Suspiro

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Um suspiro é uma censura ao presente e um sorriso ao passado.

A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo.

Karl Marx
MARX, K., Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. Einleitung. Introdução. MEW 1, 1844

Cemitério

Este pó foram damas, cavalheiros,
Rapazes e meninas;
Foi riso, foi espírito e suspiro,
Vestidos, tranças finas.
Este lugar foram jardins que abelhas
E flores alegraram.
Findo o verão, findava o seu destino...
E como estes, passaram.

Emily Dickinson
Antologia da Poesia Americana

Soneto 30

Quando à corte silente do pensar
Eu convoco as lembranças do passado,
Suspiro pelo que ontem fui buscar,
Chorando o tempo já desperdiçado,

Afogo olhar em lágrima, tão rara,
Por amigos que a morte anoiteceu;
Pranteio dor que o amor já superara,
Deplorando o que desapareceu.

Posso então lastimar o erro esquecido,
E de tais penas recontar as sagas,
Chorando o já chorado e já sofrido,

Tornando a pagar contas todas pagas.
Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento.

Não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo.

Um dia, nalgum lugar, uma eternidade após,eu relembraria tudo isto num suspiro:
Dois caminhos divergiam numa floresta de outono, e eu, eu escolhi o menos percorrido, e isto fez toda a diferença!

Até o último suspiro a vida é um processo.

Eu, vagando entre o real e o imaginário, suspiro a cada sonho.

Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante;
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.

Que a minha intensidade não me impeça de respirar vezenquando, pois suspiro o tempo todo pra encontrar espaço nesse peito que já nem se cabe. Que essas explosões de vida, de beleza e dor me permitam ao menos, por alguns momentos, absorvê-las com tranqüilidade: para que eu consiga dormir sem ter de chorar ou gargalhar até a exaustão, pois sinto falta de apenas lacrimejar ou sorrir sem contrações, descontraída. Que a felicidade não me doa sempre e tanto, a ponto de assustar. Que haja alguma suavidade nos meus olhos diante do cotidiano e que eu não me emocione exageradamente com esta delicadeza. Que eu possa contemplar o mar sem que ele me afogue por completo. Que eu possa olhar o céu imenso e que isso não me aniquile por lucidez extrema. E que quando eu escrever um texto, ao ser publicado, assim, despido de qualquer revisão emocional, dotado apenas da intuição que me foi dada, que encontre a fonte precisa que agasalhe a palavra “palavra”. Que eu não viva só em caixa alta, com esses gritos que arranham silêncios e desgovernam melodias. Que eu saiba dizer sem que isso me machuque demais. Que eu saiba calar sem que isso me provoque uma tagarelice interna inquieta. Que eu possa saber dessa música apenas que ela se comunica com algo em mim, nada mais. Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta. Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia.

O diálogo de um monólogo

Eu:
Um profundo suspiro...
_Tentar entender é mais difícil do que pensei.
Lamúrias das alma,o olhar onde cada lágrima é uma palavra.

Reflexo no Espelho:
_Não vejo razão,não vejo razão.

Eu:
_Isso seria mais fácil se fosse com uma qualquer.

Reflexo no Espelho:
_Seria mesmo?

Eu:
_Poxa... já disse,mas parece não surtir efeito nenhum.

Reflexo no Espelho:
_Deixe de ser criança,você precisa entender que cada um tem um ritmo.
Se há ferida,precisa existir cura,se há indiferença,precisa haver compreensão e consideração,se não tem Amor,não tem nada.
Não adianta entregar seu coração para alguém que não sabe nem o que fazer com o seu próprio coração.

Eu:
_É eu sei...mas só queria compartilhar um pouco do sentimento que Deus me deu.

Reflexo no Espelho:
_Não se preocupe,há tempo pra todas as coisas,e quando esse tempo chegar
Deus lhe abrirá os olhos,então as coisas acontecerão naturalmente.

Eu:
_Você tem razão,é hora de trocar essas lágrimas por um belo sorriso.

Reflexo no Espelho:
_É isso aí cara...gostei de ver.Deus não está indiferente a sua causa. Na verdade
Ele é o maior interessado nisso,então fique com a palavra que lhe foi liberada.

Eu:
_Valeu hein...precisava mesmo dessa conversa.

Reflexo no Espelho:
_Não precisa agradecer...sempre que quiser estarei aqui.

Hoje dei um suspiro e senti algo diferente. Ou melhor, esse suspiro era diferente e depois dele todos os suspiros que se sucederam também eram diferentes.
Eles eram mais profundos
Suspirava com vontade, sabe!
Com vontade de sorrir, de chorar, de gritar
Acho que esses são suspiros da paixão
Sinto saudade, vontade, desejo
Sei que esses suspiros são proibidos e quase utópicos
Porém confesso que estou gostando de senti-los
Não sei por quanto tempo continuarei suspirando por você
Mas não quero parar de suspirar agora.

