Sutil
Em um instante, tão sutil quanto um desabrigo emocional, uma tempestade interna se abate sobre nós, tal qual a chuva que chega de forma repentina. Parece que essa tormenta, momentaneamente, se estabelecerá em nosso ser, e nos vemos perdidos entre inúmeras placas e sinais que pontuam o caminho da nossa vida, uma jornada que, por vezes, nos deixa sem rumo certo.
Ao encarar meu reflexo no espelho, deparei-me com um rosto que já não reconhecia, como se o tempo tivesse esculpido suas próprias linhas em minha história, deixando marcas indeléveis. Cada ruga contava uma narrativa, clara e intensa, um testemunho da trajetória que percorri.
A pressa do tempo, impiedosa, escapa das minhas mãos, e em cada minuto que se esvai, sinto a urgência de compreender, de resolver, de mergulhar nas águas turvas das minhas emoções. Anseio por uma fermata, um momento de pausa, no qual o tempo se curva à minha vontade, permitindo-me refletir, respirar, existir para além da corrida desenfreada.
É nesse instante que decido deixar para trás os medos e as armas que carrego. Como quem abandona um fardo pesado, libero-me das amarras que me impediam de caminhar mais leve, mais livre. É uma escolha consciente, uma renúncia ao peso desnecessário que, por tanto tempo, carreguei sobre os ombros.
A melodia dessa existência, inspirada nas notas da vida, conduz-me a uma nova sinfonia. Clarice Lispector, com sua perspicácia, diria que, ao deixar para trás os medos e as armas, encontro uma forma de reconciliação comigo mesma. É como se, ao abandonar as adversidades, eu me permitisse viver de forma mais autêntica, mais verdadeira.
Assim, na cadência desse desapego, deixo que as armas do passado se transformem em vestígios distantes. A chuva da vida pode ser intensa, mas, ao escolher enfrentá-la de peito aberto, encontro a coragem de seguir adiante. A cada passo, construo uma melodia única, moldada pelas experiências, e descubro que, ao deixar para trás medos e armas, abro espaço para a música suave da libertação e do autodescobrimento.
A música é poderosa e sútil, mansa ou devastadora. Ela toca onde as palavras nunca encontrará o caminho.
Yakuzamoon JWSPC
A hipocrisia é um veneno sutil, não apenas por aconselhar práticas que o hipócrita não segue, mas por acreditar genuinamente na própria felicidade ilusória. É uma máscara que obscurece a verdadeira essência, uma farsa internalizada que perpetua a ilusão de contentamento. A ironia reside na crença sincera dessa falsa harmonia, uma autoenganação que obscurece a necessidade de uma busca autêntica pela verdadeira felicidade. Desvendar essa máscara exige coragem, um olhar penetrante na alma, para reconhecer as fissuras entre as palavras e as ações, e, finalmente, buscar uma congruência. Em nossa jornada, a remoção da hipocrisia é um ato de libertação, abrindo caminho para uma verdadeira e profunda realização.
“O poder da Fé é infinito, é sutil, pois nos permite crer no inacreditável, ver o invisível, ouvir o inaudível, perceber o imperceptível e realizar o impossível. Através da Fé nos conectamos diretamente com DEUS, Onipotente, Onipresente, Onisciente! Eis o mistério da Fé!”
A fidelidade é algo muito sutil. Ela se mostra nas pequenas coisas, pequenos gestos, pequenas atitudes. Vai além da ação. Se reflete nas entrelinhas das palavras e das ações.
SOBRE O AMOR
Dizem do amor,
que é sutil, singelo e gentil
outros que é força descontrolada
raio-x da alma, marcador perfeito
de tempo e espaço.
Digo do amor, do pobre e do rico
que ele não se mede nem se compra
e que não há maneira mais extrema de ser miserável
para aquele que não amor,
nem foi de alguma forma amado.
Evan do Carmo
Tudo faz parte de um processo evolutivo. Provar o doce beijo da traição. O falso toque sutil da sedução. A vitimização tentando viver através das palavras. O pecado vive entre os dois mundos, carne e espírito.
