Suspiro
...eu ainda conto estrelas e suspiro em noites de luar! Eu ainda adoro quando o vento brinca de jogar os meus cabelos contra o meu rosto, e da vida não tenho reclamação nem desgosto! Eu ainda dou risada das minhas pérolas do dia a dia, quando troco Hong Kong por King Kong e nem percebo a diferença! Quando o sol nasce e me acorda dando um bom dia caloroso ou quando a chuva levanta o cheiro mágico da terra molhada! Eu ainda consigo imaginar coisas maravilhosas, como o formato de uma nuvem que parece um elefante, ou fazer daquela minha biju barata, um anel de diamante! Eu ainda sonho com o impossível e faço planos de conhecer Marte! Acordo cedo, durmo tarde e quando vou à praia, só saio quando a pele arde! Tenho uma certa ambição em me tornar uma mulata de cabelos black power depois de 5 horas de sol! Não consegui até hoje, mas sei lá, que voltas que a vida dá! Eu falo sozinha coisas que nem eu entendo: e respondo com a seriedade que merecem as coisas incompreensíveis! Um dia vou me armar até os dentes e acabar com as guerras, as bombas, os mísseis! Vou me alimentar de paz e emagrecer 10 quilos e viver feito um esquilo, comendo nozes! Ah, já contei que ouço vozes?
E depois de todas essas confissões - secretas e sagradas - eu me pego pensando se deveria ter exposto tanta intimidade, e gargalho certa ao perceber, que problema pode haver, se ninguém vai achar ser verdade?
"Abro o Word, coloco a musica em volume ambiente, suspiro fundo. Mas, nada sai. A pagina em branco fica me encarando, porém, eu não consigo entender, já que eu tenho tanta coisa a dizer, a desabafar. O silencio parece invadir minhas atitudes, sinto-me no mudo, mais com muita coisa a dizer. O silencio me domina."
Sem teus olhos não sei olhar!
Não sei se é paraíso ou inferno..
Quero acordar com teu suspiro...
Me descubro, só pra dizer o que sinto,
te mostrar quem sou eu!
sem você!
..
Asco
Com os pés nessa realidade
Um suspiro vem avisando...
Voltei para este canto,
Sem cantos nem encantos.
Terra de gente ingrata,
Você um dia foi morada de flores.
Hoje, até os pássaros tem horrores
Em voar sobre estes ares.
Há homens que matam humanos,
Mais cabarés do que santidade.
Torpezas e avarezas os cabem...
E! Se eu for continuar com minha indignação
Não cardíaco, morrerei do coração,
Pois hoje fui revestido de sentimentalidade.
Testam-me, porque amam meus chiliques
Conto até dez antes do ultimo suspiro
Desço do salto com as flechas que inspiro
...Tal como o suspiro carece da atmosfera
A lágrima necessitar da emoção
Em cada poema há quimera
Em cada quimera oblação...
Retratos
Os retratos respiram
A cada suspiro dado
Do abstrato saíram
Em lembranças neles ornados
Tem cheiro, textura, inspiram
Nostalgia do saudoso passado
Tão breve e que ontem esvaíram
Hoje somente no peito calado
Em tanto silêncio, que construíram
Uma saudade no amor contemplado
Dos que partiram
E tão lembrados
Se eu dependesse da sua presença
No último suspiro de cada dia,
Para poder sobreviver ao outro dia,
De falta de ar eu jamais morreria.
A morte caminha ao seu lado, desde do primeiro suspiro de vida
Inevitável uma existência confusa, quando se tem tanto a aprender e pouco a oferecer
Além dos colossos de pedra, além das chamas da amargura....
O sino dourado misericordioso, abre o festival com seu badalar...
Onde os anjos não dormem, e os demônios são torturados
Esse é o paraíso caótico, essa é a grande invenção, nada além... nada muito perto.
E do sopro divino uma vida é canonizada num corpo ignoto que morre e renasce a cada suspiro nesse mundo imprescritível.
As vezes o sorriso é sugado pelo suspiro da alma e plasmado num olhar fixo e firme na seriedade da vida.
Antes do último suspiro dos meus desejos,
Deixo em teus lábios o derradeiro beijo,
Para que lembres o quanto um dia te quis,
Que os nossos lábios colados
Possam dizer no silêncio das palavras o adeus.
O que faria se hoje fosse seu ultimo dia de vida?
E Se hoje fosse o ultimo suspiro de vida da pessoa que ama?
teria valido tanto tempo a ficar sessado em um, e se eu tivesse..
Pare de se esconder atras de um medo bobo de arriscar, não deixe pra amanhã o que pode ser feito hoje, pois o amanha pode simplesmente nunca existir.
Um soneto que equaliza o sentimento
Transforma um suspiro num intenso momento,
A mente se desprende
E sutilmente a vejo – aonde vais¿
Curioso de si, vibrante de si
Uma falange que arde
Ultraje confronto da concepção errante
Errar por ser constante.
Intensidade aplicada
Nunca adulterada em teu seio
Faculdade intuitiva, não descabida
O peito ainda arde.
Incomodo gerado, traçado
Quando se aplica o seu teor
Transforma-se, modifica-se o pulsar em:
Amor, forte amor.