Um suspiro profundo sai de dentro de mim quando a imagem do seu sorriso vem na mente. Uma lágrima atravessa meu rosto cansado, todas as madrugadas que passo pensando em você. Um grito de dor fica preso em minha garganta, quando vejo que você está bem sem mim. E o meu coração se parte à cada vez que vejo você, pois sei que nunca mais nos falaremos outra vez. Sei que nunca mais me procurará, nunca mais me olhará da mesma forma, sei que seu coração não vai bater acelerado quando me ver e que nunca mais irá transbordar. Por que eu sou orgulhoso demais para admitir que amo você. Mas por dentro eu grito as três palavras mais importantes da minha vida, só que elas ficam presas em mim e ouvem a si mesmas, no eco que insiste em se repetir dentro do meu coração, e ele diz: eu te amo. Sou orgulhoso demais pra admitir que sentirei sua falta, que sentirei falta das suas manias e daquele seu jeito de falar e outra vez mais uma lágrima vai escorrer do meu rosto cansado, mas sempre pensando em você, pensando no que poderíamos ter sido, no que não fomos. E com o coração partido e orgulhoso demais pra admitir que preciso de você, eu vou deixa-lá, esperando que ouça meus gritos silenciosos pedindo, implorando, que por favor, fique. E saiba que eu sempre irei amar você, a sua risada, seus olhos, sua pele. Eu sempre vou te amar por inteira, desde o pé até a cabeça. E mesmo que esse mundo se acabe e consequentemente, nós dois juntos com ele, eu nunca vou deixar de sentir amor por ti. Porque ele vai além de qualquer lei da física, nem Charles ou Darwin podem explicá-lo. E independente do que aconteça, eu sempre vou amar você pelo resto da minha existência, com todas as minhas forças. Para sempre.

- Além da Física

Aí você solta aquele suspiro, que parece descarregar a alma.

A minha alma não vai ser expulsa
Eu vou lutar ate meu último suspiro
Eu prefiro insistir na vida até o fim dessa agonia
O juizo final se realiza todos os dias

Eu amei!
Pode ter a certeza que eu te amei
Cada batida do meu coração a ti pertencia
Cada suspiro abafado era causado por você
Eu amei!
Sem sombra de dúvidas
E achei que você me amava também
Achei que finalmente um sentimento era recíproco
Eu amei!
Amei com todas as minhas forças
Dediquei músicas e meus mais sinceros versos a ti
Eu mataria e morreria pra te ver feliz
Eu amei!
Amei e continuo amando
Por que você precisava ter ido embora assim?
Por que não me disse ao menos um adeus?
Eu amei!
E encontrei um sentido pra vida nesse amor
Encontrei motivação para sorrir depois de tanta tristeza
E encontrei alguém que transbordou meu coração e minha alma
Eu amei!!
Mas queria ter amado mais e melhor
Queria que você tivesse visto o quão intenso era esse amor
Queria ter dito mais vezes o quão linda você é
Eu amei!
Amei cada detalhe seu
Amei seu sorriso, seu olhar, seu jeito
Amei seus beijos, seus toques e sussuros ao pé do ouvido
Eu amei!
E queria que tivesse me amado da mesma forma
Queria que não tivesse dito tudo aquilo da boca pra fora
Queria que tivesse aproveitado esse sentimento como eu aproveitei
Eu amei!
E queria não te amar mais
E queria que você saísse da minha cabeça
Queria que fosse embora do meu coração
Eu amei!
Amei você
Agora amo apenas as lembranças que ficaram
E para sempre, será a única coisa relacionada a você que poderei demonstrar amor

um longo suspiro -
o luar brilha sobre
seios intumescidos

Suspiro do ponto final.

Sabendo que na vida, tudo pode acontecer.
Os dados são jogados, por desejo de querer.
Movidos pelo tempo, pensamento e emoção.
Em tempos vem a flecha, que sangra o coração.

Tempestades no pensamento.
No maremoto das emoções.
Vulcão de sentimentos.
Dissipam o amor pelos ventos.

Vai-se embora o acalento.
Carinhos começam apagar.
Despedida da felicidade.
Coração ei de fechar.

ÚLTIMO SUSPIRO

A escuridão abraçou minha alma vazia
Vejo meu mundo se diluindo, sufocado pela
Mortalha do destino.
Gotas rubras pingam de meus pulsos dilacerados
Frias, sem dor, sem vidas...
Nada mais importa, apenas meu último suspiro.
Vejo a luz esvanecer e a escuridão eterna me engolfar.
Sinto o mórbido sussurro da morte me chamando,
Enquanto a chuva entoa sua lamúria no vale da névoa fúnebre.

Minha essência melancólica mergulha
Na solidão da natureza morta.
Agora eu posso vagar ao lado dos emissários do silêncio,
Nas sombras gélidas, eu caminho em meio aos túmulos ermos
Sentindo as brisas deprimentes soprarem minha lápide!
Meu mundo agoniza, tudo que resta, são memórias esquecidas.

No orvalho da floresta, minhas cinzas caem e
São sopradas pelos ventos frios do inverno.
Agora posso voar como os corvos,
Enquanto meu espírito mórbido descansa
No vale do silêncio eterno.

Ela sonha que o mundo floresce, que ninguém entristece, e que o amor cresce:
em cada canto de terra, de mato, de flor e de pranto.
Que o pensamento navegue, o tempo carregue, porque a vida segue:
de respiro em inspiro, por ar, por chão, entre sopro e suspiro.