Floração poética,
Mais amor do que emoção,
Rosa imortal em esplendor,
Assim sutil me apresento,
Cubro-te com o meu amor,
- o maior sentimento
Pinto a nossa constelação,
- íntima e luminosa
Descoberta e estrelada,
- autêntica
Floração em movimento,
Uma contemplação mútua,
- ao extremo
Do pico do amor tremendo.
Floração extremada,
- externada
Consentida, indiscreta
E assanhada...
Floração perfumada,
- e apaixonada
Por causa dessa paixão
Secreta que tenho por você.
Faço da minha rebeldia, um desafio sutil. É uma forma colorida para fazer-te diligente e que me tomes por tua, e me faça obediente.
Os ares da poesia do sertão, Fazem brilhar os meus olhos, Para alguém que carrega um sutil poder de sedução.
Para você oferto
o sutil poema
da Via Láctea,
todas a vezes
que estou
perto ou longe
do que nos afasta,...
Quando a Lua
se ergue diante
da tua fronte
que é o Universo
avistado no alto
de um monte
e que reflete
nos bosques;
Apesar deste
tempo ruim,
tenho todas
as razões
para te adorar
nestas noites
que você está
para chegar,...
Só quero que
saiba que
todas as cenas
sempre são
e serão motivos
para a tua imagem
jamais se apagar.
Bem no meio
desta multidão
você conseguiu
me encontrar
e com mágica
conseguiu sutil
se aproximar,...
Com um clarão
imenso no olhar
que parecia até
o luar a me beijar
até agora contigo
estou relembrar
o nosso arrepio,
Vindo na minha
direção devagar
dançando dois
passos para lá
e dois para cá,
fez o meu peito
por você disparar,...
Com este sorriso
discreto de lado,
cheio de charme
e esbanjando
toda a tua hipnose,
você conseguiu
fácil me carregar,
Minh'alma anda
cantando por paixão,
encanto e loucura
essas voltas que
a vida sempre
anda nos dando,
e por mais que
a gente se esforce
não há como discretar.
No fundo sei
que será
preciso fazer
quase nada
para te trazer,
E ser a sutil
transgressão
que fará você
abrir mão
da tua rotina
e tirar os teus
pés do chão,
É questão
de tempo
porque
coragem tenho,
Você é
astronauta,
e eu um
autêntico foguete.
É unidade
de fluxo
magnético
e atração,
porque
sedução
de sobra tenho,
e para o ser
o teu fraco
de longe eu venho.
Noites de Lua,
de proezas,
loucura
e sideração:
de olhos fechados
você dará a tua mão,
cairá no meu colo
e me dará o coração.
Tenho nas mãos
a sutil pérola
do teu divino amor
em oceano,
sei que sou o teu
mais audaz plano.
Nos lábios silencio
a secreta canção
que leva o teu nome,
por ti firmei acordo
com o tempo
muito além do hoje.
Como se desbrava
uma eclipse penumbral
é o quê de ti peço
num deslumbramento
total diante de uma
galáxia em espiral.
No cair desta noite
ao ouvir os sinos
só me veio uma
única sentença:
na vida o amor
é o quê compensa.
Há flores de Gaza
nos meus cabelos
em tempo de trégua,
Não me distraio
nem por sutil enleio;
A paz faz morada
em mim e forajo
de todo desnorteio.
Para receber o teu
amor me preparo
a todo momento,
Faltam poucos dias
para a Lua Cheia
e você ainda não veio,
Sim, pétalas foram
levadas pelo vento;
Que não nos surja mais
outro mau engendro
te quero com exagero
e espero além do tempo.
Todos os dias
como tua devota
em cerimônia
íntima acendendo
a sutil lamparina
nos seus caminhos
para que a paixão
e toda a poesia
existente no mundo
façam por ti o quê
a distância não
tenho como fazer;
E cada romântica
linha por ti seja lida
sem pressa porque
cada uma confessa
a História de Amor
que o Universo
começou a escrever.
Aprecio o seu jeito sutil,
discreto e determinado,
Percebi que as nossas
mentes se combinam,
Sei ler os teus apelos
porque para mim não
existem teus segredos,
Sob a sombra desta
Aroeira-Pimenteira
eis o invencível poema
sobre o amor inevitável.