Sustentabilidade
Sinceramente, acho que sustentabilidade é uma desculpa pra ser pão-duro. Eu, por exemplo, não economizo energia pra salvar o planeta. É pra salvar meu bolso.
Todos têm o direito de ir e vir, desde que estejam em condições legais - de sustentabilidade e de responderem por si - caso contrário, perdem esse direito.
O que é lutar pela sustentabilidade? Sair nas ruas em passeatas de bicicleta sem roupa ou trajando se de comida? Francamente não acho que ideias que afrontam os princípios morais vão resolver alguma coisa.
A SUSTENTABILIDADE NO AMOR PARA UM FELIZ 2013
Outro dia ouvi de um amigo a seguinte pergunta: “O que é coerente comprar a embalagem e levar o conteúdo, ou comprar o conteúdo e levar a embalagem?”
Fiquei um pouco confusa, mas respondi que a segunda opção certamente seria a mais coerente. Mas depois ao meditar sobre o assunto, percebi que talvez isso não fosse uma verdade absoluta. Porque eu não posso comprar um produto pela embalagem e ficar satisfeita com o mesmo? Isto é claro deixando de lado a questão da utilidade, jamais compre o que para você é inútil. Sim eu posso ler o rótulo!!! Isto é incrível!
Daí fui ponderando todos os aspectos que para mim seriam relevantes e cheguei as seguintes conclusões:
1- Ambos são importantes, e ainda que a embalagem seja descartável, ela pode valorizar e muito o seu produto, mas de nada adianta uma embalagem atrativa com um conteúdo inútil: Invista em ambos para o sucesso absoluto!
2- Se gostou da embalagem, leia o rótulo para não gastar seu tempo com algo que não lhe servirá pra nada, é melhor gastar um tempinho antes do que perder um tempão depois e ainda tirar a oportunidade de alguém que realmente procura aquele conteúdo. Todas as mulheres tem rótulo!
3- Conheça o produto que quer adquirir e caso a embalagem não seja o suficientemente atrativa para você, invista nela, sugira melhorias, crie, inove faça ela saber o quanto é essencial seu conteúdo e verá que irá melhorar e muito a embalagem.
4- Nunca, jamais, em hipótese alguma julgue o conteúdo pela embalagem, você pode se frustrar. Tanto uma boa embalagem pode ter um péssimo conteúdo ou vice e verso. Conheça sua necessidade, depois procure o que a preenche!
Homem:: NÃO DESTRUA O QUE A MULHER TEM DE MELHOR! SEJA SUSTENTÁVEL, VALORIZE O QUE DEUS CRIOU ESPECIALMENTE PARA VOCÊ. LEMBRE-SE QUE ASSIM COMO NA NATUREZA, VOCÊ TEM A ESCOLHA DE SER OU NÃO SUSTENTÁVEL!
Mulher:: SEJA EXIGENTE, OFEREÇA O MELHOR PARA O SEU PARCEIRO. INVISTA EM UMA EMBALAGEM SUSTENTÁVEL SEM PERDER A QUALIDADE DO CONTEÚDO. NÃO SE VENDA POR TÃO POUCO, NEM SE DÊ GRATUITAMENTE. VOCÊ TEM O PODER DE DETERMINAR QUAL O SEU VALOR!
Só consuma o que você precisa, a sustentabilidade de nosso planeta depende de um consumo consciente e responsável.
Eu finjo também que penso, quando na verdade eu bem mais que desejo, a sustentabilidade das palavras, não me refiro a estruturas espirituais, de ética ou moral. Preciso que cada palavra que escrevo se transforme em roupa, comida, o recibo do meu pagamento do aluguel de fim de mês.
Sustentabilidade: É quando aquele homem lindo, gostoso e inteligente nunca namora para poder evitar o desperdício de ficar com uma mulher só.
A sustentabilidade insuportável de uma nação insustentável.
Essa da sacolinha foi o fim da picada!
