Supérfluo
Pai - meu filho tu não sabes o que diz, ainda é jovem e imaturo, supérfluo sobre seus ideais e escolhas.
Filho- Eu não entendo o que tu diz, tão enigmático que me irrita!
Sinto que discuto com um personagem muito bem elaborado, não meu pai.
Pai - Realmente meu jeito irrita os outros, não é o primeiro que me diz isso.
Filho - Eu preciso de ajuda só isso, eu não sei mais o que fazer, se ela não voltar, não me responder, me dizer algo.
Pai - Ela não vai voltar, tu fez as escolhas como um bêbado joga baralho e a perdeu, traiu-a e escondeu o incidente, foi covarde e fugiu da verdade até quando pode.
Filho - Eu não deveria te ouvir, fez o mesmo quando a mãe estava grávida de mim e diferente de ti eu ainda a quero comigo.
Pai- É claro que quer, nós sempre queremos tudo.
Filho - Como assim?
Pai - Está se tornando adulto garoto e não te culpo por ainda não saber dos traços que nos tornam humanos.
Assim como queres ela de volta também irá querer no amanhã as amigas dela.
Nos dias que vierem vai perceber que seu serviço já não basta e que precisa de um que receba o dobro.
Depois um banco que cuide de qualquer fortuna que virá de seu esforço.
Uma casa, carro, livros jamais lidos, filhos com mulheres recíprocas, que logo os mesmo nascerem, tu irá procurar uma mulher muito mais mãe que elas.
Até que um dia, meu filho, chegará em um marco que rira dos teus desejos.
Irá querer algo que toda suas preces não poderão lhe integrar, o tempo, sua juventude imatura, suas ideias únicas, meus pêsames meu filho.
Nesse dia já não estarei aqui.
Mas se após a morte alguma de minhas preces for ouvida
Desejarei sempre que não caias na ganância que um dia me joguei de corpo e alma como o grito que ecoa no abismo.
Me enchi de tantas coisas supérfluas que quando fui olhar para dentro de mim, não encontrei nada, só um vazio enorme, em meio a escuridão. Mas eu tinha um pano e um esfregão para limpar esse porão sujo, e jogar fora todas as tralhas que acumulei em minha caminhada, com meus olhos vendados, mas agora posso ver! Tirei as vendas e vou renovar com as coisas boas que aprendo em um livro antigo e sábio que DEUS deixou para guiar-me.
Aqui vai um conselho sobre tempo e dinheiro: não os gaste com superfluidade.
Priorize apenas o que te faz evoluir.
A vida já traz por si seus desafios para perder tempo com interpretações errôneas, com o supérfluo, com discussões que não levam a nada.
Soraya Rodrigues de Aragão
"Calar é concentrar a mente no que é importante para si,
é abster-se da fala supérflua e proferir somente o essencial para o seu próprio universo."
Despreza tudo o que um trabalho supérfluo estabelece como enfeite e requinte; pensa que nada é extraordinário a não ser a alma e que, para uma alma grande, nada é grande.
"A vida é passageira, algo tão breve. Não podemos perder tempo com coisas bobas e supérfluas. Vamos caminhando, procurando contemplar as maravilhas que estão ao nosso redor."
As coisas necessárias são poucas, ao passo que as supérfluas não têm fim.