Surto
E ai eu tive um surto criativo e a culpa era da tua ausência, do mesmo jeito que a tua presença me dava razões pra escrever.
É incrível porque sempre na primeira change que eu tenho de ter um surto de nervosismo, eu realmente tenho.
É apavorante pensar e pensar até quase dar surto nos neurônios!Deve ser por isso que é mais comum agir estupidamente.
Sonhe,
Solfeje,
Sol lá fora,
Surto embora,
Saciada a fome de agora.
Saia,
Sorria,
Segrede, se alegre,
Semeie,
Sacie, salgue, sacuda,
Segure, sane, acuda!
Saboreie,
Sereno...
Este tempo é pequeno,
Antes que cheguem maus dias,
E digas não tenho mais alegrias.
Solidário,
Solitário,
Silente,
Sóbrio,
Sôfrego,
Só!
Só!
Só!
Paixão, no seu surto, quando se associa à transgressão, à traição ou mesmo ao abandono, sempre crê que todos os impossíveis, dessa vez, serão possíveis.
a pessoa tomada pelo surto da paixão, vê (às vezes já tarde demais), que tudo o que ela dizia ser essencial, nada mais foi do que uma fome criada pelo instinto do inseguro; o qual, agora, depois de ter feito tudo quanto disse que tinha o significado de uma eternidade de importâncias, nada mais foi que um fugaz desejo de possuir; e apenas porque individuo não sente que possui a si mesmo; e, pior ainda: não gosta de si mesmo!
A PAIXÃO é um estado de surto; e, de cujo estado, vi muito pouca gente sair feliz; pois, os que saíram felizes, assim saíram apenas em razão das bem-aventuradas dores do arrependimento.
GRIPE SUINA
O surto de um novo tipo de vírus é algo que me intriga. Há uns 15 anos atrás, era o vírus ebola, que derretia suas vítimas em febre e assustava com a rapidez que se espalhava em uma África desde sempre precária em saúde. Depois, o surto da "vaca louca". Em seguida, um par de anos atrás, a gripe aviária. Agora, a mexicana gripe suina. Em todos os últimos casos, é de se notar que vírus devastadores agora se aproveitam da logística global do consumo exacerbado. Doenças que se limitavam a fundos de quintais ou cercanias de chácaras e sítios, agora adquiriram asas invisíveis. É de preocupar, claro.
Esse interesse pelo assunto que me levou a um livro de Stephen King, chamado "A dança da morte". No romance "kingiano" de quase mil páginas, um misterioso vírus liquida quase toda a raça humana, exceto algumas pessoas misteriosamente imunes, que tentam formar uma nova sociedade, enquanto o diabo andarilho erguia um império do mal num mundo caótico. Recomendo.
Ficção a parte, entre hipóteses de extinção da raça humana que às vezes formulo comigo mesmo, nenhuma está relacionada a algum tipo de vírus. Acredito que a biomedicina encontraria soluções mesmo em casos drásticos. E praticamente todo tipo de vírus acaba por encontrar resistência em algum dos diversos sistemas imonológicos entre bilhões de seres humanos. O homem encontrará uma maneira mais eficaz de se destruir, alguém duvida?
Moleque maluco
Sem cara de surto
Já acostumado
Estranho no ninho
Mas sabe o caminho
Pois olha onde pisa
Dá o passo macio
Ignora o vazio
Aquece o frio
Mostra gentileza
Estampada em sorriso
Nem sempre presente
As vezes ausente...
Ouviu a frase de um senhor que olhou no fundo dos seus olhos e disse:
"Vi no seu olhar preocupação meu jovem! Não fique assim, não adianta"
Moleque maluco e esperto
Passado é aprendizado
Futuro é certo
É morte
Mas com um legado
O agora não precisa laço
Corte inaugural
Convite especial
Passado e futuro é ausente
É agora o que sente
Acostumou a viver presente.
A Brisa da Noite!
Vejo-me no meio da tarde respirando rapidamente, como tivesse um surto de ansiedade, olho as horas no relógio do meu quarto e consigo perceber que os ponteiros estão passando, para mim eles estão estacionados e as horas não passam de maneira alguma. E nem fome e cede tenho nessas horas intermináveis, imagino a noite e como penso que ela deverá ser ai minha angustia aumenta mais, pois sinto tanto a sua falta que sinto meu coração inerte, precisando da tua presença.
A noite chega e então as horas mais lentamente me torturam, e, além disso, tento manter a calma, pois não posso revelar o que estou sentindo, e nem ao menos deixar escapar um suspiro indiscreto e uma frase de pensamento, e isso me consome mais ainda.
Olho na sala para ver se todos dormem profundamente, e não sentirão a minha falta. Observo mais uma vez e vejo que não tenho tempo a perder, saio com passos de rato na calada da noite, em passos largos e rápidos para te encontrar o mais breve possível. Ando tão depressa e olhando para todos os lados, mas até o vento me denuncia.
Enfim chego à tua porta e bato em dois salvos curtos para você abri-la, logo entro alvoroçadamente e lhe dou um longo e apertado abraço seguido de um beijo longo e desesperado, pois as horas me traem e preciso te absorver no tempo que tenho. Depois de receber teu amor reciproco eu me acalmo em teus braços, e me entrego aos teus carinhos e aos teus longos beijos.
O dia amanhece e nem vejo, pois ainda estou na proteção de seus braços, tão fechados e fortes a me abraçar, da tanta vontade de deixar tudo para trás e seguir o dia sem levantar da cama. E o sol vai surgindo mais, e o meu tempo acabado está, rapidamente me visto e saio sem me despedir para não ter um sofrimento maior , e mais uma vez retorno correndo para minha angustia de todos os dias, de esperar a bondade do relógio de mais breve te reencontrar.
Se eu for mais que isso vou deixar de ser eu mesma...
Já não te inspiro
Já não te surto
Já não te emociono
Acabou adrenalina
Acabou desejo
Acabou o coração parar
A falta de ar
A bolha estourou
A história esfriou
Eu fiz de tudo ...
Eu fiz história pra contar história
Eu fui um momento passageiro
Já não me faço notória
Nem sonhos nem pensamentos ...
Me fiz apagar
Por não querer mais suspirar,
Por mim
SURTO DA SECA.
A seca me causa ira
o que tenho ela devora
se a mata não respira
a semente não aflora
e o nordestino delira
até a última macambira
se recusa a ir embora.
surto da insanidade...
por te amar tanto...
sempre para sentir
o eco do meu ser,
nebuloso os lapsos
da voz que consome,
parte do ventre do espirito,
as palavras se espremem...
dentro do coração,
por ter muitas palavras,
nada sendo dito no silencio
da madrugada seus lábios gelados...
vagueiam nas sombras...
flagelos que denotam o absurdo
de cada sonho que se perdeu
no apse da tua vida,
a vejo como a morte que se apaixonou
por um estante que passou diante
teus olhos cheios de sangue
cobertos no límpido ar que está desnudo,
no sentimento que converge...
nesses ultrajes que se despõem o amor.
trágico ador que se reprime em brumas,
no vasto teor do desejo das profundezas da alma.
SURTO POÉTICO
Na loucura de uma lamúria
Me envolvi com a estrutura
Me enredei pelo caminho
De um poeta maduro
Um sentimento dúbio de amargura
Uma modernice agradável
Um olhar amável
Uma robustez afável
Em estrutura louvável
Imaginei o óbvio
Me encontrei com ócio
E no intervalo,
encontrei o fóssil
E fiz dessa loucura,
um verso dócil