Susto
"O que é mesmo viver? Esqueci-me da calma. Ela é uma criança que chora. Um susto da existência do que fui. Uma claridade, a realidade, do que agora eu sou. Minha alma antagonista venceu o corpo. Corpo que nunca foi meu."
"E se perdeu dentro de si mesmo,
na escuridão daquilo que nunca conheceu.
Susto apavorador!
Grita até hoje, se procurando.
Nunca se achou.
Foi enterrado dentro do eu de si mesmo, junto àquilo que nunca quis saber de si mesmo..."
Resta-me dizer que, de Charles Richet a Feyerabend, de uma época a outra, o inabitual tece um susto acadêmico; e o que dizer atualmente, se o susto ainda existe?
(Do texto "O inabitual como susto: De Feyerabend a Charles Richet")
Vejo seus olhos me observar
A cada passo que dou
Um desvio do teu olhar.
E quando num susto
Dá-se o encontro do olhar
Tão rápido os fecha,
tentando disfarçar.
Susto, surpresa
Enjôos, desejos
Barriguinha se exibindo
Primeira ultrason
Será menino ou menina?
Infinitas dúvidas.
Papos de mãe pra mãe
De filho pra mãe que responde com chutes na barriga... nove meses ansiosa para ver o rostinho, abraçar e na torcida para que ele seja um bebê calminho, que não chore muito e que não a deixe em estado de exaustão (você pediu pode confessar ).
Depois de enfim conhecer as dores do parto, chegou o momento de vê - lo, procurar semelhanças, de sentir muito muito amor e nem irá imaginar a vida sem este ser pequeninho, espaçoso que tomou conta da sua vida com fraldas, bicos, madeira, choros etc etc.. Depois da primeira fase vem a educação, de saber orientar, de dizer não na hora certa, de ser amiga porque mãe amiga é tudo de bom.
Feliz dia das mães!
Eu tomei um susto ao ver a foto daquela menina. Meu peito ficou gelado e o coração parecia não ter mais controle.
Eu não tinha outra vontade, a não ser, conhecê-la. Ou de alguma forma deixar meu mundo mais bonito, em ouvir um olá, saindo daquela boca pequena.
Depois de ser agraciado com o olá, ela acalmou aquele coração que batia fora de ordem. Ela conquistou cada centímetro ao meu redor. Conquistou ao ponto de parecer estar presente em todos os momentos do meu dia.
A delicadeza de uma borboleta, a simplicidade de ser real e as palavras acalentadoras de uma mulher. Uma mulher de verdade.
Eu, que sempre procurei ser real, agora me deparo com a verdade em pessoa. Ela não precisa se esforçar. Conquista cada pessoa somente olhando - com suas grandes janelas da alma.
Ela havia me dito que não tinha palavras, muitas vezes. Mas nem precisa, moça. A vida fala por si só. Seus olhos e sorriso, falam por si só.
É um privilégio, te ter aqui.
Também me conta que é atrapalhada... Mal sabe ela que foi meu peito que ficou embaraçado.
A vida é mesmo um grande segredo.
Num susto a gente morre.
Então porque não viver tudo que se tem para viver?
Acho que a felicidade é uma espécie de susto; quando você vê, já aconteceu. Ela é justamente uma construção pequena de todos os dias. É como se estivéssemos fazendo uma casa que, a cada dia, precisamos fazer mais um pouquinho. A felicidade não é o resultado da ‘casa final’, mas a alegria de saber que você a está construindo. É isso que nos faz felizes. Muitas vezes, nós não nos sentimos felizes porque compreendemos que a felicidade é um destino final, mas não o é; é o processo que nos realiza.
O que é a vida?
A vida é um grito, um susto, um choro e um abraço...
A vida é um mito, um sonho, um cansaço...
A vida é um espanto, um canto, uma uva...
A vida é um odor, um perfume, um fedor e um medo...
A vida é um vento, o amor, o ódio e uma fome...
A vida é um gosto, um cheiro, um toque e um desprezo...
A vida é um riso tímido, um sorriso largo e um gosto amargo,
A vida é onde a música tocada, comanda os ritmos dançantes...
Ironicamente nosso primeiro choro nada mais é que um grito de morte. O susto é inevitável ao dar de cara com a morte assim tão "cedo".
Nesse intervalo imantado entre vida e morte acontece uma coisa bonita que a gente chama de sonho. Uns o vivem só dormindo, outros somente acordados. Mas, há alguns privilegiados que vivem esse sonho lúdico dentro do seu próprio sonho.
Sem medo da verdade, sem susto com a idade.
Sem maquiar as rugas nem as rusgas.
É hora de ser frágil como o passar do tempo.
Sem nenhum lamento de ser ou de estar,
Ou de não ser, nem de estar.
Por isso mesmo, tem que ser forte,
desafiando a morte, até a morte chegar.
Tudo passa. Até as traças.
Tudo passa, até as desgraças...
Tudo passa.
Menos as graças.
Viver dói
Viver dói.
Existir, nem tanto.
Já a morte é só um susto.
Bancar o herói?
Fingir não ter espanto?
Que suporte então o custo.
Querer corrói.
Cede ao toque do encanto
Mesmo quando se é justo.
Desejar me mói.
Me destrói o tanto quanto
Até que encontro o que busco.