Podem vir os que se dizem gestores ambientais dos ambientes brasileiros quererem explicar na tentativa de justificarem essa tomada. Vai ser uma argumentação infindável, como todas as que não saem do papel quando se trata de investimento Estadual.
Está claro, infelizmente não para a massa ainda, que isso não passou de imposição de uma ação que leva a remuneração aos cofres públicos através dos super, hiper, ultra e mega mercados.
Que sacada hein! A sacolinha nunca teve tanto valor...
Tudo bem... Concordo que isso vai contribuir para o meio ambiente em longo prazo. Mas e quanto ao que irá realmente fazer a diferença... Quando vão transformar em leis? Quando irão pensar em fazer funcionar? Estou aqui me referindo a engenhosos projetos e não nas grandes ideias de recém-formados.
As pessoas reaproveitavam as sacolinhas! Elas eram muito úteis! Tanto que agora teremos que comprar sacos de lixos, aqueles pretos, vendidos em todos os estabelecimentos, nos tamanhos: pequeno, menor ainda, médio, grande e gigante, mas se você precisar um de cada vai ter que comprar um pacote de cada tamanho, com preços que cabem no seu bolso, ou melhor, no seu lixo! Ou então, comprem as sacolas ecologicamente corretas (ai que palavra bonita!) ou as Ecobags (para americanizar um pouco... que luxo!). Ou ainda, por apenas R$ 0,20 a unidade, adquira a sacolinha de amido de milho. Vai ter gente comprando essas sacolinhas pra comer, em vez dos grãos, pelo menos a digestão deve ser tão rápida quanto sua decomposição no meio ambiente. Eles podiam imitar os americanos não só nas palavras como principalmente nas atitudes.
Os “environmental managers”, ou gestores ambientais americanos, são bem mais profundos e eficazes nas estratégias de efeitos ambientais. Por essas e outras são eles cidadãos de uma nação de primeiro mundo. Enquanto nós aqui, neste Brasil “varonil”, vivemos numa desigualdade social escancarada e num desenvolvimento econômico miserável, por conta dos nossos líderes “varões” que visam o crescimento individual através de uma política que não é autossustentável (já que é sustentada pelo povo).
Já pensou se os ovos não tivessem suas embalagens? Como você levaria para sua casa – sem quebrar – uma dúzia deles? Mais fácil criar galinhas em casa. Seguindo essa mesma visão, como compraríamos shampoo? Pasta de dente? Refrigerantes? E tantos outros produtos que necessitam embalagens plásticas ou “incorretamente ecológicas”...
Para as madames que a rede Globo mostrou com louvor indo às compras e usando as suas super Ecobags, ok! Dinheiro cai do céu para elas. Mas e para a classe médio-baixa, como vai ser? Isso a Globo não documentou. Pessoas que madrugam para pagarem seus impostos e muitas vezes fazem milagres ao acrescentar itens alimentícios mais saudáveis em seus carrinhos... A população pobre, a grande maioria dos brasileiros, passa fome! E agora precisam comprar uma sacola ecologicamente correta se não quiserem carregar o alimento de suas crianças debaixo do braço, sob suas cabeças, fazendo malabarismos em nossos “confortáveis” transportes públicos. Isso é ecologicamente correto?
Brasil: “...Dos filhos deste solo és mãe gentil...”. Isso se o brado retumbante fosse, de fato, de um povo heroico.
Em tempos de tanta conscientização sobre a sustentabilidade do planeta há de se dar igual importância a reciclagem da ação do ser humano no que se diz respeito ao seu semelhante, a falta de amor ao próximo pode não destruir o planeta, mas com certeza pode destruir a humanidade!
