,
sinto vozes
escuto,
vem cheiros
bate em mim desejos
escorre,
vontade de um sorriso
abraços.
Fico no ar, pelo avesso
peço abrigo, colo.
Carros passam, pessoas...
só não tu, vem!
VINHO
Escorre na taça o fim do dia
Num buquê de chuva que cai
A consciência então se inebria
Em goles de saudade que abstrai
E nesta sonolência complexa
Relaxa o sonho no tinto vinho
Quando faz a quimera perplexa
E os pensamentos em desalinho
Mergulho no meu eu, sem data
Nada encontro nem a mim mesmo
É como caminhar em virgem mata
Ou escorrer no meio fio a esmo
Tudo é início e fim de festejada festa
Nos basta: varanda, cachorro e taça
De tinto vinho, sabe-se lá o que resta
Dá-me mais vinho pois a vida passa
Luciano Spagnol
Eu desejo me estraçalhar como o cair de uma taça de vinho cuja safra seja única... pois assim o sentimento de perda seria tão infinitamente maior pelo que havia dentro do que os cacos que se fora!
Sendo assim ao me desfazer, o que eu era terá seu devido valor!
Aprendi que podemos nos entregar a todos os sabores da vida, mas devemos utilizar a taça certa e enchê-la na medida sem ultrapassar seus limites.
Bom dia e um excelente fim de semana,com as graças de Deus.
Cordialmente Azevedo
Eu não gosto de música gospel. Eu aprecio música cristã. Quem consegue discernir uma taça vazia de um cálice transbordante, sabe do que estou falando aqui!
Gênesis 44
A taça de prata no saco
1 José deu as seguintes ordens ao administrador de sua casa: "Encha as bagagens desses homens com todo o mantimento que puderem carregar e coloque a prata de cada um na boca de sua bagagem.
2 Depois coloque a minha taça, a taça de prata, na boca da bagagem do caçula, junto com a prata paga pelo trigo". E ele fez tudo conforme as ordens de José.
3 Assim que despontou a manhã, despediram os homens com os seus jumentos.
4 Ainda não tinham se afastado da cidade, quando José disse ao administrador de sua casa: "Vá atrás daqueles homens e, quando os alcançar, diga-lhes: Por que retribuíram o bem com o mal?
5 Não é esta a taça que o meu senhor usa para beber e para fazer adivinhações? Vocês cometeram grande maldade!"
6 Quando ele os alcançou, repetiu-lhes essas palavras.
7 Mas eles lhe responderam: "Por que o meu senhor diz isso? Longe dos seus servos fazer tal coisa!
8 Nós lhe trouxemos de volta, da terra de Canaã, a prata que encontramos na boca de nossa bagagem. Como roubaríamos prata ou ouro da casa do seu senhor?
9 Se algum dos seus servos for encontrado com ela, morrerá; e nós, os demais, seremos escravos do meu senhor".
10 E disse ele: "Concordo. Somente quem for encontrado com ela será meu escravo; os demais estarão livres".
11 Cada um deles descarregou depressa a sua bagagem e abriu-a.
12 O administrador começou então a busca, desde a bagagem do mais velho até a do mais novo. E a taça foi encontrada na bagagem de Benjamim.
13 Diante disso, eles rasgaram as suas vestes. Em seguida, todos puseram a carga de novo em seus jumentos e retornaram à cidade.
14 Quando Judá e seus irmãos chegaram à casa de José, ele ainda estava lá. Então eles se lançaram ao chão perante ele.
15 E José lhes perguntou: "Que foi que vocês fizeram? Vocês não sabem que um homem como eu tem poder para adivinhar?"
16 Respondeu Judá: "O que diremos a meu senhor? Que podemos falar? Como podemos provar nossa inocência? Deus trouxe à luz a culpa dos teus servos. Agora somos escravos do meu senhor, como também aquele que foi encontrado com a taça".
17 Disse, porém, José: "Longe de mim fazer tal coisa! Somente aquele que foi encontrado com a taça será meu escravo. Os demais podem voltar em paz para a casa do seu pai".
18 Então Judá dirigiu-se a ele, dizendo: "Por favor, meu senhor, permite-me dizer-te uma palavra. Não se acenda a tua ira contra o teu servo, embora sejas igual ao próprio faraó.
19 Meu senhor perguntou a estes seus servos se ainda tínhamos pai e algum outro irmão.
20 E nós respondemos: Temos um pai já idoso, cujo filho caçula nasceu-lhe em sua velhice. O irmão deste já morreu, e ele é o único filho da mesma mãe que restou, e seu pai o ama muito.
21 "Então disseste a teus servos que o trouxessem a ti para que os teus olhos pudessem vê-lo.
22 E nós respondemos a meu senhor que o jovem não poderia deixar seu pai, pois, caso o fizesse, seu pai morreria.
23 Todavia disseste a teus servos que, se o nosso irmão caçula não viesse conosco, nunca mais veríamos a tua face.
24 Quando voltamos a teu servo, a meu pai, contamos-lhe o que o meu senhor tinha dito.
25 "Quando o nosso pai nos mandou voltar para comprar um pouco mais de comida,
26 nós lhe dissemos: 'Só poderemos voltar para lá, se o nosso irmão caçula for conosco. Pois não poderemos ver a face daquele homem, a não ser que o nosso irmão caçula esteja conosco'.
27 "Teu servo, meu pai, nos disse então: 'Vocês sabem que minha mulher me deu apenas dois filhos.
28 Um deles se foi, e eu disse: Com certeza foi despedaçado. E, até hoje, nunca mais o vi.
29 Se agora vocês também levarem este de mim, e algum mal lhe acontecer, a tristeza que me causarão fará com que os meus cabelos brancos desçam à sepultura'.
30 "Agora, pois, se eu voltar a teu servo, a meu pai, sem levar o jovem conosco, logo que meu pai, que é tão apegado a ele,
31 perceber que o jovem não está conosco, morrerá. Teus servos farão seu velho pai descer seus cabelos brancos à sepultura com tristeza.
32 "Além disso, teu servo garantiu a segurança do jovem a seu pai, dizendo-lhe: 'Se eu não o trouxer de volta, suportarei essa culpa diante de ti pelo resto da minha vida!'
33 "Por isso agora te peço, por favor, deixa o teu servo ficar como escravo do meu senhor no lugar do jovem e permite que ele volte com os seus irmãos.
34 Como poderei eu voltar a meu pai sem levar o jovem comigo? Não! Não posso ver o mal que sobreviria a meu pai".
Juras de morte
O amor bebe em minha taça.
Senta à minha mesa.
Não antes de adocicar minha bebida
Predileta
E temperar minha comida
Com pimenta malagueta.
Que arrebenta em ardor
De fogo que acalora tudo em volta
De mim.
Meu corpo e minha alma
E brinda à minha medida
De alegria. Enorme.
Esquenta a minha voz
Quando canto solto fagulhas e
Brasas incandescentes.
E fico nesse êxtase por que
Não me dá trégua.
Refugia-se em meu leito
Refestela-se em minha cesta
Tem nome e sobrenome
Impressos na página da minha vida
Em letras garrafais.
Fiz pacto de sangue
E juras de morte com o amor
Assim:
Ir embora daqui quando ele se for
De mim.