Superficialidade
Fiquei olhando por alguns segundos até essa maldiçao dessa superficialidade gerada pelo senso comum, essa desgraçada dessa compreensão de todas as coisas por meio do saber social, ser dissipada por esse doce sorriso e puro olhar.
Não confunda alegria com superficialidade, pois a alegria real está ligada a sabedoria. Seja, portanto, feliz.
Sempre soubemos exibir o melhor um para o outro, e o mundo que ficasse com aquela superficialidade desconhecida que nunca fizemos questão de manter.
Precisamos de alguns minutos para saber que nos conhecíamos há anos. Precisamos de um instante para provar o sabor de uma vida! O que seria do tempo se não pudéssemos esgotá-lo constantemente com a certeza de que ele nunca acaba? Com você aprendi que não sou imortal! Passei a amar a vida, por querer saboreá-la calmamente como aquele sorvete que tomamos em nosso reino. Larguei tudo que me matava para poder morrer de amor só por você.
Estamos vivendo em tempos de profunda superficialidade, onde o espetáculo devora o sentido e nos priva da pausa necessária para existir. A sociedade do cansaço exige um desempenho extenuante, enquanto a validação momentânea alimenta ansiedades que ficam sem nomear. A violência, tanto física quanto mental, molda relações e silencia almas, fragmentando aquilo que poderia ser inteiro.
Nossas interações se transformaram em vitrines e nossos afetos, em mercadorias. Nas redes que prometem conexão, encontramos distância; na busca por relevância, nos perdemos de nós mesmos. Vivemos no teatro do vazio, onde tudo parece urgente, mas quase nada é essencial.
Resistir é um ato de coragem e cuidado. Precisamos reencontrar o silêncio que nos reconcilia, o olhar que acolhe, a arte que inquieta e a palavra que nos devolve ao real. Só assim poderemos escapar das armadilhas do espetáculo e resgatar a integridade de quem realmente somos.
O que afasta o vazio e a superficialidade da intimidade conjugal é exatamente a confiança na base espiritual.
Vivermos na superficialidade. E por esse motivo tudo que se é interpretado está ligado às nossas ações externas.
O livre, as algemas, os cárceres na sociedade não está ligadas às nossas ações no físico,mas da dependência psicológica e emocional que ainda temos em relação ao que é palpável, perecível, que se acabar com o passar do tempo.
O Homem não é somente a sua superficialidade, porém por pensar assim, vive às cegas, de um lado para o outro, a procura de respostas que só poderão ser encontradas em si próprio.
O conhecer-te a te mesmo, de Sócrates, resume bem isso.
Na parte complexa e amarga da vida, existe uma grande superficialidade marcada por idas e vindas, onde tempo é frequentemente desperdiçado com vaidades de corações impulsivos e mentes indecisas, pois nem todos estão dispostos a pagar o preço que é ser de verdade.
Uma complexidade tão inquietante com fatos inexplicáveis, muitas pessoas conhecidas que mesmo perto ficam distantes, enquanto que muitos desconhecidos se aproximam à distância, tornando assim o lugar físico pouco relevante, uma nítida discrepância.
Considerando esta realidade preocupante, é salutar buscar aquilo que possa trazer significado, amores recíprocos, tratos que alimentam a felicidade, que torne o viver mais agradável com atos de espontaneidade, ou seja, que não precisam ser cobrados, verdadeiras raridades.
Curvas graciosas de uma veemência notável, talvez, uma rota de fuga da insuficiente superficialidade através de um trajeto emocionante de uma linda natureza calorosa no tom de um vermelho escarlate.
Cor fortemente sedutora, uma paixão impulsiva de grande destaque, beleza muito avassaladora, uma intensa expressividade, onde a audácia transborda e amar é um ato de bastante coragem.
Apresenta desta forma a vívida arte da sedução nesta tonalidade esplêndida, adequada com a sua graciosidade e a emoção ardente que vem da sua essência que é tão evidente quanto uma demasiada chama acesa.
Se ela for observada profundamente, além da limitada superficialidade, é possível encontrar em meio a sua complexa essencialidade, um tipo de felicidade pautado na cor azul, percebendo a profundidade do mar no seu coração, a graça incomum de uma arte celeste que transmite tamanha tranquilidade, presente nos seus olhos quando resplandecem, uma visão de cordialidade que simplesmente fortalece.
O que talvez justifique muito bem a profundez que há em cada emoção que sente, a grande sensibilidade da sua percepção que a faz conseguir notar a beleza da simplicidade que muitos não conseguem, a sinceridade da sua maneira de agir que já pode ser percebida claramente no simples momento que sorri, uma vida consistente que não costuma desperdiçar o seu tempo a começar pelo seu expressivo sentir.
Atrevo-me a deduzir que mesmo que a sua essência possua nuanças e outras cores, aquela que mencionei é a que mais permite que fique exposta, porém, poucos e especiais aqueles que a notam, levando em conta que muitos são superficiais ou nem se importam, logo, a sua confiança não é conquistada com facilidade, requer que seja tratada consoante à liberdade do seu céu e à profundeza das suas águas.
Infelizmente a ignorância, a superficialidade, a beligerância e o egoísmo ego centrista doentio, nas sombras do mundo de hoje, muitas das vezes me vencem, oro silenciosamente por dias melhores, calo e me afasto.
Todos os problemas devem ser observados e resolvidos sempre na sua profundidade, não na sua superficialidade.
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