A arte joia assinada do seculo XXI vem buscando a sustentabilidade. Seja por materiais inovadores não utilizados ate hoje pela escola da joalheria clássica ou pelas escolha de metais, minerais e gemas originarias de fontes que respeitem os direitos humanos, os direitos trabalhistas e a ética perante o impacto ambiental resultante da extração natural. A reciclagem no uso de materiais já utilizados em joias antigas, também pode ser considerado como uma criação de arte joia sustentável por mais que agora apareça com um novo termo,o upcycling. Outra tendencia mundial que acompanha a busca da arte da joalheria sustentável são os novos modelos de inclusão social na industria criativa joalheira. Mesmo que muitas vezes o resultado final desta cadeia criativa, sejam obras com valores milionários, nada impede e mais que isto, sugere que vários passos deste processo criativo sejam feitos por trabalhadores humildes, ou moradores em situações especiais e mesmo portadores de faculdades e habilidades especiais, contemplando o oficio na cada vez mais diversificada e sustentável mão de obra.
Assim como a Sustentabilidade não é compatível com a pobreza, também não é compatível com País corrupto que cobra autos tributos até sobre a classe recicladora.
Nós, indígenas, somos a prova de que a sustentabilidade não é apenas responsabilidade governamental.
“No ápice da sua ignorância, o homem desconhece o que é viver com sustentabilidade. Pois a cegueira da ambição, o impede de apreciar a vida, ao ponto de destruir a fonte do próprio oxigênio, ao romper, numa atitude irracional, os limites da natureza.
Preservá-la, é reconhecer a importância da existência Através da reciclagem de pensamentos, para que idéias voltadas para a vida, Germinem num terreno onde queimadas, desmatamentos, poluição dos rios, mares... É uma realidade tão cruel... Que as reações da natureza, salientam a sua fúria contra a raça humana”.
Viver em sustentabilidade é usufruir o que se tem hoje sem prejudicar as gerações futuras. Seja sustentável!
Nunca chegaremos à sustentabilidade com população crescente, nem mesmo conseguiremos proporcionar qualidade de vida e outros bens essenciais, pois quando se consegue chegar aos mais necessitados já há outros necessitados que nasceram dos primeiros, numa sequência sem fim que caminha para a total destruição dos recursos naturais e da biosfera.
Ciclismo: mobilidade e sustentabilidade
Em um período histórico contemporâneo, que clama por sustentabilidade, não somente no âmbito das questões ambientais, mas principalmente sociais, pondero como relevante a questão dos meios de transporte. A bicicleta, a meu ver, é um meio de transporte, fonte de lazer e instrumento de práticas esportivas profissionais e amadoras; por tais atributos, a considero preponderante para contribuir como um ícone de mobilidade com sustentabilidade, focando a promoção da saúde pública e a reversão do processo de superlotação das vias públicas por parte de veículos automotores, bem como do comprometimento da vitalidade atmosférica em decorrência dos gases poluentes emitidos pelos tais.
A argumentação preambular se interrelaciona com duas fontes de informações, citadas no post scriptum, que abordam a questão ciclística e são expressivas no sentido de contrastar dois caminhos de duas localidades paulistas distintas, constituídas por suas peculiaridades mas com filosofias práticas de sustentabilidade destoantes e desproporcionais. A cidade de Campinas, pujante, desenvolvida, arborizada e expressiva metrópole interiorana paulista dispõe para sua população, composta por mais de 1,2 milhão de habitantes, de aproximadamente 15,7km de ciclofaixas e 4km de ciclovias... números incompatíveis com o porte e o perfil da cidade. Já Sorocaba, cidade paulista de menor porte, mas que tem postura ideológica de sustentabilidade efetivamente presente em grande medida no cotidiano do município, partindo da esfera social e encontrando acolhida no âmbito político-administrativo. Há de se considerar o princípio da isonomia, tão celebrado como pilar constitucional, afinal, os ciclistas também têm direitos de utilização das pistas de rolamento, das quais atualmente praticamente só motoristas de veículos automotores podem desfrutar...
Minha concepção sobre as questões de sustentabilidade e saúde pública também está evidenciada no artigo intitulado "Investimento Alimentar" e no projeto "Refluxo Migratório", ambos constantes em meu perfil do Recanto das Letras, no Facebook e neste livro. Portanto, intertextualizando a presente argumentação, convido o leitor engajado na causa ciclística, a refletir e externar junto às autoridades suas ideias, ideais e anseios por localidades melhor estruturadas em mobilidade.