Surto
É sempre essa
chuva de calma
embalando o surto noturno,
o sono soturno.
Morna como esse
nosso presente deserto,
nosso ausente, incerto,
não realizado futuro.
Percorre em mim, um surto de emoções, que concedem este espelho quebrado, abale cada ensejo que por mim passa, neste mar sem espera.
Surto de felicidade!
Acordei logo cedo,
Abri a janela.
Minha vizinha Gabriela, gritou:
Liga o jornal, Dodo!
"Népussive", pensei.
Vi um gravata falando do surto nacional.
Falava com alarde:
Corram, antes que seja tarde.
Tem corintiano fugindo para marte,
Com medo da epidemia.
Fiquei muito preocupado,
Afinal, quem não ficaria?
No jornal dizia,
Que todo mundo estava contraindo a felicidade.
E que a cidade de Santa Rita,
Já estava em calamidade.
Os sintomas eram graves.
Alguns começaram a demonstrar amor na rua,
Outros passaram a olhar para Lua.
Para ser contaminado,
Não era necessário nem o contato.
Basta um sorriso de um desconhecido.
E pronto.
Tá contraído.
Remédio, na farmácia, hoje,
Só tem o tédio.
Mas não é recomendado para menores de 170.
Aproveito essa poesia,
Para pedir oração.
Meu caso hoje,
Afetou o coração.
O doutor não me deu esperança.
E disse, para meu alívio,
Que era essa a melhor herança
Que se podia deixar.
Mas que eu teria que aprender a conviver,
Teria que ser forte.
Que se eu tiver sorte,
A morte há de me esquecer!
Já tentei fugir
Mas
Não rolou
Estou dentro de mim
Não posso me deixar
Meu ego
Sozinho
Surtou e foi dançar
Depois das Loucuras,
Neuroses e Psicoses,
Eis que surge o Surto de Lucidez,
Para me fazer voltar a enxergar;
Que Me Iludia Envolto em um sonho,
Um lindo e Impetuoso sonho,
Porém fútil e abstrato,
Nesse Instante encontro a beleza
De ser um eterno aprendiz.
Eu piro... Surto. Estou maluca com essas coisas. Eu digo que não quero, depois corro... Louca, estou atrás. Impulsividade, algo que surge no cérebro e me manda se jogar, tentar de tudo... Talvez eu tenha uma chance. E se não tiver, eu irei quebrar a cara, me encherei de dramas, e de novas histórias para contar. Eu sempre supero rápido. Eu digo que meu coração está quebrado, mas ele está tão melhor do que podia estar. Eu não estou nem aí, eu não me importo. Definitivamente... Eu não amo.
Não espere que um outro surto apareça na sua vida para ir atrás da vida que você quer, porque a vida é frágil e o tempo é curto.
Tive medo
Mas não orei
Fechei meus olhos
e gritei
No surto
Vi um vulto
Era eu no espelho
ou o demônio com
cara de susto
LUTO
Neste luto,
Eu, reso-luto,
Perto do surto;
Não te abandono:
Não ser seu dono
Me traz um curto;
Uma luta muda:
Nada que acuda
Imensa dor voraz.
Ela sabe jogar sujo. E quem perdeu deve estar dando um surto, vendo ela solteira pelo mundo, curtindo a vida a cada segundo.
PLANOS SEM PLANOS
Assim caminha a vida
Além do que se espera ou planeja
Há um surto que rodeia o planeta a ponto de consumir com qualquer plano em mente
No fim das contas, já não se idealiza nada
Para evitar que expectativas adoeçam o coração
Coração que já fica doente sem planos!
Estou internalizada
Ocupada demais para viver o que há fora
Eu só quero crescer, aprender
E de alguma forma viver uma vida sem planos
Coisa que nunca soube fazer
Eu sempre preparei onde iria por meu pé
E agora, nem do lugar saio mais.
Essa fase é cheia de tédio
E cheia de lições pode ser
Talvez eu saia mais madura dessa fase
Estou mergulhada em mim
Tentando me admirar
Tentando melhorar.
Do sol e da lua me tornei amante
Nem sei explicar quanta falta um bichinho me faz
Mas ao olhar as cores do céu na tarde
E as ondas do mar a quebrar na areia
E o canto dos pássaros a acordar-me tão cedo
Eu sei que é isso o que eu devo esperar pra amanhã
Um momento de paz ainda que o mundo esteja um caos.
Buscar ordem pra vida aqui dentro é o que me move
Estou limpando a mente, estou limpando o lar
Não há espaço pra poeira e manchas no espelho
Não há espaço pra defeitos de personalidade virem se destacar
Estou em busca de ser completa, por dentro, por fora e me estender.
Há em mim tempo de sobra,
Tempo pra rir, tempo pra ler
Estou mudando hábitos aos poucos
Cozinhar já o fazia,
Mas agora, cozinho mais
Porque mudei pra comida de verdade
Sem aditivos, sem corantes, sem hormônios e agrotóxicos
Do natural, da natureza, vou atrás
Enfim, troquei meus plásticos
Comida que sobra vai pros animais
Eu uso vidro pra qualquer coisa que for
Não há motivo pra deixar entulhar
Se eu não pretendo usar
Estou completamente conectada com o que meu corpo é capaz de fazer
Sei o que e quando ele gera
Sei bem quando é hora de me resguardar
Sei bem quando é hora de me entregar
E deixar tudo acontecer
E no fim das contas, só sei de uma coisa
Agora é que eu descobri o que é viver um dia por vez
A vida tem me ensinado uma lição:
As coisas são como são!
