Suspiros
Sou bruma do tempo que se entendia,
meia noite e amplo sorriso puro temor,
entre ares suspiros entre mares amor,
desato linhas em auge ao bem querer,
amates fora a linha dos tempos meros,
linhares de ares és temperes a capela,
sinos soam puras almas que une no ar,
réplicas em suplicas mais do que surgi,
andaste sobre abruptos estantes que á,
em centelhas d' paixão folgaz serpente,
suspensos nas obras do ocaso parador,
residiu tão profundo e a tais nas orbitas,
retruco lamuria em vultos digno o amor.
Arrancou meus suspiros!
Despertou em mim tristezas.
E na sua forma mais devastadora, despertou o meu amor.
Agora sofre o meu pobre coração.
Quero um amor que me cause suspiros e emoções, sem temer o passado e sonhar com o futuro e sim viver apenas o momento.
QUERO ❤
Quero beber-te em lágrimas
Desenhar-te em suspiros
Respirar nas veias toda a graditão
Para adormecer contigo nos sulcos dos olhos
Na ausência entre os desertos de amor
Das conversas sem sono de breve cor
Erva seca pisada sem temor
Que adormece comigo ao meu redor
Na quietude sentida no amargo ar
Despir-me de ironias ou júbilos
Para me agarrar a ti sem fingimento algum
Num delirante desejo que sinto por ti
Adormece comigo para te beber de amor
Como se de um bom vinho se tratasse
Desenhando no teu corpo todo o meu fulgor.
Mulher não trai,
ela é vitima de emoções e suspiros que aprisionam seu coração e faz refém seu raciocínio.
Te olhar me arranca suspiros
deixando-me sem palavras,
mas com uma imensa vontade de falar com os lábios colado nos teus.
A RUA
Não era itinerário nem outra nova direção
Suspiros! Calor no cerrado. Lembrança
Aqui havia uma rua, casa em demolição
O tempo era maior. A nostalgia uma lança
Tantos são os mortos na minha indagação
O tempo roendo a recordação, em dança!
E nas casas, impregnada de tenra poesia
A saudade, e não mais havia vizinhança
Tudo em ruína, mais nada dizia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, dezembro
Cerrado mineiro
'REESCREVER'
Lápis à mão caído
Folhas supérfluas penduradas
Roteiro no ar
Suspiros de incógnitas...
Mãos entrelaçadas
Alma apertada sob a escrivaninha
Desesperada à procura
Pauta desvairada...
Linhas tortas gritam desespero
Reescreve-se erros
Versos nada explícito,
gritam calados...
Como as canções caídas
Navegando janelas
Percorrendo ruas desertas
Ausentes de sentidos...
Deserto está o coração
reescrevendo destinos
Sem saber para onde os caminhos se vão
Poemas reescritos ao chão...
CHUVA (soneto)
Chove lá fora. O meu peito também chora
São suspiros de velhos e eternos pesares
Da alma que desapegando quer ir embora
Uma tristura que diviso, repleta de azares
Chove... Que agonia se percebe de outrora
Ah! Quem falou pro agrado voar pelos ares
Em preces de ira, com o chicote e a espora
Deixando as venturas laçadas pelos alares...
Chove lá fora. Minh’alma também aflora
E eu sinto o que o cerrado também sente
O pingo quente, e abafada a aflição afora
E esta tal melancolia que no temporal uiva
Tão impiedoso e ruidosa, que vorazmente
Tem a sensação: - choro! E chove chuva!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
TRÊS
Três palavras, três suspiros
Três estrelas, cinturão de Órion
Três vidas, três canções
Três amores, vastidão
Três por quatro, três, quatro, cinco, seis, sete...
Nu quarto...
Três motivos, três centelhas
Três divinos, "trés bien"
Tríade perfeita, do sim, do não e do ser
Três quatros estações
Três letras : AMO!
Três anos de homogêneos pensamentos
De alguns poucos tormentos
De azul no firmamento.
Feliz sou por ser seu
Três mil vezes, três mil cantos
Três anos luz!
À Tais Nader, com todo amor que há em meus nada quietos, corações e mentes!
Pontuações
Interrogações nem sempre tem respostas
Vírgulas escondem suspiros
Reticências guardam infinitos
As pontuações me ensinam:
Às vezes é preciso silêncio.
Cada dia que te via
Quantas lágrimas sorviam entre nós
Tu enxugavas os suspiros
do teu choro de menino
num blusão preto encardido
ou na ponta dos lençóis.
Eu te abraçava forte
entre o peito e o colchão
acho que eu absorvia
cada lágrima vertida.
Tuas lágrimas rodavam
a engrenagem do meu coração.
Ah, meu Deus! Eu não sabia
que a matéria prima eram lágrimas e dor.
O nosso amor (quem diria!) que pudesse terminar
com um sorriso de alegria.
NO SILÊNCIO
Em nossa longa conversa
Você com seus silêncios
Eu com meus suspiros
Parece que tudo foi dito
Sem ser preciso palavras.
Em nossa longa conversa
Os olhares disseram
Tudo o que a boca se negou pronunciar.
É bom para o espírito aflito, suspiros e respiros, tanto um quanto outro,
Penso, gritos de silêncios acumulados
Serão brados mais bravos...
assim me explico e me preciso
quais loucos gritar de prazer e acordar o coração num surto
morrendo de dor, achar forças para gritar e reagir à tantos sustos...
depois se embrenhar no silêncio renovador da alma e sorrir é justo.
Que venham as sutilezas da alma, as levezas do coração, os sorrisos fáceis, os suspiros longos, os abraços demorados, as palavras ternas, os gestos de carinho. Que venha tudo que acrescenta e soma e o que subtrai que o vento leve.
trago flores
pra bendizer o amor
pra arrancar suspiros
encher os olhos de cor
vermelho paixão
o que sente o coracao
beijos na alma!!!
relógio que conta
os últimos 5 minutos
de suspiros
de entrega
de atraso
de felicidade
de lembrança
de loucura
de tristeza
de paixão
de alegria
de sono
de amor
de tolerância
de paciência
de terror
de bobeira
de tentação
de tortura
de amargura
de aprendizagem
de vida
e assim vamos em busca do Alto
passamos a viver nas alturas
sentir saudades e lonjuras
sentir desejos e tonturas
sentir amor e fazer loucuras
e das vertigens, a fé me cura
enfim abro as janelas da alma
e do coracao, sinto a brisa passar
que nem furacão
se sobrar alguma coisa inteira
que seja o perdão
misericórdia Senhor
pra mim e todos que de Ti necessitam
gratidão é o sentimento de ordem
e amor pra toda vida
além da morte
do céu e de toda eternidade
e assim aconteça a nossa felicidade!!!
as rosas não falam
mas me escutam
me perfumam
me arrancam sorrisos
e suspiros
me fazem sentir viva
e amada
me encantam
e alegram
enfeitam meu jardim (interno)
me espetam quando mereço
me enchem de felicidade
me enfeitam o túmulo
quando me enterro viva!!!
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