Diante de certas coisas, levamos um murro na cara e um estalo. Percebemos num susto o quanto a vida é frágil, rara, única, que daríamos tudo pra voltar um dia atrás, ou alguns muitos dias atrás, que a maioria das coisas que pensamos ou nos preocupamos é tudo bobagem, que o essencial muitas vezes passa despercebido...que fazemos planos englobando coisas banais, e que raramente fazemos o que queremos por medo, ou insegurança de simplesmente VIVER. Ser autêntico. E quando vemos passaram-se muitos dias. Estamos sempre acomodados no presente, imaginando um futuro melhor, e dias melhores.
Mesmo nesses momentos, na maioria das vezes o máximo que fazemos é postar no facebook nossa descoberta e percepção pela vida. Mas ela segue, e muito igual como sempre.
APENAS UM SUSTO
Hoje chutei a beleza que na penumbra da noite veio voando para me ver; mas claro, não foi de propósito tal intento.
Eu explico: ao fazer-me a visita-surpresa, eu não havia percebido que ela estava no piso amarelado da sala de estar.
Sempre fui fascinado por esses belos seres alados.
Já meio escuro, achei que era um resíduo qualquer e a toquei com o pé; mas, olhando com mais atenção vi algo a se mexer, era uma linda borboleta. Meio tonta, só podia movimentar-se com as pernas e, estava tombada para um dos lados devido ao choque.
Mas por sorte, não o havia machucado com tanta gravidade assim; como achava a princípio.
Ufa!... Ainda vivia!
Apenas um incidente sem maiores danos!
Pedi desculpas a ela, pelo ocorrido. E a peguei com muito jeito e carinho para que, não se desintegrasse em minha mão.
Compadecido a levei para o quintal de casa e a coloquei num galho verde de uma palmeira nova, para recobrar os sentidos.
Foi um sucesso esse meu gesto! Depois verifiquei que ela já abria e fechava suas asas normalmente!
E só pensava em seguir sua trajetória de embelezar a vida!
Então, conjecturei: talvez, não a verei jamais... Mas, com certeza alçará voos de liberdade novamente, e encantará outras almas sensíveis mundo afora.
05.10.15-
SUSTO DE AMAR
Por ser tão acostumada a controlar meus sentimentos, e/ou até mesmo nunca conseguir senti-los por completo antes... Assusta-me cada vez que meu vício por ele aumenta. Sendo tão especial, único e sem eu fazer esforço pra isso. Pela primeira vez eu não fiz um acordo interior, de "Vamos nessa, vamos tentar, pode valer a pena, se esforce". Meu coração nunca se contentou com isso, mas sempre pareceu mais seguro, então obedecia. E nunca, ninguém tinha conseguido mudar isso. As palavras bonitas aleatórias não atravessavam minha armadura, entravam pelos meus ouvidos como uma chave na fechadura, que ao contrário de como muitos podem interpretar (de uma forma que completa) eu sempre sentia como uma rotina para um ato constante de abrir e fechar, com benefícios alheios.
Nada parecido de como absorvo cada letra que sai da boca dele, de como sinto até aquelas que nem sequer foram ditas. Da profundez que me atinge, da intensidade que me transborda. Isso me faz enxergar uma certeza enorme de tudo o que me faz estar vivendo o agora. De como toda a proteção se envolveu, e ao invés de evitá-lo entrar... O tornou protegido. Passei dias mergulhando na dúvida, pensando na razão, no porquê, e no fim todas as perguntas eram caladas pelo brilho do seu olhar.
Agora eu já nem sei como definir. As palavras confusas que sempre martelaram na minha mente se tornaram tão leves, que se perderam ao flutuar no céu da minha boca. Hoje sinto o peso apenas das certezas. Não como um peso chato que tenho que carregar, mas que me mantém firme ao chão vivendo esse sonho real.
E é tão engraçado ao recordar das corridas cansativas que me ocupavam antigamente, enquanto hoje caminho calmamente ao lado dele. Sem nenhuma pressa de alcançar a linha de chegada, pois a única coisa que importa é chegarmos juntos. Além de que cada passo no compasso é uma vitória. Como cada degrau que nos ergue, nessa escada sem fim é tão paralisante quanto cada beijo roubado em momento inapropriado.
O que é diferente do que estamos acostumados pode parecer estranho e/ou assustador, mas quando for o melhor a ser seguido você vai sentir. No meu caso, o susto de amar, me fez ter medos até eu perceber o quanto ele foi feito pra mim; ao me causar as melhores sensações, os mais prazerosos sorrisos e ao invés de tentar quebrar minhas defesas, as fortalece.
E eu me sinto tão bem assustada, digo, tão bem feliz. Inovando os conceitos do meu coração.
Segunda-feira
é dia de espantar a poeira
dar um susto na pasmaceira
e iniciar a semana da melhor maneira...
Era cedo, mas o coração caducava em caminhos tortos. Uma expressão incompreensível. Um susto. A vida em silêncio, lenta. Agora causava uma inquietude, o riso quase saltava naquela agonia de nada fazer. Esperando um pouco do que não tem e dividindo um pouco do que teme. Ainda se tivesse na alma o que não tem no rosto. O rosto marcado com pontas de faca de um tempo que ela não lembra, pois dormia. Poderia ter pincelado o coração com cores, mas nem mesmo isso pôde fazer. Um coração feito um oco e um rosto de um doente.
Lene Dantas
http://www.lene-dantas.blogspot.com.br/2013/06/passos.html
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