E deixo como uma sugestão que se gaste
Se gaste em prol de alguém
Esteja por inteiro com quem te ama
Faça amor, mas faça muito!
Cresça!
O mundo vai te bater depois e não vai te dar tempo de chorar
Chore agora, mas não chore tudo!
Ame, seja amado e não tenha vergonha de dizer
Porque agora tá todo mundo preso em casa e não sabe se amanhã estará preso em uma cova com milhares de outros quaisquer!
Seja você!
Menina apaixonada
Com dedicação você se faz surtada
Surtada, mas é um surto bom
É um surto apaixonado... E um surto de coração
Em um curto momento o seu surto é preocupante
É um surto que dá susto
É um surto discrepante
Mas mesmo assim eu não me afasto
Sou todo esperança e ainda sou apaixonado
É um surto que dá susto, volto a repetir
Não consigo me encontrar sem seu surto nesse mundo
Mas menina apaixonada, seu surto é mesmo inevitável
E volto a dizer que ainda estou apaixonado!
SURTO OCIDENTAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Estou pronto pra estourar...
quem não puder me orientar
não me ocidente mais ainda.
O PIADO DA CORUJA
Cansada no meu cansaço
Surto a cada anoitecer
Quando pia a coruja
Um piado de mau agouro
O copo ainda cheio
Espuma acima do dourado
Subindo bolinhas borbulhantes
Embora quentes, num canto
Os dedos estalados a todo instante
Dançando num teclado sem grafite
Sabendo o lugar exato de tocar
Sem ser preciso olhar
Ouvindo o lamento no quarto ao lado
Enquanto as palavras salpicam na tela
Buscando um sentido qualquer
Na cabeça aparvalhada de cerveja
A brasa consome o dorso
Enquanto os dedos seguem inquietos
Aguardando o comando
Pensante e desordenado
Misturam-se as dores
Cabeça e tronco
Na frente e atrás
Enquanto os dedos deslizam
Ditam as palavras
A cerveja e o cigarro
Interrompe o pensamento
O triste lamento
Poesia inacabada
Nascida na hora errada
Abortada no peito inflado
De tanta inquietude
Nem a merda do futebol
Dá vazão a pressão
De como acabar as estrofes
Engasgadas nos gargomilos
E esses dedos inquietos
Teclando a esmo
Tentando poetizar
O que a cabeça não consegue rimar
Cansada no meu cansaço
Sem conseguir descansar
Ouvindo a coruja piar
E tendo que ir deitar
É hora de parar...
(Nane-22/03/2015)
Paralelamente aos surto dos acontecimentos diários estamos nós nos vales das escolhas, é sempre as temos que fazer sob a tutela de alguma pressão e sem o tempo que achamos necessário para então meditar, pois a velocidade do mundo sempre parece esta mais rápido que podemos acompanhar por isso esta conectado em DEUS é tao urgente..........
A Brisa da Noite!
Vejo-me no meio da tarde respirando rapidamente, como tivesse um surto de ansiedade, olho as horas no relógio do meu quarto e consigo perceber que os ponteiros estão passando, para mim eles estão estacionados e as horas não passam de maneira alguma. E nem fome e cede tenho nessas horas intermináveis, imagino a noite e como penso que ela deverá ser ai minha angustia aumenta mais, pois sinto tanto a sua falta que sinto meu coração inerte, precisando da tua presença.
A noite chega e então as horas mais lentamente me torturam, e, além disso, tento manter a calma, pois não posso revelar o que estou sentindo, e nem ao menos deixar escapar um suspiro indiscreto e uma frase de pensamento, e isso me consome mais ainda.
Olho na sala para ver se todos dormem profundamente, e não sentirão a minha falta. Observo mais uma vez e vejo que não tenho tempo a perder, saio com passos de rato na calada da noite, em passos largos e rápidos para te encontrar o mais breve possível. Ando tão depressa e olhando para todos os lados, mas até o vento me denuncia.
Enfim chego à tua porta e bato em dois salvos curtos para você abri-la, logo entro alvoroçadamente e lhe dou um longo e apertado abraço seguido de um beijo longo e desesperado, pois as horas me traem e preciso te absorver no tempo que tenho. Depois de receber teu amor reciproco eu me acalmo em teus braços, e me entrego aos teus carinhos e aos teus longos beijos.
O dia amanhece e nem vejo, pois ainda estou na proteção de seus braços, tão fechados e fortes a me abraçar, da tanta vontade de deixar tudo para trás e seguir o dia sem levantar da cama. E o sol vai surgindo mais, e o meu tempo acabado está, rapidamente me visto e saio sem me despedir para não ter um sofrimento maior , e mais uma vez retorno correndo para minha angustia de todos os dias, de esperar a bondade do relógio de mais breve te reencontrar.
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