Suspiros
Fico triste em saber que o amor de meus sonhos, vive triste, incompleto, em sobreviventes suspiros por esperança, por que ainda não nos sorrimos por olhares e não nos conhecemos.
Benditos sejam os suspiros da noite que chegam para nos lembrar que entre um dia e outro é necessário uma pausa.
Que venham as sutilezas da alma, as levezas do coração, os sorrisos fáceis, os suspiros longos, os abraços demorados, as palavras ternas, os gestos de carinho. Que venha tudo que acrescenta e soma e o que subtrai que o vento leve.
Por que é amor...
Amo-te em meio a versos, suspiros de estrelas, sussurros do vento que louco de amor procura por todo canto o amor que lhe personifica.
Amo-te nas rimas dos meus delírios, de um jeito ensandecido e doce...
Amo-te na contradição que impulsiona a vida. Há quem diga que é loucura
esse meu amor por ti. Mas prefiro a loucura do amor, a uma vida morna
nas páginas de versos brancos.
Amo, amo, amo sim!
E quem vai dizer que não é amor, se o tenho tatuado em minha memória transcende,
se o tenho enraizado no infinito desse amor imensurável que há em mim.
Paz
Sua ausência queixosa e dolorida,
é que sucumbe minh'alma sofrida.
Em suspiros nefastos e frios,
meu corpo fenece quase sem vida.
Lembrar-te angustia minh'alma,
e brota esperança dentro de mim.
Busco-te em sonhos, em silêncio,
e descubro enfim, estais em mim.
Encontrar-te assim, suave, serena,
em branda presença, satisfaz.
Feliz, em silêncio minh'alma quer tê-la,
desejável e amável paz.
Alguns amores definitivamente não dão os últimos suspiros enquanto você não volta e faz uma despedida à altura!
Calor de Janeiro
Você se foi, e com vc levou todo o calor.
Junto com meus suspiros mais profundos e ardentes.
Permanecem apenas saudades do fervor de seus beijos e de suas mãos quentes em meu corpo.
Mas em meu coração sempre levarei vivamente as brasas mais quentes e carinhosas que tivemos juntos.
Chegará o dia que suspiros de frustração, se tornaram ausentes, para se fazer vigente, suspiros de alívio.
No embalo da rede
Nosso amor flutua
A nos observar a lua,
Invejosa dos suspiros,
Derrama sobre o mar seu brilho
Que lhe absorve inteira
Como em nosso abraço infindo
Eu te seduzindo
E você absorvendo
O meu derramar em ti.
É bom para o espírito aflito, suspiros e respiros, tanto um quanto outro,
Penso, gritos de silêncios acumulados
Serão brados mais bravos...
assim me explico e me preciso
quais loucos gritar de prazer e acordar o coração num surto
morrendo de dor, achar forças para gritar e reagir à tantos sustos...
depois se embrenhar no silêncio renovador da alma e sorrir é justo.
A cada parágrafo grafo teu nome incógnito nos papiros sem virgulas por ser suspiros que engulo com fome de ti.
Arrancou meus suspiros!
Despertou em mim tristezas.
E na sua forma mais devastadora, despertou o meu amor.
Agora sofre o meu pobre coração.
"Grandes amores, grandes silêncios...
Onde suspiros são palavras e olhares, sentimentos.
Coração, pulmão, vísceras uníssonos, acrisolam-se eros...
E, os cinco sentidos se fundem numa porção, só para dois.
☆Haredita Angel
QUERO ❤
Quero beber-te em lágrimas
Desenhar-te em suspiros
Respirar nas veias toda a graditão
Para adormecer contigo nos sulcos dos olhos
Na ausência entre os desertos de amor
Das conversas sem sono de breve cor
Erva seca pisada sem temor
Que adormece comigo ao meu redor
Na quietude sentida no amargo ar
Despir-me de ironias ou júbilos
Para me agarrar a ti sem fingimento algum
Num delirante desejo que sinto por ti
Adormece comigo para te beber de amor
Como se de um bom vinho se tratasse
Desenhando no teu corpo todo o meu fulgor.
SONETO SOLENE
Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez.
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida
Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida
No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - a bênção outra vez!
Luciano Spagnol
julho, 2016
Cerrado goiano
Um ano de morte de meu pai.
Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Luciano Spagnol
Cerrado goiano